sábado, 9 de setembro de 2017

Amor de tolo


Antes eu pensava que só os tolos se apaixonavam,
Ledo engano que fluiu nas minhas solidões
Acompanhadas, entre as 4 estações do ano
Que não mudam, mas, nos transformam quando
Acomodamo-nos a elas, tão triste quanto o inverno que eu passei,
Quando não a encontrei, entre agasalhos que inflamariam,
Aquecendo-me e abrasando o meu coração, senil pela
Tua ausência sentida.
Mas eu não consigo evitar me apaixonar por você, não
Para cometer pecados das dissoluções, adicionadas
As resoluções que eu deveria ter tomado na primavera
Passada.
Agora só resta você pegar minha mão,
O meu coração, e guiar os meus passos, porque eu não consigo evitar
Apaixonar-me por você, como um rio que corre para o mar

sexta-feira, 8 de setembro de 2017


Amor não platônico


 


Os meus sentimentos são como nuvens, tão escuras e profundas,

Que noite após noite, foge furtivamente,

Acumulando-se em todos os meus sonhos de embriagues

Passageiras, cheias de lembranças que vagueiam de minuto a minuto,

Acendendo todas as luzes, como água do rio para o mar.

Desisto da noite fugindo para longe das tristezas,

Agarrando-me às suas lembranças, que me faz capitular

Por um novo dia, talvez melhor do que o ontem que

Desapareceu ante os sinais verticais, oriundos dos céus

Transparentes, que ascende em “LIBRA” signo dos poetas

Sonhadores, que campeiam o mundo que não é os dos imortais.

Pobres poetas imortais, que alinhava versos

Sonhados, admirando os seus olhares inoxidáveis, que permanece

Em minhas lembranças, provocando sensação única,

Em corpo e alma, esperando que você peça uma razão

Mais próxima da magia que eu senti, mesmo estando

Triste esperando que você estendesse sua mão para mim

Agradecer.

Embora na maior parte das vezes você tenha ido embora da

Mesma forma que um trem quando chega a uma estação para pegar ou

Desembarcar os passageiros, ao menos você decidiu não partir.

Afinal não somos (“Platonic Lovers”), onde o poeta afirma que o amor é a

Raiz de todas as virtudes e da verdade, e eu e você,

Afinal não estamos mentindo.




segunda-feira, 4 de setembro de 2017

A POESIA DE CLÁUDIO LUZ


Amor canalha


Ah! Amores, que te fazem cínica

Entre lágrimas e prováveis hipóteses,

Sem escrever uma linha sobre linha a Linha do Equador

E nem tentar transpassar os trópicos que emanam

O fogo que arde dentro do meu peito, em alma e espírito

Que não é santo.

Quantas vezes hipoteticamente frases de amor você sussurrou

Nas madrugadas insanas que percorríamos em busca

Do nada que nos acalentavam entre abraços, beijos e afagos

Sem sentido.

Seria o amor da nossa idade tenra que confundia

Os nossos espíritos sem interrogações ou

Seria amor ou prazer profético?

Agora que choro debruçado sobre as cartas difusas

Que se espalham por varias direções possíveis,

Como raios luminosos, fazendo sucumbir os meus pensamentos

Óticos quando as minhas dores eram alegrias.

Foram esporádicos como os amores esporádicos

Devem ser em hemisfério sul ou norte,

tão estranhos que vêm e se vão,

Deixando apenas as lembranças que conseguiram sobreviver,

Como histórias que não sabemos se são de verdades ou não,

Escondendo-se em nós dois.




sábado, 2 de setembro de 2017


Meu Mundo almadense


Meu mundo é o rio Almada, tão escuro que escorre para o mar,

Noites após dias, vertendo águas de sangue que jorra como

Furta-cor, embriagando o meu sono, como

Fluxo contínuos me embriaga, fazendo-me como

Simples passageiro eu fosse.

Furtivamente no silêncio dos meus sonhos

Entre luzes opacas onde observo o seu riso que transborda

Como águas do rio Almada, que renasceu da hecatombe hídrica que

Não alimentou o mar para amar,

Boêmio nas noites que almejo que há de vir,

Entre calçadas que vago, entre bares e ruas,

Furtivamente ando silencioso nos meus sonhos,

Da noite passada, entre neons inexistentes,

Transbordando o teu riso que afoga

Como um rio de águas, para te abraçar.

Memórias, Ah!! Memórias.