domingo, 24 de dezembro de 2017

A POESIA DE CLÁUDIO LUZ


Posso Fitar os seus Olhos Abstratos


Nada que vem do meu coração é negação,

Às vezes ele é cego, naturalmente, enxerga

Mais do que eu, incendiando expectativas

Quando escrevo para ti.

Às vezes me pergunto: Como consigo extrair

Essências em versos e otimismos em gotas, antes leite

Em pedra sem saber se vou te agradar.

Capitulo, tergiverso , digo que não tenho respostas

Plausíveis para me atormentar, e sim para entrar

Nos seus olhos, que sempre fitam os horizontes preenchidos,

Em busca de respostas que teimam em não vir.

Quando seus olhos me perguntam: o amor que vem de mim é verdadeiro?

E se é verdadeiro, já que não podemos possuir concretamente,

Por ser abstrato, que incendeia a alma e aquece o coração, que se rende

Diante beijos, abraços e caricias carnais, que gera frutos e às vezes

Sem pensar se esvai, sem deixar vestígios aparentes.

 Tampouco outro dia, como fumaça, sem adeus, talvez com lágrimas que

Procriam expectativas de armistícios incondicionais, quando

Os corações estiverem sem fogo, rindo alegremente, sem dúvidas

De que estamos zombando do amor, que juramos, jamais

Separar-nos, sem esconder lágrimas ou risos latentes

Que sempre cismamos dividir.

Vem, vamos beijar as meninas dos nossos olhos, vem

Incendiar concretamente o abstrato que não

Deixou-nos amar.

sábado, 23 de dezembro de 2017

ANTEVESPERA DE NATAL - A POESIA DE CLÁUDIO LUZ


Sou apenas um pecador


Não estou disposto a esperar que Você se banhe

Na Fontana di Trevi, enquanto percorro três estradas,

Rumo ao Almada, em busca de uma La Dolce Vita,

Imaginando o imaginário de Anita Ekberg e Marcelo Mastroianni,

Puro simbolismo junto ao neorealismo de Fellini, em preto e branco.

Será que me apaixono frequentemente, isso é normal?

Escuto o meu coração que para, olha e escuta, por não

Está sozinho o tempo todo, enquanto não é tarde demais.

Mas que mistério, é a minha vida,

Que mistério! Sou um pecador perdido, vivendo intensamente!

Os mistérios ensopam-me, não impedindo que eu delire

E viva uma vida displicente, quando observo as nuvens,

Que já não são as mesmas de segundo atrás.

Percorro mares e florestas, que habita

Dentro em nós, perdidamente, na alma do mundo,

Que nos subtrai, negando a noite, trazendo o dia, quando

Seremos um, envolto em fogo que

Mais parecerá a inauguração de uma nova criação...

Pare, olhe, escute, se houver raios solares magníficos,

Sonhe, enquanto eu não estiver te esperando.

Sou apenas um pecador.


sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Nostalgia do que se foi...
Grupo Jepem

