Amor de boemia
Você nunca pediu para eu ficar,
Apenas, sempre trancava a porta enquanto eu
Percorria ruas a ermo, encoberto pela
Penumbra, que ria disfarçadamente dos meus
Infortúnios, cadentes a meia luz.
Em pensamentos entendia que nunca
Aprenderia se eu voltasse de novo entre – passados,
Gostados por demais, comendo, rezando e amando,
Entre os deuses e os mortos, embriagando-me
Com as iniciais do seu nome, entre o “Alfa e o Omega”,
Não envelhecido como o vinho que brindamos no momento em que
nos
Conhecemos, dançando entre acordes dissonantes, sonhando
passar os
restos das nossas vidas juntos.
Não sei se deveríamos ser feliz para ser infeliz ou
Infeliz para pensarmos que éramos felizes, bebendo da taça
incólume,
Beijando esperanças frugais, que se encontravam nas
prateleiras
Boemias, que nos postergavam para não
Encontrarmos o Day after,
Ou para a solidão que vestíamos,
Quando deveríamos está nu, entre retalhos mal resolvidos,
Que não cobriam os nossos corações, quando não ouvíamos
Os apelos dos ventos e das indóceis recordações
Que sempre nos separou.
Você simplesmente sempre me deixou ir...
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