Decifra-me
que eu te direi...
Quero te amar como quem oferece uma
Compreensão luminosa do firmamento noturno,
Solidário, em plena solidão.
Quero te amar como amante aberto e passível de mudanças,
Não marionete do destino, com seus fios invisíveis
De um amor, amoroso, talvez cruel.
Quero te amar como se houvesse um “deus”, que por intuição
Organizasse os nossos momentos. Não como determinação,
Deparando-nos com um sentido radical de liberdade, em
Perene combate com o abstrato dos nossos sonhos.
Quero te amar nas diversas ruas que desmarcam os
Nossos destinos, entre fios de teias, com músicas suaves,
Entre abismos entressonhados, fogo, e brasa que nos
Dará o direito de vivermos unicamente pelas reservas da própria
Alma, sem culpa aparente, com as poesias nas quais eu sempre
Quis exprimir habitualmente em perplexa que cabe o amargo
Destino de sacrificar a mim mesmo.
Quero te amar como vitima da solidão avara de mim mesmo,
Que espera florescerem novas árvores no Éden
e assim, pois, não somente a quero te amar.
Quero te amar, mas com a fantasia dos elementos que
Compõe o mundo, que movem os meus pensamentos
Que segue pelas
águas dos rios, lagos e mares,
Pelo curso das estrelas em estado puro.
Tudo nos
seus olhos... Decifra-me que eu te direi quem és!
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