segunda-feira, 4 de setembro de 2017

A POESIA DE CLÁUDIO LUZ


Amor canalha


Ah! Amores, que te fazem cínica

Entre lágrimas e prováveis hipóteses,

Sem escrever uma linha sobre linha a Linha do Equador

E nem tentar transpassar os trópicos que emanam

O fogo que arde dentro do meu peito, em alma e espírito

Que não é santo.

Quantas vezes hipoteticamente frases de amor você sussurrou

Nas madrugadas insanas que percorríamos em busca

Do nada que nos acalentavam entre abraços, beijos e afagos

Sem sentido.

Seria o amor da nossa idade tenra que confundia

Os nossos espíritos sem interrogações ou

Seria amor ou prazer profético?

Agora que choro debruçado sobre as cartas difusas

Que se espalham por varias direções possíveis,

Como raios luminosos, fazendo sucumbir os meus pensamentos

Óticos quando as minhas dores eram alegrias.

Foram esporádicos como os amores esporádicos

Devem ser em hemisfério sul ou norte,

tão estranhos que vêm e se vão,

Deixando apenas as lembranças que conseguiram sobreviver,

Como histórias que não sabemos se são de verdades ou não,

Escondendo-se em nós dois.




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