domingo, 19 de fevereiro de 2017

A POESIA DE CLÁUDIO LUZ - HOJE É DOMINGO!


Nos tempos dos amores mortos


Circulamos como se estivéssemos

Nos tempos dos amores mortos,

Tão triste é a vida!

Quando não nos acostumamos com as partidas,

Efêmeras tais quais relâmpagos notívagos,

Que singram os céus cheios de nuvens,

Incautas e passageiras, sobrevoando

Os nossos olhos, como se não gostássemos

Mais das palavras benditas, entoadas entre

As orações que nos circundam no cair da tarde.

Quando a gente não se gosta mais

É necessário engolir o choro que o tédio

Não leva junto com o silencio

Que encanta o ocaso que permeia

O coração, olhando o vazio antes completo

Dos nossos subjugar pérfido que vive

Entranhados nos nossos falsos acalantos, que nos sufocam

Noites a fio, que vem somente frisar,

Sem abrigar a felicidade dos casais apaixonados,

Diante dos nossos olhos decepcionados, ironizados

Quando a gente não estende as mãos

Em frente ao luar, nos tempos de amores mortos,

Onde nãos nos encontrarão jamais.

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