Nunca mais o sorvete do Zé Aziz
Nunca mais as sutilezas de Valter Jacaré
Nunca mais o olá ladrão de Teteu Cacheiro
Nunca mais a elegância do delegado Moisés Bernardino
Nunca mais a vidraçaria de Irineu
Nunca mais a voz sonora de Bucharel
Nunca mais o som mavioso da Voz de Itajuípe (Clóvis Pereira)
Nunca mais as camisas Guararapes e as roupas intimas De millus, da loja de seo Ivo
Nunca mais o picolé de Derneval e os sorvetes de Marcelino Sorveteiro
Nunca mais os selos fazendários, da cachaça Boca Negra, de Jose Adry usados para burlar as entradas para a geral no cinema Larocca
Nunca mais o sarapatel de Vitória, na antiga feira livre
Nunca mais os bailes do Esporte Clube Bahia, ao som de Os Brasas
Nunca mais a “Noite da Cigana” na Escola Polivalente, ao som de Os Brasas,
Joedson, de Ipiau e o Mach Five de Valença
Nunca mais Litinho e seu Conjunto
Nunca mais o Grande Cantante Mexicano, Ramon Cardiale
Nunca mais as sessões cinematográficas nos Cines, Ana, Glória Éden e Teatro Hage
Nunca mais a troca de gibis na porta do cinema
Nunca mais as pinturas da igreja, de Junot Mattos
Nunca mais as solenidades no Cine Éden
Nunca mais os passeios noturnos nos jardins centrais
Nunca mais o comércio pungente do Rio Branco, e a roda gigante do parque infantil do jardim
Nunca mais as tardes de bola na Desportiva e o Torneio Caixeiral
Nunca mais os sorrisos faceiros das meninas de Biô, Madalena, Iva e Escurinha
Nunca mais a Luz Negra, da Boate Cinderela
Nunca mais o apito dos trens, suaves na chegada e tristes nas partidas, na antiga estação
Nunca mais as angustia nos desligamentos das luzes geradas pela Usina Manoel Novaes
Nunca mais os atendimentos humanitários dos Doutores Diógenes, Montival, Sólon Magalhães e Libório
Nunca mais o café de Severinho, Afonso e Zé Alemão e o mingau de Adélia
Nunca mais a cerveja gelada no Bar de Chico Bucetão, Pau de Macuco e da Toca do Gatão
Nunca mais a Barraca de zinco de Dedê
Nunca mais o Bim Ban Bu Bar, do Miguel Pescocinho
Nunca mais o Armazém Santa Maria de seo Agapê , Pedro Surdo, Pedro Gonçalves, e as cocadas de dona Anita Pinillos
Nunca mais Maria Homem
Nunca mais as peraltices, disputas de peladas, bandeirinha, três Maria e pular macaco nas ruas
Nunca mais os parquinhos do Rio Branco e os barquinhos dos irmãos Leite
Nunca mais os peitorais das tropas que carregavam cacau
Nunca mais as sessões espíritas de Zé Onides e Bolívar
Nunca mais as disputas entre as Bandas Marciais da Escola de Comércio e o Ginásio 7 de Setembro
Nunca mais as Micaretas, Quermesses e Terno de Rei
Nunca mais a cadência e os repiques das Escolas de Sambas Unidos da California, de Zelito e Unidos do Centro, de Litinho
Nunca mais as meninas do Bloco de Rosival
Nunca mais o som dos atabaques dos Afoxés
Nunca mais a harmonia da Filarmônica 1º de Janeiro
Nunca mais Os Amigos do Generá e Mixto Quente
Nunca mais os Blocos de Amarilio e de Zequinha de Abdala
Nunca mais Dona Jujú da Legião, João Adry da Farmácia, Edvaldo Cunha do Centro Espírita
Nunca mais as serestas de Zé Pinga
Nunca Mais os cortes de cabelos dos barbeiros, Aniceto, Ruy, João Barbeiro, Besouro Casacudo, Vadinho, Zé Rolinha e Egron
Nunca mais o corte de roupas de Clodoil, Deusdeth e Zenaidio
Nunca mais as Alfaiatarias Silmara e Estrela, de Zé Rosa
