domingo, 5 de março de 2017

As Brumas de Avalon


As Brumas de Avalon

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Estávamos dançando ao som de um ritmo

Antigo quando você adormeceu nos meus braços,

Estávamos numa estrada inatingível,

Indo para o horizonte, que por impulso

Tragavam-nos e nos mostrava o limiar

Do vento fresco, que afagava os seus

Cabelos que iam à frente de nós.

Como uma luz tênue que devorava a noite,

Enquanto subíamos no ar, vendo a noite passar

Como as Brumas de Avalon,

Que estavam na entrada da porta

Da Matriz, onde o soar do sino

Que retinia nos indagava?  Aqui pode ser o céu!

Ou pode ser o inferno! Que não é um lugar

Encantador para os amantes febris.

Senti o doce suor de verão,

Que nos entrelaçavam, nos acordando,

Só para ouvir no meio da noite a música, entre taças de

Champanhe rose, deixando nos sóbrios

Para nos encantarmos com os próximos

Atos, antes das cortinas se descortinarem,

E os aplausos cessarem, como as nuvens, que

Já não está no mesmo lugar que permeavam

As estrelas, cobrindo os nossos sonhos de outrora

Onde dançávamos a moda antiga,

Vendo você ficar nos meus braços,

Descobrindo alturas, apenas fechando

Os olhos, deixando se levar entre os acordes noturnos,

Fechando os olhos, deixando eu te amar

Muito mais, deixando-me sentir

Seu coração arfante e sedento, entre as

Quatro estações de Vivaldi...

Agora vamos ouvir a nossa música secreta, entre

As Brumas de Avalon, que já não são as mesmas,

Desde o último despertar que nos conduziu até aqui

Antes da mística excalibur arturiana, que nos

Libertava e nos entrelaçava, sempre nas noites

De sonhos de verão.



Cláudio Luz

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