sábado, 2 de junho de 2018

APOESIADELLAUDIOLUZ - SONHOS ESCARLATES


Sonhos escarlates




Você que me fazia feliz, chame-o de um dia,

Não há razão para fingir, em algum lugar perdemos

A chance de continuarmos na mesma estrada

De tijolos amarelos.
Nós sabíamos que tinha que acabar um dia, assim,

Em algum lugar nós perdemos a chance e isto é claro de ver

Os espaços intrínsecos que tão tarde abortamos, nas

Escuridões, entre relâmpagos e trovões que ribombavam

Ao longe dos nossos sonhos escarlates, insanos.

Oh, isso foi acabado demais, tão pouco, tão tarde para tentarmos de novo,

Sim acabou as coisas estão difíceis, destruímos as pontes

Enquanto erguíamos muros que nos aproximavam para

As distâncias que agora percorremos um sem o outro,

Nas tardes, nos escuros do dia e nas transposições das noites

Que já não é mais cobertas de acalantos sem fim.

Demais, tão pouco, tão tarde para tentar de novo, nós sabíamos

Que tinha que acabar e acabou,

Demais, tão pouco, tão tarde para tentar de novo

Agora que me sinto só o palpite das estrelas me encantam,

Mergulho nas entranhas da paixão recolhida que

Bate em descompasso dentro do meu peito que chora

De saudades, demais, tão pouco, tão tarde para tentar

De novo.

Depois de tantos desenganos as estradas vão corroer

O que restou do nosso querer, depois de aceitar os fatos, de não tentarmos

Ser feliz, depois, ah, sonhos escarlates de outrora, d’antes

Do por do sol que nos consumirá nas noites que nos ausentamos

Em busca de que?

Vamos nos devolver um ao outro!

Agora é deserto onde eu te encontrei...


Cláudio Luz

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