Nunca mais Cordão de Ouro, Leonel, João Brotinho, Mendengue, Jupará, João Vovô, João Andorinha, o cego Furtunato, Maria “Arcanja” Angélica, Tumida, Alebara, Besouro Casacudo,Tanta carne cadê dente e Sobe e não desce
Nunca mais João Brotinho, Baronesa e Zéis
Nunca mais Bulachinha, Cuzcuz e Arroz
Nunca mais o aguadeiro Alexandre
Nunca mais Galo Cego e Pipia Cega
Nunca mais João Ourives
Nunca mais Seo Augusto “Savu”, dona Maria, Emerson e Zé de Milu, no convento
Nunca mais as Divinas Mestras Julieta, Judite, Lucinha, Didia Sá, Duce Belo, Clemene Vinhas e Paixão
Nunca mais os mestres Manoel Izidoro, Raymundo Lins, João Clímaco, AristharcoWeylly Filho, Wanderley Campos e João Agnaldo
Nunca mais as fobicas de Magalhães
Nunca mais as marinetes da Sulba
Nunca mais Quadrinhos e Enock da agência da Sulba
Nunca mais o Posto Texaco e as bombas de gasolina de Zé Alemão e Albertone Pinto
Nunca mais as missas das crianças e dos jovens e os Sacristãos do Grupo São Tarcisio
Nunca mais o Grupo de Jovens JEPEM
Nunca mais a Biblioteca do Convento e as imagens
Nunca mais a Escolinha Cinderela, de professora Lenida, e as particulares das professoras Julieta Fonseca, Judite e Lucia Pinilos
Nunca mais Leila Abjaude, Adauta Alvina do Sesp e Albertino da Sucam
Nunca mais os versos de Andorinha
Nunca mais os times do Bahia, Santa Cruz, Atlas, Flamengo e Grêmio
Nuca mais o Cabaré de Flávio e de dona Lúcia
Nunca mais o Bar Bico de Ferro e O Inferno Vermelho
Nunca mais a Roupa Velha de Manhoso e Baixota
Nunca mais O Jangadeiro e a Cabana do Lago
Nunca mais os quibes de dona Maria Pedro Hagge
Nunca mais os sinuques de Elifio e de Fidelis
Nunca mais os roletes de seo Henrique
Nunca mais os abarás e acaraje das Baianas Tapuya, Santaninha e Margarida
Nunca mais o côco verde e o peixe salgado, de seo Martins
Nunca mais os contos de Vicente Pires
Nunca mais as poesias de Helio Nunes da Silva e Souza Lopes
Nunca mais os repentes de Mario Peito de Pombo
Nunca mais os afagos de Memu Pão
Nunca mais as hortas do Nego Leonel
Nunca mais os consertos de sapatos de Nito e Zezito sapateiro
Nunca mais os babas, no Barro vermelho
Nunca mais os banhos no Cajú e na Piscina dos Artistas
Nunca mais as cervejas nevadas do Bar de Fernandinho Curió
Nunca mais as maquiagens de Rita Pavone
Nunca mais as bicicletas de aluguel de Zequinha Bode
Nunca mais as sapatarias de Zé Campos e Neca Sapateiro
Nunca mais a Guarda Noturna com os silvos dos apitos noturnos
Nunca mais os abates no matadouro municipal
Nunca mais o violão de João de Amâncio e a paciência de Zé Cruz
Nunca mais a cachaça de Joaquim da Moringa e o Bar de Ranieri
Nunca a mais o Lactário Santa Eufrozina
Nunca mais A Guanabara, de dona Noêmia
Nunca mais os apupos dos delegados Brás Lopes, Mariniello e Albertone Pinto
Nunca mais os mercadinhos pegpag de Jalsen Lisboa e Bonsuete
Nunca mais as lojas de moveis de Osmundo e Benedito Santos
Nunca mais as Lojas de Waldeck e A Carioca, de Tonho de Brandão, A Boneca, de Jorge JoséHage
Nunca mais as lojas de tintas e ferragens de Antonio Gonçalves, Marujo, Pedro Gonçalves e Lafaiete
Nunca mais os armazéns da Cia. Wildberg, Cooperativa, Brandão Filho, Manoel Joaquim de Carvalho, Correa Ribeiro, Braz Bartilot, Walmir Badaró e dos Irmãos Hage Comércio e Exportação
Nunca mais as cooperativas de créditos populares
