quarta-feira, 29 de novembro de 2023

apoesiaimperfeitas

Oásis imperfeito


Paraíso no deserto, sombras embaixo de tâmaras,

Entre dunas, como

Se fossem invadir os seus cabelos, envoltos pelas

Tempestades de areias, na presença.

Que o seu corpo presente faz.

O sol não se põe a lua nem aparece

No frio, desértico da noite, antes calor

Do dia que nos consomem.

Penso que as areias são cor de

Ouro.

Ouro de tolo que reluz, mas não

Define a cor do amor que ainda

Sinto por ti.

Sinto sede do seu corpo,

Estéril, mesmo molhado com a chuva

Que prenuncia o verão.

Sempre te lerei nos livros, Maktub, escuridões,

São aquelas que não chegarão a mim.

 

Sutilmente, Meu bem

Sutilmente você encobre-me como num eclipse diurno, quando

Apareço no seu olhar meu bem, inspirações que vem como musicas

Suaves, entre versos delicados, deliciosos como o seu coração

Arfante, que espera entre sussurros o Te quero.

Sutilmente, talvez critique as minhas ilusões nada precoces,

Embebido agora que estou, traçando linhas sutis, não ferindo

Sentimentos, endireitando veredas, entre mergulhos lindos.

Sutilmente bebo água que me acalma, dedilho palavras, entoando versos,

Entre musicas que relembra o “Meu Bem”, agora distante do chegar.

Da lua que desnudaria o sol, sou sutil na noite de estrelas que brilham, entre

Olhos não pálidos, mas enigmáticos pra saber o que há de vir.

Sutilmente, Baby a gente ainda nem começou!

 

Tributo a Silvia, “Silvinha Fernandes”

Acordei hoje com o pressentimento que você já não estava

Entre nós, juntei as minhas recordações e tomei “Um trem para

Durango”, aquele filme que assistimos em tempos estudantis

No Cine Teatro Hage, que em incursões as Lojas Americanas, depois

De muitos anos adquirir, para enriquecer as minhas memórias,

Que o tempo não apagou, solvendo doses de vinhos, re-assistir, mais uma vez,

Como se você estivesse junto a mim.

Relembro-me da música Silvia, de Stevie Wonder, que dizia,

“Silvia, Whoa, oh, oh, yeah

Mmm, hmm, Sylvia,

Você gentilmente tocou meu coração de alguma forma,

Com essa música doce, que pegou uma faísca em mim”.

Nos caminhos, várias vezes nos encontramos, cada um com

A sua história, você forte e sempre sorridente me brindava

Com aquele peculiar sorriso, que guardarei até me recolher ao

Repouso dos (in) justos, ou aonde o Altíssimo me colocar.

Glamour foram os momentos, nossas colações de grau, numa solenidade sem

Falhas, os Bailes no Esporte Clube Bahia, com “Os

Brasas”, hoje mais do que nunca importa o “Réquiem” como

Uma singela homenagem: a você “Silvia” Que os anjos nos altos Céus,

Toquem as trombetas celestiais, recebendo você!

Descanse em Paz, amiga, colega e irmã.

Pois as minhas lágrimas hoje são derramadas por você que está

Indo ao encontro do Pai, do Filho e do Espírito Santo... Amemmmm!

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

apoesiainiciantedasemana

Devemos Amar


Mesmo com o langor que nos consome,

Devemos amar, incondicionalmente,

Tendo a solidão que nos desperta,

Entre as hecatombes diárias que sangra o mundo em soluços.

Devemos amar, quando não há mais tempo

Para a pausa da tarde, que nos contempla em silencio

Como na Idade das Trevas, entre lamentos, presos

Nas escuridões dos breus, sem tocas,

Deveríamos ter nos amado quando o ultimo

Acorde foi solado pelos violinos ensombros,

Após um dia imediato ao ontem.

Teremos chances de nos deixarmos amar,

Após a dança traçada entre passos perdidos

Na ultima noite de verão.

Devemos amar, devemos amar

Entre o diapasão que envolve os nossos sonhos

Sem calafrios, ou frisson, mas com a sensação de prazer intenso, de ferir

A alma, repleta de razões impedidas, que a nossa pálida razão esconde o

Infinito, uma felicidade em demasia.

