sexta-feira, 30 de agosto de 2024

iTAJUIPE/PIRANGI, MINHA PÁTRIA

 


Meu nome é Cláudio Marcelo da Luz Souza, nome poético "Cláudio Luz".

Nasci em Itajuípe-Bahia, sul da Bahia, terra dos sem fim como denominou Jorge Amado em uma de suas obras.

Por profissão sou Contabilista aposentado, poeta e blogueiro, sou historiador do meu município Itajuípe (antes Pirangi), que significa Em tupi, "rio vermelho".

Minha cidade é banhada pelo Rio Almada e temos dois lagos naturais na entrada da mesma.

Esta é uma das minhas poesias:

Logo, existo

 


Teceste-me às margens do Almada.

Fizeste-me Ser.

Cobriste-me com o calor do meio-dia,

Amamentando-me com os seios

Da própria terra-mater que criastes.

Já não sou Eu, somos Nós,

Alegres, como em contínuas farras de felicidade,

Embriagando-nos de alegria e bem-querer.

Logo, existo.

Uno, no sentido que o Almada escoa

Em noites de paz, não de insônias.

E, ao contemplar o dia raiando que nos atrai

Para a doce Itajuípe banhada, penso

Agora existo...

Fiz-me poeta no início da década de 70, tendo hoje em meu catalogo + ou – 1.500, poesias.

Participei de várias antologias regionais e tive inúmeras poesias publicadas em jornais de grande circulação da região cacaueira.

Sou também conterrâneo do imortal Adonias Filho cuja cronologia dele Descrevo abaixo:

 Cronologia do escritor Itajuipense Adonias Filho

 1915 - Nasce Adonias Filho em 27 de novembro, em Itajuípe, antigo Pirangi, vila que pertencia ao município de Ilhéus, no sul da Bahia. Filho de Adonias Aguiar e Rachel Bastos de Aguiar. 1934 - Conclui o curso secundário no Ginásio Ipiranga, em Salvador. 1936 - Muda-se para o Rio de Janeiro e inicia a carreira de jornalista no ano seguinte, colaborando no Correio da Manhã. 1938 - Assume a crítica literária de os Cadernos da Hora Presente, de São Paulo. Colabora em O Jornal, dos Diários Associados (Rio), e traduz O Pântano do Diabo, de George Sand, A Família Bronte, de Robert de Traz, e trabalha na tradução de três romances de Jacob Wassermann: Galovin, Gaspar Hauser e O Processo Maurizius, em colaboração com Otávio de Faria. 1944 - Exerce a crítica literária no jornal A Manhã e colabora no Jornal do Comércio, do Rio, e Estado de São Paulo e Folha da Manhã, de São Paulo. 8 1945 - Casa-se com Rosa Galeano. 1946 - Designado para dirigir a editora A Noite, onde permanece até 1950. Faz sua estreia como romancista com Os Servos da Morte, publicado pela José Olympio. 1948 - Nasce a filha Raquel. 1950 - Nasce o filho Adonias Neto. 1952 - As Edições O Cruzeiro publica Memórias de Lázaro, romance. 1954 - É nomeado diretor do Serviço Nacional do Teatro. 1955 - É designado para diretor substituto do Instituto Nacional do Livro. 1956 - Retorna em nova nomeação ao cargo de diretor do Serviço Nacional do Teatro. No mesmo ano pede demissão. 1957 - Faz crítica literária no Jornal de Letras, de Elysio Condé, e no Diário de Notícias, do Rio. 1961 - Nomeado como diretor geral da Biblioteca Nacional. 1962 - Publica pela Editora Civilização Brasileira seu terceiro romance, Corpo Vivo, sucesso de crítica, despertando os primeiros estudos sobre a sua obra. 1964 - É designado para, como diretor da Biblioteca Nacional, responder pelo expediente da Agência Nacional, do Ministério da Justiça. 1965 - Publica O Forte, romance. No dia 14 de janeiro é eleito para a cadeira 21 da Academia Brasileira de Letras. Agraciado com a Ordem do Mérito Militar, no grau de Comendador, no Corpo de Graduados Especiais. 1966 - Eleito vice-presidente da Associação Brasileira de Imprensa. 1967 - Participa do II Congresso das Comunidades de Cultura Portuguesa, em Moçambique, na África, como convidado do governo português. 9 Visita os Estados Unidos. A Universidade do Texas adquire os direitos autorais de Memórias de Lázaro, já traduzido por Fred Ellison. Curt Mayer Clason traduz e a editora alemã Econ-Claassen publica O Forte. A editora Europa-América, de Lisboa, adquire os direitos autorais para este mesmo romance. É designado como membro do Conselho Federal de Cultura. 1968 - Com Léguas da Promissão, novelas, recebe o Prêmio Paula Brito. Conquista o Golfinho de Ouro de Literatura, prêmio patrocinado pelo Museu da Imagem e do Som da Guanabara. 1969 - Conquista com Léguas da Promissão o prêmio da Fundação Educacional do Paraná. Publica O Romance Brasileiro, livro de ensaios. 1971 - Publica Luanda Beira Bahia, primeiro romance em nossas letras com o cenário caracterizado em três latitudes. 1973 - Publica Uma Nota de Cem, seu primeiro livro para crianças. 1975 - Lança As Velhas, considerado obra-prima pela crítica, e que lhe rende o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, São Paulo. 1976 - Publica o ensaio Sul da Bahia: Chão do Cacau. 1978 - A Civilização Brasileira edita Fora da Pista, novela para o público juvenil. 1981 - Publica o Auto dos Ilhéus, edição para comemorar o Centenário da Cidade sul baiana, e O Largo da Palma, contos e novelas. 1983 - Publica Noite sem Madrugada, romance policial, com cenas, situações e episódios que acontecem no Rio. Recebe o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia. 1985 - Permanece residindo no Rio, mas visita mais vezes sua fazenda Aliança, perto de Itajuípe. Publica Um Coquinho de Dendê, destinado ao leitor infantil. 1987 - Publica O Homem de Branco, biografia romanceada de Jean-Henri Dumont, o suíço fundador da Cruz Vermelha. 1990 - Vende, em definitivo, os direitos autorais de Os Bonecos de Seu Pope, livro infantil, às Edições de Ouro, para custear a doença da esposa Rosa Galeano, que vem a falecer. Na sua fazenda Aliança falece, em 2 de agosto do mesmo ano. 1993 - A novela O Menino e o Cedro, juvenil, é publicada pela Editora FTD, em edição póstuma.