Nunca mais o Saps e a Cobal
Nunca mais o oficio dos dentistas Genebaldo e Dr. Lourdes Pinilos e dos práticos “O pestinha Enock” e Dantinhas
Nunca mais as mercearias de Durval Mainat, Dantinhas e Josué Capenga
Nunca mais a jabá de João da Pá e de Pedro Bitelo
Nunca mais o peixe “Minhagaia” de Albertino
Nunca mais as músicas sacras do Harmone, tocado por dona Didia Sá na igreja Matriz
Nunca mais os tabeliães João e Rosalvo Deway, Wilson Moura, Gelson Vinhas oficiala dona Dedé Affonso e os oficiais de justiça Adelson Careca, Mario Peito de Pombo e Carrinho
Nunca mais os grêmios estudantis Afrânio Peixoto (Ginásio) e Ernesto Carneiro Ribeiro (Escola de Comércio)
Nunca mais a Associação Pais e Mestre do Colégio Diógenes Vinhaes
Nunca mais os Juízes de Paz Joaquim Bonfim, Marujo e Lafaiete Souza
Nunca mais os ensacadores Curió, Papagaio e Veveio
Nunca mais os toques das campanhias, na elevação sacramental
Nunca mais os pintores Elias Fonfon, Cenor, Bolinho Lelinho e Zé da Porca
Nunca mais os cartazes anunciando os filmes, pintados por Porfirio e Elias Fonfon
Nunca mais os encanadores Tota, Josa e Jabinho e as bicas de Zé Leite
Nunca mais os pães e biscoitos das Padarias Aurora, dos Benevides, Pinilos e Triunfo
Nunca mais Jonas e Hilário, coveiros
Nunca mais João Brotinho
Nunca mais os pulinhos de Santana, da padaria do Rio Branco
Nunca mais o jornal mimeografado BI, de Osman Freitas
Nunca mais O Paladino de Clodoaldo Cardoso, o Imparcial, Tribuna do Almada, O Renovador, O Imparcial, Correio Itajuipense e Folhas dos Lagos
Nunca mais as poesias de Helio Nunes da Silva
Nunca mais os versos de Andorinha
Nunca mais os discursos de Dr. Diógenes, Francolino Neto e João Deway Guimarães
Nunca mais os fretes de caminhões de Zé Flório, Luis Guerra, Jorge do L, Miralvo, Cenildes, Chico Grosso, Manequinha e Lafaiete
Nunca mais as ferragens de Zé Galdino
Nunca mais as visitas de Marcos Santarita
Nunca mais as pensões de Aninha, Mirabela, Nenzinha, dona Laura, Izaura, José Abjaude e dona Júlia, no Rio Branco
Nunca mais as doses homéricas de “India” no bar de Tilú
Nunca mais a arte teatral do Grupo Gorja
Nunca mais o Armazém e o Armarinho Sem Nome de seo Aziz Midlej, seo Adno e Edna
Nunca mais a discoteca Barbarella
Nunca mais os presépios de Junot e dona Ana
Nunca mais a oficina e sinais de TV de Zé do Rádio
Nunca mais a carne do sol de Adalberto e as lingüiças de Quincas do Porco
Nunca mais as oficinas mecânicas de seo Belisário e Mestre Augusto
Nunca mais os sindicalistas Jose Silva, Virgilio Torquato, Amarilio, Durval Rodrigues, do Paty Verde e Joaquim Cunha
Nunca mais os engraxates Isaac e Percilio
Nunca mais o peido que matou a Acácia do jardim
Nunca mais os administradores rurais Silvano Sobral, seo Calazans, Jesse de Oliveira, Manoel Militão Moura e Durval do Paty Verde
Nunca mais a auto-escola de Ariston Kruschewsky
Nunca mais os charutinho e quibes de dona Glorinha
Nunca mais as professoras de datilografia dona Celcina, Marinalva, Ozenita
E Lindaura Cardoso
Nunca mais a Pensão Mirabela
Nunca mais os taxistas Pedrinho, Crispin Sales, Mansur, Mahariz, Antônio Chiranha Américo Hage e Nativo
Nunca mais os guardas municipais Abdias, Temístocles, Josué, Zé Calango Boanerges e Zé Paixão
Nunca mais a lei e o capa bode, de Panchirra
Nunca mais...