Onde não mais procrastinará “O Devemos nos amar”

Flutuando entre as razões que nos leva ao amar abundante

Imersos na ventania incessantes.

Que venha o dia que consigamos a chance

De ficarmos como Nossas almas,

Minha alma, sua alma

Nossas vidas unam sacrossantas, cheias de

Amor intempestivo na nova noite que

Avizinha-se iluminado pelo Solstício de verão,

Vamos nos Amar!!!

Amor entre o céu e o inferno

Encanto-me com a luz dos relatos do meu

Coração, às vezes traiçoeiro, sob luzes cândidas e

Otimistas, que coleciono de certas épocas em que te amei.

Não me surpreendo dos momentos espetaculares, que se

Históricos fossem abalariam o mundo, que ainda é

A nossa razão de viver, entre gangorras, oscilando

Entre as cordilheiras dos Andes e o rio que banha o

Madagascar, em tempos de guerras ostrascisticas,

Pelas quais nos exilamos em dois mundos opacos, sem

Prisões aparentes, sem humilhações ou quedas, que é

Trivial nos corpos que se separam entre o céu e o inferno,

Que não é a Divina Comedia, de Dantes, enquanto navegantes

d’agora em diante, compondo poesias em linhas oblíquas,

Dissimuladas, congelando o tempo que um dia responderá pelas grandes

Vitórias, pequenas derrotas, sem quedas ou cicatrizes,

Que mesmo tentando não incendiaram os nossos corações,

Menores, reflexivos, entre o nascer das nossas luzes,

Não mórbidas, que nos impressionavam

Nos momentos, nas sombras que emanava do crepúsculo, enquanto

Fazíamos caras e bocas, figurando o amor que

Já pode retornar para os nossos braços e abraços,

Envolto em luzes, presentes no lado oculto da lua

Aonde os astronautas não poderão impressionar-se, com

O prateado do sol, refletindo entre ondas que

Emanam do mar da tranqüilidade, no lado crescente,

Das estrelas cadentes, quando decidiríamos o nosso

Amor, talvez renascendo da luz ou das trevas que procura nos ocultar

De um novo Armageddon que um dia virá como um Te Deum ou

Quem sabe com o Pas de Deux.

Cajango

Deito-me junto ao teu corpo na serra da

Temerosa, Serra adoniana, filha de suas ficções

Que até hoje nos transporta para aventuras nunca

Por mim, ou por nós ditos defensores da cultura

Local, caminhadas.

105 anos nos separam, visito a praça denominada,

Não vejo um bouquet de flores depositadas entre o seu

Busto e o Almada, no Sena talvez.

Sinto o pulsar daquele papo amarelo que

Repousava no antigo memorial, surrupiada por alguns jagunços

itajuipense, talvez.

Adonias Filho, onde estás, porque os conterrâneos

itajuipenses  hoje não lhe fez um repousa de Paz.

Saudades da Rua do Cacau

Noites de sonhos, noites na Rua do Cacau

Oficialmente Rua João Evangelista, que não era o santo,

Madrugadas adentram pedaço de mau caminho dos jovens, para os velhos Antros de perdição.

Cheias de Graças doces meninas, ventre ilusionistas, decotes generosos Para o momento final.

Inicio de noite, músicas duvidosas e gostosas soavam como orações,

Danças coladas, fungadas no Pé do cangote, confissões entreouvidas no Salão cheio de penumbras entre idas e vindas de mulheres ao luar em busca De um par.

Mesas fartas e repletas, quartos furtivos transformados em alcovas de Juras e perdões.

Entre paredes se ouvia!

- Você volta amanhã?

-Volto!

- Estou te esperando, você sabe que é o único homem da minha vida,

Pura ilusão.

Bar do Chico, Barraca de zinco do Dedê, Cabaret de Flávio, Roupa Velha de Manhoso e Baixota, Quiosque da Tilú, tínhamos a Brasília Velha e a Nova, a Boate Cinderela.

Luz Negra refletiam a meia luz no meio do salão como céus de estrelas.

Cachaça da boa, cervejas geladas, bebidas quentes, uísque com guaraná, Falsos cuba-libre, pois a noite era longa para as meninas acasalar mais e Mais.

Mulheres tinham nomes Madalena, Biô, Escurinha, e até nomes exóticos Borboleta, Maria Pitú, Boca de Cabelo e Carrola, que na Pia Batismal

Recebeu o nome de Crispina.

