segunda-feira, 27 de novembro de 2017


Amor entre o céu e o inferno


Encanto-me com a luz dos relatos do meu

Coração, às vezes traiçoeiro, sob luzes cândidas e

Otimistas que coleciono de certas épocas em que te amei.

Não me surpreendo dos momentos espetaculares, que se

Históricos fossem abalariam o mundo, que ainda é

A nossa razão de viver, entre gangorras, oscilando

Entre as cordilheiras dos Andes e o rio que banha o

Madagascar, em tempos de guerras ostrascisticas,

Pelas quais nos exilamos em dois mundos opacos, sem

Prisões aparentes, sem humilhações ou quedas, que é

Trivial nos corpos que se separam entre o céu e o inferno,

Que não é a Divina Comedia, de Dantes, enquanto navegantes

d’agora em diante, compondo poesias em linhas oblíquas,

Dissimuladas, congelando o tempo que um dia responderá pelas grandes

Vitórias, pequenas derrotas, sem quedas ou cicatrizes,

Que mesmo tentando não incendiaram os nossos corações,

Menores, reflexivos, entre o nascer das nossas luzes,

Não mórbidas, que nos impressionavam

Nos momentos, nas sombras que emanava do crepúsculo, enquanto

Fazíamos caras e bocas, figurando o amor que

Já pode retornar para os nossos braços e abraços,

Envolto em luzes, presentes no lado oculto da lua

Aonde os astronautas não poderão impressionar-se, com

O prateado do sol, refletindo entre ondas que

Emanam do mar da tranqüilidade, no lado crescente,

Das estrelas cadentes, quando decidiríamos o nosso

Amor, talvez renascendo da luz ou das trevas que procura nos ocultar

De um novo Armageddon que um dia virá como um Te Deum ou

Quem sabe com o Pas de Deux.



 Cláudio Luz


quinta-feira, 16 de novembro de 2017

A POESIA DE CLÁUDIO LUZ



Eu poeto...
Sonhei que queria ser como Carlos Drummond de Andrade,
Vinicius de Moraes, 
Manuel Bandeira, 
Cecília Meireles ou Charles Baudelaire
Para embriagar-me com vinhos, poesias e virtudes.
... De repente uma voz exclamou:
Poetize-se como você mesmo.

Amor em extinção


Sentimentos intrépidos que brotam em raros momentos

De ternura dos olhares vazios em busca de

Consolação.

Logo o coração em pulsação explode de emoção

Para reservar o seu quinhão do amor que agoniza

Em extinção.

Tentam respiração boca-a-boca, enchem os pulmões,

Gritam preces para que venha a salvação, pobre

Amor em extinção continua inerte, quase a morte

Sem razão, gritam preces e esquecem

Que o remédio é a doação.


terça-feira, 14 de novembro de 2017


Amor de gritos e sussurros


Embora ainda não vivêssemos o que não vivemos,

Irreal seria um sonho para nós que pensamos

Ou nos sentimos fora da realidade, que

Nos deixa entre o lúdico e o sensato.

Protagonizamos ilusões, erguemos barreiras,

Mas, mantivemos intactos os sonhos universais,

Que brilha entre olhares sutis, em encontros furtivos,

Sem mentir como os que fingem amar.

Agora não somos estranhos, entre ribaltas,

Só poderemos querer na noite um amor não frugal,

Sem querer ser como aqueles que só desejam aparecer

Na noite, entre brilhos e Luais, cantando amores,

Fascinantes como um sonho universal, fundamental

Para os que desejam também amar.

Agora que eu medito, porque te amo, percebo entre

Subterfúgios que precisamos viver o que não vivemos até

Agora, embora os nossos destinos nos chamem a mergulhar

No inconsciente amor que nos chama, entre gritos e sussurros

Que inebria o ar,

sábado, 4 de novembro de 2017


Amor de insensatez


Quando o amor me doía, fruto da insensatez,

Troquei você por noites boemias, na escuridão,

Nas desilusões que hoje chora por ti.

Se existisse perdão vindo de você, que acalmasse o meu coração,

Que sofre fruto das incoerências achadas em coisas lindas,

Reencontradas na próxima esquina, quando o seu

Corpo bailava lindamente, entre contrapontos,

Rotineiros, naturais e precisos, quando despia o seu corpo,

Não freneticamente, como se fosse

O meu Primeiro e único amor, descomplicado, como

Se estivéssemos farreando, entre juras,

Amando-nos eternamente, sobrevivendo, entre coisas lindas entre

O nascer e o por sol, após, trazendo escuridões, breus

Sobre festas dos últimos dias,

Solvendo tragos homéricos, sussurrando entre lençóis,

Recitando as ultimas estrofe do poema de despedida

Que escrevi, com as tintas do Schminkideen, idealizando

A cor do coração que sonhei em te dar, na madrugada,

Nas ruas desertas, que perambule, em noites boemias, quando eu voltava

Para os teus braços insones de tanto me esperar.