Cláudio Luz


Atualizado em 22/12/2017

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017


Vêm Solstícios de Verão


Então é verão! Busco os espíritos essênios

Que habitará em cada um de nós no próximo éssudeste,

Virão entre ondas, que nos purificará até

O próximo inverno ou até a próxima crucificação

Do Salvador, que está prestes a nascer.

Penso e medito, diante da imunodeficiência

Coletiva que não nos deixa ir ao encontro do próximo.

Afinal! Quem é o próximo?

É aquele que se angústia, que está em estado de depressão,

Nas grades das prisões, nos leitos dos hospitais,

Nas sarjetas, aonde cuspimos diariamente, ou nos oprimidos

Que são cerceados do direito de ter fome de justiça, pois fome de fome

Estão a olhos nus.

Continuarei andando pelas periferias aonde as Bem aventuranças do novo

Nunca chegará, percorrerei ruas e caminhos esburacados,

Singrarei esgotos a céus abertos, ouvirei o murmurar das

Panelas cozinhando pedras, com caldo Knorr, Maggi ou ar(r)isco,

Ou quem sabe, um de nome japonês “Sazon”.

Triste realidade, defesas, positivismos nas redes sociais e foguetes

Quando se cumpre obrigações latentes.

Que venham os anjos, subindo e descendo, que soem as trombetas, que

Anunciem sem subterfúgios ou apupos, pelos dias

Melhores que virão!

Então será pleno Verão.




A poesia de Claudio Luz


Como um samurai


Após o desterro anunciado, não aglutinarei saudades,

Ou vontade de voltar, destoando como os outrora párias

Não levarei um pouco da terra nativa para colocar

Dentro do meu travesseiro, onde repousará diuturnamente

Minha cabeça quando na madrugada Exalará poesias para ti.

Fruto das minhas inspirações boemias, às vezes senil,

Afinadas, ou refletidas pelo limiar prateado da lua e das

Estrelas, que me envolve, utopicamente te beijarei

De forma caudalosa sempre nas noites que se alongará como agora.

Derramarás lágrimas por não poder me acompanhar,

E nem acenar o lenço da despedida quando eu embarcar

Rumo ao porto da solidão anunciada.

Não dissimularei afeto, nem beberei disprósio, não tomarei

Mais o remédio que uso para amainar disritmias sonoras dos

Antigos poetas Venezianos, que declamavam poemas em

Praças publicas, talvez ensaie com uma Gueixa a moda moderna,

Tomando sakê, assistindo Akira Kurosawa, acenando, sayonara,

Sayonara, sayonara, aspirando a ultima Flor do Lácio.

Onde repousarão as Minhas saudades?




segunda-feira, 4 de dezembro de 2017


Amor em tempos de Apocalipse


Sinto uma vontade de dizer “Te Amo”,

Fazendo uma sagrada união, cabalística, cheia

De esoterismo, sem efeitos conspiratórios, contrito,

Emanando sentimentos incontroláveis e uníssonos,

Sem fabulas, dançando farândola, com um bando de

Desprovidos de amor próprio, talvez.

Seria fantástico o “Eu te amo”, soando ao som de Love Hurts,

Hospedando-nos no talvez Hotel Califórnia, como águias,

Percorrendo o Rio Almada, de um extremo ao outro, em

Direção ao mar.

Quem sabe se um dia colherá memórias, escritas

Em papiros, pelos padres do Deserto, solvendo meias-taças,

Envolta em meia-luz, emanadas, através da meia-noite, cor

De chumbo ardiloso, como se fosse argonauta em busca

De novos anjos, para anunciar uma nova paróquia, entre parênteses.

Agora forjados como se fossemos novos profetas, anunciando o apocalipse

Segundo O amor, entre os céus e a terra, que nos resgatará após o enlace,

Prescrito no vigésimo capítulo, do livro inicial dos nossos sonhos

Sonhados, entre uma Parole ou um dizer ou não.

Preciso te dizer que Te Amo?

  

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017


Amor de Déjà Vu


Idos, não vividos em estações passadas,

Que incólumes não saíram, se vivemos

Ou fantasiamos, nos levando a sonhar,

Talvez sim, Déjà vu, em plena La Décadence, que nos

Leva a ilusões latentes, plantadas em nossos corações,

Ficcional, com o passado que não existiu plenamente.

Sonhamos ou não?

Talvez sim?