Tinha até o Diploma, que vagou pelas ruas até o último acorde do Cisne Negro.

Tinham visitas corriqueiras as Farmácias de João Adry, Antonio Mansur, Tonho Buguelo, para curar as sequelas deixadas de uma noite de falso amor.

Tinham joias falsas, cortes de tecidos, perfumes, pó de arroz e Rouge para

Embelezar e perfumar as noites de falso amor.

Tinha também autoridades, Delegados, Policiais e Comissários de Menores Eram as Forças armadas pra botar ordem no lugar,

Tinha corpos estirados, faca, facão, tiros e até gilete navalhas asfiadas.

Quem não se respeitasse era brindado com algumas horas no Abaixadinho Da Chefatura local e quicas descanso eterno nas Palmeiras da Saudade.

De lá saíram professores, contadores, advogados e quicás médicos

Nem todos foram produtos do meio, mas, viveram no meio da eterna Rua do Cacau.

Casca de poesias

Sou a casca que exala

Poesias sobre o seu corpo, no sul da Bahia, ao lado das incidentes poeiras do

Plano Eterno, dos seus sonhos que naufraga

Agora no Templo do Almada, que copiosa me inspira nesta manhã.

Não sei a estação que

Rege-nos no leito ornamentado nas águas

Escuras dos lagos que agora nos lavam, em

Busca de claridades, oportunas talvez, ao te

Despir, para te cobrir com as minhas

Cascas poéticas que agora te despe para

Se tornar musa.

Talvez um sonho pra ter você

Tempo de tempestade que molha o resto do meu sorriso depois

Que você se foi ou deixou-me ir,

Desde que não estamos mais juntos tudo que eu faço é rezar,

Pois amar é inversamente desproporcional quando você não está

Mais junto a mim.

Recolho-me a solidão distante, somente uma palavra, não

Uma frase que completaria o sentido do quanto ainda te amo

Enquanto espero passar a tempestade, a tempestade e ter você

Em meus braços sussurrando eis me aqui.

Ah, o nosso amor que demora de se recompor, apesar de latente,

Apesar da distância não andamos no sol como antes, nem nos

Banhamos no porvir das estrelas que enfeitavam os seus cabelos

Em noites de festas, quando ouvíamos que tristezas não nos

Pegaria nas madrugadas lúdicas, esperando o sol nascer.

Tudo que eu tinha dentro de mim ficou contigo,

Eu sei exatamente o que eu digo,

Hoje não é ontem

E todas as coisas têm um recomeço,

Ou isso é uma visão em minha mente?

Palavras, somente palavras, mas também uma frase para dar sentido:

Eu te amo, ou isso é um sonho em minha vida?

domingo, 26 de novembro de 2023

apoesiadominical

As cores da minha Alma 


Não quero que a minha alma me dê adeus

Enquanto eu estiver dormindo.

Não quero que o meu coração pare de bater quando

Você estiver ausente.

Não quero perecer sem as estrelas, não

Acompanhar As cores do meu corpo

Que se ausenta, mergulhando na

Escuridão da tumba que serei enclausurado,

Em busca das promessas Divinas,

De um dia acordar.

Não quero perecer dormindo, sem antes

Ver os seus olhos fitando os meus,

Num Adeus final.

Quero perecer entre madrugadas insones

Entrelaçando as suas mãos em forma de

Oração matinal.

Quero perecer antes das suas lágrimas que

Não deverão molhar o seu rosto por mim.

Que venha o Réquiem dos Arcanjos e aquela música

Que me acalentou nos cabarés, antes

De o garçom servir as últimas doses que

Beberei ouvindo os sinos dobrarem! Por quem?

 

Ah, insensatez

Ah, insensatez que afloram na minha pele,

Quando tenho medo de te amar.

Ah, insensatez que nasce nos meus olhos,

Quando já não sou ouro ou madeira, pérola de ostras talvez,

Não valiosa quanto às íris dos seus olhos, porque eu não sei.

Ah, insensatez que não me alimenta das sensações,

Nas correntezas cardíacas, similares que pulsam no meu

Peito nu.

Ah, insensatez das promessas que fiz recíprocas talvez.

Ah, insensatez que brotam como beijos roubados,

Batalhas vencidas e amores insensatos que ainda me deixa

Sonhar com o Eu te Amo.

