Vau que não
naufraga
Se não houvesse você, não sei se acordaria amanhã,
Entre lençóis, perfumados pela
sua ausência
E incensos não acendidos.
O que seria do meu acordar, igual a todas as manhãs,
O que seria do meu acordar, igual a todas as manhãs,
Sem ti, sem a hortelã ou o suco
dos teus lábios
Que antes me energizava como
orações matinais.
És Vau, envolta em ondas, praias que ia e vinha,
És Vau, envolta em ondas, praias que ia e vinha,
Quando sonhávamos entre
tempestades noturnas,
Entre fronhas e lençóis, afagando
os nossos ventres,
Trôpego de sonhos que exalava
suores latentes,
Que
banhavam os nossos corações latentes,
Entre
o primeiro sono e o despertar que não quer chegar.
Por que demoras?
Por que demoras?