Juntamos pétalas da rosa ocidental, que não plantamos

Nas luas crescentes ou na sombra de uma arvore que também

Não plantamos, por falta do ocaso do sol, envolto em nuvens

Perversas que não deixa os nossos sentimentos, brilhar

No horizonte, onde nos descampados os nossos olhos não alcançam sem antes limitar-nos entre a vontade de querer e o talvez de um dia

Que tentaremos alcançar entre a vontade de Deus que em parcimônia

Altruísta não interferirá nas vontades latentes que nos unirá por,

Livre arbítrio que só em nossos pensamentos podemos arquitetar,

Déjà Vu... Viva La Décadence do amor que está por vim como

Raios ensombros, entre nuvens com desenhos de abraços iluminadas

Com os raios do eterno luar, permeando a noite ou o dia que

Pensamos existir.


segunda-feira, 27 de novembro de 2017


Amor entre o céu e o inferno


Encanto-me com a luz dos relatos do meu

Coração, às vezes traiçoeiro, sob luzes cândidas e

Otimistas que coleciono de certas épocas em que te amei.

Não me surpreendo dos momentos espetaculares, que se

Históricos fossem abalariam o mundo, que ainda é

A nossa razão de viver, entre gangorras, oscilando

Entre as cordilheiras dos Andes e o rio que banha o

Madagascar, em tempos de guerras ostrascisticas,

Pelas quais nos exilamos em dois mundos opacos, sem

Prisões aparentes, sem humilhações ou quedas, que é

Trivial nos corpos que se separam entre o céu e o inferno,

Que não é a Divina Comedia, de Dantes, enquanto navegantes

d’agora em diante, compondo poesias em linhas oblíquas,

Dissimuladas, congelando o tempo que um dia responderá pelas grandes

Vitórias, pequenas derrotas, sem quedas ou cicatrizes,

Que mesmo tentando não incendiaram os nossos corações,

Menores, reflexivos, entre o nascer das nossas luzes,

Não mórbidas, que nos impressionavam

Nos momentos, nas sombras que emanava do crepúsculo, enquanto

Fazíamos caras e bocas, figurando o amor que

Já pode retornar para os nossos braços e abraços,

Envolto em luzes, presentes no lado oculto da lua

Aonde os astronautas não poderão impressionar-se, com

O prateado do sol, refletindo entre ondas que

Emanam do mar da tranqüilidade, no lado crescente,

Das estrelas cadentes, quando decidiríamos o nosso

Amor, talvez renascendo da luz ou das trevas que procura nos ocultar

De um novo Armageddon que um dia virá como um Te Deum ou

Quem sabe com o Pas de Deux.



 Cláudio Luz


quinta-feira, 16 de novembro de 2017

A POESIA DE CLÁUDIO LUZ



Eu poeto...
Sonhei que queria ser como Carlos Drummond de Andrade,
Vinicius de Moraes, 
Manuel Bandeira, 
Cecília Meireles ou Charles Baudelaire
Para embriagar-me com vinhos, poesias e virtudes.
... De repente uma voz exclamou:
Poetize-se como você mesmo.

Amor em extinção


Sentimentos intrépidos que brotam em raros momentos

De ternura dos olhares vazios em busca de

Consolação.

Logo o coração em pulsação explode de emoção

Para reservar o seu quinhão do amor que agoniza

Em extinção.

Tentam respiração boca-a-boca, enchem os pulmões,

Gritam preces para que venha a salvação, pobre

Amor em extinção continua inerte, quase a morte

Sem razão, gritam preces e esquecem

Que o remédio é a doação.


terça-feira, 14 de novembro de 2017


Amor de gritos e sussurros


Embora ainda não vivêssemos o que não vivemos,

Irreal seria um sonho para nós que pensamos

Ou nos sentimos fora da realidade, que

Nos deixa entre o lúdico e o sensato.

Protagonizamos ilusões, erguemos barreiras,

Mas, mantivemos intactos os sonhos universais,

Que brilha entre olhares sutis, em encontros furtivos,

Sem mentir como os que fingem amar.

Agora não somos estranhos, entre ribaltas,

Só poderemos querer na noite um amor não frugal,

Sem querer ser como aqueles que só desejam aparecer

Na noite, entre brilhos e Luais, cantando amores,

Fascinantes como um sonho universal, fundamental

Para os que desejam também amar.

Agora que eu medito, porque te amo, percebo entre

Subterfúgios que precisamos viver o que não vivemos até

Agora, embora os nossos destinos nos chamem a mergulhar

No inconsciente amor que nos chama, entre gritos e sussurros

Que inebria o ar,