quinta-feira, 16 de março de 2017

A POESIA DE CLÁUDIO LUZ


Febril
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À noite, acampa na noite, tenra, que apesar

Da chuva os nossos corpos quentes deleitam-se

No quarto sombrio, que se apagam na luz

Tênue dos nossos semblantes febris.

Fito os seus olhos, te desnudo do lençol púrpuro

Que acalanta o seu corpo de Vênus, observo sua silhueta

Que pueril me sufoca no fim da manhã que se aproxima

No novo dia utópico, que nasce em nossos semblantes, despertos

Das ultimas noites de verão que nos deixa

Mergulhados em sonhos como o outono que se aproxima, impoluto com

Cheiro da vida, que nos invade desde as ultimas Noites de Caberia.

Otimismo a parte, vejo-a como Giulietta Massinha, uma jovem romântica,

Ingênua a parte, mas, com o coração de ouro, que me faz apaixonar-me

Mais e mais.

Sinto o crepúsculos que nos cinge, entre fronhas e lençóis

Que nos cobrirão mais uma vez de um breve anoitecer,

Como aurora boreal, testemunhado pelo sol da meia noite que nos leva

Mais uma vez nos para longe dos braços de Orfeu, assim foi

feito quando nos amamos febris, no barco dos argonautas que singrava em

direção ao amor, não insensatos, mas em busca do amor

Eterno, que nos compraz...




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