sábado, 2 de setembro de 2017


Meu Mundo almadense


Meu mundo é o rio Almada, tão escuro que escorre para o mar,

Noites após dias, vertendo águas de sangue que jorra como

Furta-cor, embriagando o meu sono, como

Fluxo contínuos me embriaga, fazendo-me como

Simples passageiro eu fosse.

Furtivamente no silêncio dos meus sonhos

Entre luzes opacas onde observo o seu riso que transborda

Como águas do rio Almada, que renasceu da hecatombe hídrica que

Não alimentou o mar para amar,

Boêmio nas noites que almejo que há de vir,

Entre calçadas que vago, entre bares e ruas,

Furtivamente ando silencioso nos meus sonhos,

Da noite passada, entre neons inexistentes,

Transbordando o teu riso que afoga

Como um rio de águas, para te abraçar.

Memórias, Ah!! Memórias.

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