quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

apoesiadeclaudioluz


Equilíbrio na taça


Bebo o último gole da noite, me dá prazer,

Escuto canções esquecidas, bebendo os amores

Que se foram e os que talvez estejam por vim.
Consulto a fada madrinha Morgana,

Dos castelos cheios de aromas frustrados e vinhos

Virtuosos, as vezes frágeis, presentes na pele,

Ainda em equilíbrio, mesmo sendo seco,

Não suave que antevejo na sua espinha dorsal

Não ácida, equilíbrio do meu coração que agora

Embriaga-se harmonicamente, sem sobreposições,

Que saliva as nossas línguas atentas a queimação

Que nos acompanham que não faltarão ou sobraram

Dos amores que existiram e virão.
Ergo a minha última taça da noite equilibro-me

Para enfrentar a noite, as solidões das madrugadas

Insones que estão por vim, que não se ausentará.

 

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