Ah, insensata cheia de memórias que atravessa-me

Nas escuridões, nos breus, ou no sangue coagulado

que escorre em minhas veias, não como prantos, mas como

imberbes promessas, que mata a insensatez que mora em mim.

Insensatez! Ah, loucuras que agora devoro, entre as distâncias

e os acalantos que cantastes pra mim. 

terça-feira, 21 de novembro de 2023

apoesiaentrepalavras

Viagens entre palavras


Todas as viagens tem um inicio e os destinos

Não são os mesmos como são os dias e as noites.

Eu agradeço quando viajam em meus versos, meditações

Intercaladas, sonhos incontidos entre as paisagens que

Passam diante das janelas fazendo brilhos diante das

Leituras e complacências que absolve a alma.

Faço-me perguntas sem respostas ao ver a sua viagem

Pelos meus versos!

Pergunto a mim mesmo: Quais as causas que eu cometo,

Quais as alegrias e dores que eu causo, quando me disponho

de mim mesmo para eu me ferir s minhas inspirações .

Tento dormir, mas o sono me corrompe...

Não sei o que vou fazer neste novo amanhecer.

Sou a minha própria causa.

E vivo os efeitos, transformando em versos de alegrias

E dores, nas tentativas de ser perfeito, mas as minhas

Imperfeições não deixam.

Espero que você sempre faça uma boa viagem ao

Ler os meus versos que escrevo para ti.

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Eu vejo brilho nos seus olhos quando você diz que me ama

Eu vejo brilho nos seus olhos quando você diz que me ama


Eu vejo brilhos nos seus olhos,

Quando você diz que me ama!

Eu vejo as suas sensibilidades aflorarem

Quando você escuta “Amor além da vida”,

Sem perder as esperanças, quando eu te

Digo que você é o Amor vivido em outras vidas e o

Amor da minha vida.

Por você está em mim e eu em você, quando eu preciso-te

Dizer que você é o amor da minha vida.

Quando imaginei que você é a minha alma gêmea

Que procurei por toda a minha vida.

Eu acreditei entre caminhos, pisando pedras, vendo

Páginas soltas! Tive a certeza que você está em mim

E  eu você em você.

Até nos sonhos que sonho, você será sempre o meu Amor

Nesta vida e Além da vida!

Por você é que sou apaixonado assim, completando-nos,

Nos dias que nos encontramos, entre abraços beijos e juras

Que sempre digo: Que somos um amor que se estenderá

Até o além das nossas vidas.

É divino o nosso Amor, que nos completa a cada milésimo

De segundos que o Nosso Criador deixa acontecer.

Factualmente

Factualmente te digo lentamente

O quanto estou apaixonado por você!

Mesmo não podendo afagar os seus cabelos,

Revolto pelos ventos que refresca os

Seus anseios, não turvados pela distância

Observando que: “há mais mistério no céu e na terra

Do que supõe a nossa vã filosofia (Shakespeareana),

Que nos separa nesse vale de luz,

Que agora nos observa entre o tempo e o vento,

Que conspira lentamente em mais um

Dia que se vai à busca das estrelas diurnas,

Que decifra os insondáveis desejos ainda não proscritos

Que nunca almejaremos concretizar enquanto

Existir o Sentimento bom que vive dentro de nós.

Lentamente permeio o firmamento

De sonhos para te dizer somente oi!

E voltar para o mundo real que me é peculiar,

Pelos dias e noites, que sonho em você de mansinha

Chegar.

Os meus versos estão...

Os meus versos não escritos na flor de sua pele,

Cor de ébano, brilho da lua, orvalho da manhã que banha

O seu corpo, entre estratosfera, músicas que não ouço

Quando você não está.

Os meus versos são declamados entre

Ruas desertas, alcovas vazias, luz tênues, cumplicidades

Com o brilho das estrelas que brilham quando convém.

Os meus versos não escrevo e nem declamo nas artérias

Que percorro, nos becos do universo, por onde você navega

Com objetivos de viver os meus versos talvez.

Os meus versos que escrevo agora, plantando sementes que

Fará nascerem outros versos que te identificará, escolho

Entre pétalas, corpos nus, perfumes que inalo dos seus versos

Trará-me a luz.

Acordei, eu sei onde estão os meus versos que os seus

Lábios sussurram em busca de mim.