Aqui na minha cidade aconteceram as locações dos filmes "Os Deuses e os Mortos, de Ruy Guerra, Os Magníficos e A Coleção Invisível, do renomado cineasta francês, Bernard Attal.

Tivemos no primeiro as presenças de Othon Bastos, Dina Sfat, Norma Benguell, Milton Nascimento entre outros. Na Coleção Invisível, tivemos como ator principal Wladimir Britcha,

e de Walmor Chagas e Paulo Cesar Pereio, em suas últimas aparições antes de falecer.

História de Pirangi/Itajuípe


O atual município de Itajuípe tem suas origens na região do Sequeiro do Espinho, que pertencia a Ilhéus e se estendia até o município de Iguaí. O povoamento do território iniciou-se no final do século XIX, com a chegada dos primeiros pioneiros, que iniciaram o desmatamento e a formação de fazendas de cacau. Por volta de 1918, outras famílias se estabeleceram à margem direita do Rio Almada, iniciando o povoado Pirangi.

Em 1930, instalou-se uma subprefeitura no arraial de Pirangi, subordinada ao município de Ilhéus. O nome foi alterado em 1943 para Itajuípe, vocábulo tupi que significa rio das pedras. O município foi desmembrado em 1962 para formar o a cidade de Barro Preto.

Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de Pirangi, pelo Decreto Estadual n.º 8678, de 13-10-1933, subordinado ao município de Ilhéus.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Pirangi, figura no município de Ilhéus.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 141, de 31-12-1943, confirmado pelo Decreto Estadual n.º 12978, de 01-06-1944, o distrito de Pirangi tomou a denominação de Itajuípe.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o distrito de Itajuípe (ex-Pirangi), figura no município de Ilhéus.
Elevado à categoria de município com a denominação de Itajuípe, pela Lei Estadual n.º 507, de 12-12-1952, desmembrado de Ilhéus. Sede no antigo distrito de Itajuípe. Constituído de 3 distritos: Itajuípe e Barro Preto, ambos desmembrados de Ilhéus.
Pela Lei Estadual n.º 628, de 30-12-1953, o município de Itajuípe adquiriu do município de Ilhéus o distrito de Bandeira do Almada (ex-União Queimada), alterado pela mesma lei acima citada.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é constituído de 3 distritos: Itajuípe, Bandeira do Almada e Barro Preto.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pela Lei Estadual n.º 1678, de 17-04-1962, desmembra do município de Itajuípe o distrito de Barro Preto. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 2 distritos: Itajuípe e Bandeira do Almada.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2015.

Pirangi/Itajuípe

pirangiense


1. Indivíduo nascido ou que vive em Pirangi.
2. De Pirangi; típico dessa cidade ou de seu poi (Ba)vo.

 

Itajuipense pirangiense


(Ita-ju-i-pense)


1. Indivíduo nascido ou que vive em Itajuípe (Ba).

a2g.