Agora sofro, entre lençóis, solitário, na noite, onde

O seu corpo não está!

Ah! Insensato amor, fruto da insensatez que não merece

Perdão pelas noites boemias que troquei por ti.



Cláudio Luz

quinta-feira, 2 de novembro de 2017


Amor de poetas amorosos


O teu sonho escorre entre os meus dedos,


O meu amor corre como um louco, entre ruas e becos

Não enxergando você, olhos entre brilhos e aromas

Balbuciou o seu nome entre tantos nomes,

Que se perdeu na solidão do caminho que hoje trilho sozinho.

Ah! Insensato amor, Quando eu não tenho mais do que uma pergunta,

Eu canto seu nome ao vento que amaina o coração,

Que já não mais me defende, nas noites insones, sem puerilidade,

Sem uma pena para escrever agora o que eu sinto por

Ter provocado a sua ausência dentro em mim.

Se outro verso surgisse, não me afastaria de você,

Apesar de indefeso está.

Eu sou um poeta, sei que sou um poeta!

Agora amoroso, entre a

Distância que percorro para me inspirar perante

O seu corpo, sentindo os seus lábios, talvez já não mais te

Pertença ardendo de desejos que sinto ao te amar.

Agora, tenha que trespassar muros, esperando

Que você cante segurando minhas mãos, levando-me

As alturas, tendo o céu como pano de fundo central,

Nas alturas, para onde o nosso amor talvez,

Dure um longo tempo, não separados pelos oceanos que

Afoga-nos.

Sei que também você “Talvez” seja uma poetisa,

Apaixonada que também tem o direito de ser

Amorosa desde a essência do coração até

O semblante sereno que sonha um dia poetizar,

Guardando-se, ardendo-se de desejos, se esgueirando

Entre as nossas ilusões, nos perpetuando entre poesias letais e ironias

Versificadas ao vento que não poderemos jamais entender.

Afina somos poetas amorosos entre o sol e a lua decadente

Que nos matam todos os dias quando não temos o que dizer...

Você a mim e eu a você!

Amorosos serão até morrermos entre as inspirações

Que jamais iremos escrever.



Amor de Parole


Quando eu grito palavras,

Faço reviver o sol, quão apaixonada

Acordas, trazendo um novo

Amanhecer.

Onde morrerá a lua, aonde você pensa

Repousar e esquecer que eu estive apaixonado,

Entre o vento e as estrelas, diurnas

Que domem desde o amanhecer.

Onde estarão as palavras jogadas ao vento,

Onde repousa as palavras que expressei,

Apaixonado, espiralando o pôr-do-sol,

Suplicando ao vento, que não me deixaria levar

Para as simples palavras que definiria você, mulher...

Sei que não haverá uma nova história, sempre igual,

Como sua vida pra sonhar.

Onde vai morrer o ocaso?

Será mergulhado em um mar de palavras?

Não é justo mulher, talvez, por medo de errar

deva se contentar com uma história sem palavras, entre

Vidas, pra renascermos com umas palavras, sempre igual,

Cheia de palavras, para uma vida amoral não esquecer.

No principio, Deus “creou” as palavras, para definir

As palavras, que procriou o nosso AMOR... Parole nada mais

Que uma parole, as tuas palavras percorrem os

Ares rarefeitos... Exclamando, Toi Et Moi roubando

Um pouco de paz, sem regret!




quarta-feira, 1 de novembro de 2017

a poesia de cláudio luz - amor de boemia


Amor de boemia

Você nunca pediu para eu ficar,

Apenas, sempre trancava a porta enquanto eu

Percorria ruas a ermo, encoberto pela

Penumbra, que ria disfarçadamente dos meus

Infortúnios, cadentes a meia luz.

Em pensamentos entendia que nunca

Aprenderia se eu voltasse de novo entre – passados,

Gostados por demais, comendo, rezando e amando,

Entre os deuses e os mortos, embriagando-me

Com as iniciais do seu nome, entre o “Alfa e o Omega”,

Não envelhecido como o vinho que brindamos no momento em que nos

Conhecemos, dançando entre acordes dissonantes, sonhando passar os

restos das nossas vidas juntos.

Não sei se deveríamos ser feliz para ser infeliz ou

Infeliz para pensarmos que éramos felizes, bebendo da taça incólume,

Beijando esperanças frugais, que se encontravam nas prateleiras

Boemias, que nos postergavam para não

Encontrarmos o Day after,

 Ou para a solidão que vestíamos,

Quando deveríamos está nu, entre retalhos mal resolvidos,

Que não cobriam os nossos corações, quando não ouvíamos

Os apelos dos ventos e das indóceis recordações

Que sempre nos separou.

Você simplesmente sempre me deixou ir...