quinta-feira, 2 de novembro de 2017


Amor de poetas amorosos


O teu sonho escorre entre os meus dedos,


O meu amor corre como um louco, entre ruas e becos

Não enxergando você, olhos entre brilhos e aromas

Balbuciou o seu nome entre tantos nomes,

Que se perdeu na solidão do caminho que hoje trilho sozinho.

Ah! Insensato amor, Quando eu não tenho mais do que uma pergunta,

Eu canto seu nome ao vento que amaina o coração,

Que já não mais me defende, nas noites insones, sem puerilidade,

Sem uma pena para escrever agora o que eu sinto por

Ter provocado a sua ausência dentro em mim.

Se outro verso surgisse, não me afastaria de você,

Apesar de indefeso está.

Eu sou um poeta, sei que sou um poeta!

Agora amoroso, entre a

Distância que percorro para me inspirar perante

O seu corpo, sentindo os seus lábios, talvez já não mais te

Pertença ardendo de desejos que sinto ao te amar.

Agora, tenha que trespassar muros, esperando

Que você cante segurando minhas mãos, levando-me

As alturas, tendo o céu como pano de fundo central,

Nas alturas, para onde o nosso amor talvez,

Dure um longo tempo, não separados pelos oceanos que

Afoga-nos.

Sei que também você “Talvez” seja uma poetisa,

Apaixonada que também tem o direito de ser

Amorosa desde a essência do coração até

O semblante sereno que sonha um dia poetizar,

Guardando-se, ardendo-se de desejos, se esgueirando

Entre as nossas ilusões, nos perpetuando entre poesias letais e ironias

Versificadas ao vento que não poderemos jamais entender.

Afina somos poetas amorosos entre o sol e a lua decadente

Que nos matam todos os dias quando não temos o que dizer...

Você a mim e eu a você!

Amorosos serão até morrermos entre as inspirações

Que jamais iremos escrever.


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