As Brumas de Avalon
Estávamos dançando
ao som de um ritmo
Antigo
quando você adormeceu nos meus braços,
Estávamos
numa estrada inatingível,
Indo para o
horizonte, que por impulso
Tragavam-nos
e nos mostrava o limiar
Do vento
fresco, que afagava os seus
Cabelos que
iam à frente de nós.
Como uma
luz tênue que devorava a noite,
Enquanto subíamos
no ar, vendo a noite passar
Como as
Brumas de Avalon,
Que estavam na entrada da porta
Da Matriz, onde o soar do sino
Que retinia nos indagava? Aqui pode ser o céu!
Ou pode ser o inferno! Que não é um
lugar
Encantador para os amantes febris.
Senti o doce suor de verão,
Que nos entrelaçavam, nos acordando,
Só para ouvir no meio da noite a
música, entre taças de
Champanhe rose, deixando nos sóbrios
Para nos encantarmos com os próximos
Atos, antes das cortinas se
descortinarem,
E os aplausos cessarem, como as
nuvens, que
Já não está no mesmo lugar que
permeavam
As estrelas, cobrindo os nossos
sonhos de outrora
Onde dançávamos a moda antiga,
Vendo você ficar nos meus braços,
Descobrindo alturas, apenas fechando
Os olhos, deixando se levar entre os
acordes noturnos,
Fechando os olhos, deixando eu te
amar
Muito mais, deixando-me sentir
Seu coração arfante e sedento, entre
as
Quatro estações de Vivaldi...
Agora vamos ouvir a nossa música secreta, entre
As Brumas de Avalon, que já não são as mesmas,
Desde o último despertar que nos conduziu até
aqui
Antes da mística excalibur arturiana, que nos
Libertava e nos entrelaçava, sempre nas noites
De sonhos de verão.
Cláudio Luz
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