2. De Itajuipe; típico dessa cidade ou de seu povo.

 

Itajuípe (Pirangi) é assim, e essa é a minha história.

Topônimo

O topónimo Itajuípe é de origem indígena e significa "caminho das águas entre pedras e espinhos". A palavra é composta por: 

  • Ita: Significa "pedra" 
  • Ju: Significa "espinho" 
  • Y: Significa "água" 
  • Pè: Significa "caminho" 

O nome representa a região do rio Almada, que era cheia de pedras e espinhos e servia como caminho de saída da cidade. 

A história do município de Itajuípe é a seguinte: 

  • O povoado Sequeiro do Espinho, que pertencia a Ilhéus, foi estabelecido no final do século XIX 
  • Em 1918, o povoado Sequeiro do Espinho passou a ser chamado de Pirangi 
  • Em 1930, Ilhéus instalou uma subprefeitura em Pirangi 
  • Em 1943, o município passou a ser chamado de Itajuípe 
  • Em 1952, o município foi desmembrado de Ilhéus e emancipado politicamente e administrativamente 

apoesiadeclaudioluz

 O Amor é eterno, somos crianças

 


Somos sólidos, pensamentos concretos,

Amamos como se estivéssemos navegando

Em nuvens passageiras, que nos percursos definirá

O nosso amor eterno.

Seremos eternidades, não devemos transcender

A criança que existe dentro de nós, seremos apenas

Puros, com inocências pueris, e sonhos, nunca

Pesadelos de nos perder nas caminhadas que o amor

Eterno nos rege.

Vamos nos direcionar, olhos nos seus olhos, quando o

encontro será inevitável como as batidas dos nossos corações,

Agora audíveis nos fazendo uma só alma,

Almas gêmeas no plural.

Flutuaremos em rios não caudalosos, unindo os nossos corpos, no

Ir e vir das ondas que afagam as areias das praias.

Seremos purificados, procriaremos o Amor Eterno,

Quando não seremos mais crianças.

 

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Quando o sonho que se despedir - apoesiadeclaudioluz

Quando o sonho que se despedir


Quando o sonho quer se despedir, ele não escolhe

Nenhuma das estações do ano e nem as nuvens

cinzentas que compõe o céu azul.

Quando o sonho que se despedir, ele não procura

Caminhar nas pontes e sim tentar pulos sobre

Muros inacessíveis.

Quando o sonho que se despedir, ele as vezes sai em

Silêncio ou faz barulhos, deixando dúvidas para

Quem fica, na esperança do sonho voltar.

Quando o sonho que se despedir, ele se despede!

Entre olhares opacos, perdidos nos horizontes

Cinzentos, percorrendo talvez, outros corações

Que nunca querem se despedir, do sonho que os

Acalentou, entre nuvens que agora derramam pingos

De chuvas, como se fossem lágrimas!

Já mais o meu sonho vai se despedir!

 

terça-feira, 13 de agosto de 2024

Quando dançamos juntos



Quando dançamos juntos, como à moda antiga

Você fica nos meus braços?

Sinto o pulsar do seu coração, te enlaço

Como o brilho da lua que afaga as estrelas.

Vejo o brilho dos seus olhos que penetra em minha

Alma que se entrega a ti.

Em cada acorde que nos envolve, sentimos

As evoluções das nossas almas, agora gêmeas,

Que flutua pelo salão, derretendo as

Nossas peles, agora eriçadas, nos

Levando em compassos para o ápice dos

Acordes que agora nos pertencem, nos

Tornando um só, esperando os raios solares

Chegar.

Como antigamente, impulsionando-nos

Entre o imaginável e o concreto, nos olhando

Ternamente, esperando a próxima música

Que me faz te amar mais.

Cláudio Luz

 Namorada 


Deposito esta rosa em tuas mãos,

Simbolicamente é o afeto que se encerra

No meu coração, que te ama incessantemente.

Desde o raiar do o brilho do sol que te toca, como

Se fossem as minhas mãos acariciando o seu corpo moreno,

Antecipando os raios prateados da lua, que

Cobrir-te no decair da tarde, iluminando o nosso amar.

Querida, você está sempre à frente, ajudando

A iluminar os meus caminhos, diante dos meus olhos que

Suplica venha com mais surpresas.

Porque é bom,

Bom amar você!

Você é a luz que eu encontrei.

É bem mais brilhante.

E é bom,

Bom te amar e tê-la como minha namorada.


Cláudio Luz/Poeta de Pirangi