domingo, 29 de janeiro de 2017

PORQUE HOJE É DOMINGO - A POESIA DE CLÁUDIO LUZ


E La nave va


Viajo,

Como você já não me quer perto dos seus olhos,

Já que o meu amor não lhe interessa mais.

Sigo em um navio desmantelado,

Que transporta os ex-amantes, com os olhos cheios de lágrimas,

Que se esvai nas espumas flutuantes, que vai e que vem, no depois dos

Sonhos que percorriam as madrugadas, agora

Restritos a segunda classe dos devaneios,

Dos condenados, no silêncio insensível que agora

Governa-me com mãos firmes, como o martelo de Thor.

O universo, agora não me é adverso, apenas indiferente, do meu sonhar,

Que não me abandona nessa intensa viagem, que peregrino

Sozinho, entre o céu e a terra, esperando o beijo da noite

E o sacolejo de uma nova manhã.

Observa-me estou a dois passos de você,

Escuta o silencio peculiar das escuridões sem fim.


Não se aniquile vê que estou a dois passos


Do firmamento, que nos unirá mais uma vez...


Como você me quer!!!!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017


Somos Mutáveis


Quando você se foi, razão da minha vida,

Me fez morrer por dentro,

Não me ajudando a entender os nossos sonhos

Perenes, em noites insones.

Quando a chuva caia você

Distanciava-se para não ser abrigo

Durante a tempestade interminável

Que lavava as ruas quer percorríamos,

Como se boêmios fossemos.

Apesar de todo o amor que tivemos

Eu deveria entender que o nosso amor não

Éramos mutáveis, como uma simples chama que

Sombreia as paredes do nosso quarto,

Envolto pela escuridão da noite,

Paramos de acreditar no mundo,

Que não para de girar em torno de nós dois,

Que não promove o nosso reencontro,

Que simplesmente teimamos em não queremos

O porque!!!



Cláudio Luz

domingo, 22 de janeiro de 2017


Como andarilho



Arrancarei sem uma lágrima, sem um grito,

Distante dos teus olhos, do teu corpo, da tua voz,

Que baila a ressoar, diferentemente dos nossos

Dias que se perdeu no horizonte semi azul

Do Oriente Eterno.

Viajo distante dos olhos, distante do coração,

Para não ti esquecer para sempre,

Dos teus braços, e abraços encalorados

E fértil.

Meu amor

Andarei sem uma lágrima, entre o brilho do ocaso,

Onde as estrelas caem no calor da noite,

Que ofusca os meus sonhos que divergem

Entre a sua presença, ou ausência sentida

Na solidão das estradas que percorro

Em busca necessária para o reencontro

Que me mata em silêncio, sem reencontrar a minha

Razão de viver.

Espero que no final da estrada, eu lhe reencontre,

Impulsionada que seja para os meus abraços

De andarilho que clama por te.



Cláudio Luz

domingo, 15 de janeiro de 2017


Estamos sós


Lembro-me quando não por acaso

Você apareceu tão bonita, tão inda

Que Eu não posso esquecê-la,

Depois daquela manhã

Simplesmente percebi

Quando o vento a levava,

Para o Outono, que não está longe

Dos sonhos, que invadem o meu ser,

Sem as asperezas dos corações doloridos,

Que morrem de solidão acompanhada.

Agora, olho para o espelho

E pergunto: E agora? E agora o que vou faze?

Agora que as ruas estão desertas e o mundo

Cheio de tédio, o que farei sem você,

Quando não mais sentires as suas dores,

Não enxugarei as suas lágrimas

E não sorrirei com você ao cair da tarde

Que agora sufoca o

“Estamos sós”



quarta-feira, 11 de janeiro de 2017


Santa Prostituta

Venha com os seus santos planetas

Sol,

Lua,

Mercúrio,

Vênus,

Marte,

Júpiter

e Saturno

Venha como

No Evangelho copta dos egípcios e nos papiros mágicos

Gregos perante um céu invisível

Que transborda nos meus pensamentos não senil

Venha como os 365 dias do ano que talvez nos modifique

E nos transforme em meros expectadores dos sete tronos

Que compõe os meus sonhos não material, que

Povoam os seus sonhos que não sãos os meus,

Trazendo os Santos anjos que povoam o segundo céu

Das nossas ilusões incontidas

Que venha a Santa prostituta entre os céus e a terra

Com o carinho que lhe é peculiar.

Venha Santa Prostituta!!!



sábado, 7 de janeiro de 2017


Doce Amor


Mesmo não tendo começado, eu não posso me lembrar,

Se toquei os seus lábios ou em suas mãos, ou se numa

Primavera afaguei os seus cabelos,

Ou aspirei ao seu perfume algum dia.

Eu estive propenso a acreditar que esse momento não chegue

Aos meus olhos, que se encantam somente com o seus passar,

Envolta pelos ventos que refresca à tarde que se aproxima,

Trazendo-me ilusões sem fim.

Mas agora eu, eu olho para você!

Já não sou tão solitário, preencho-me de ilusões

Que deixa o meu coração mantendo a serenidade

Peculiar de um deus usando Dolce Gabanna, sem fieis,

Pregando num fim de tarde de verão que já esta

Acalorando-nos.

Você deve ser bem tratada, isso eu devo,

Com todas as freqüências de quem ama

E quer ser amado interminavelmente

Entre o Sol e a Lua que já não é mais solitária

E eu acho que nunca te disse



Eu sou tão feliz só em ver você passar


Garota, eu sinto muito falta de te


Você sempre estará em minha mente


Diga-me, diga-me que seu doce amor é para mim...



Cláudio Luz