sábado, 27 de abril de 2019

porquehojésabadoapoesiadeclaudioluz

Vau que não naufraga

Se não houvesse você, não sei se acordaria amanhã,
Entre lençóis, perfumados pela sua ausência
E incensos não acendidos.
O que seria do meu acordar, igual a todas as manhãs,
Sem ti, sem a hortelã ou o suco dos teus lábios
Que antes me energizava como orações matinais.
És Vau, envolta em ondas, praias que ia e vinha,
Quando sonhávamos entre tempestades noturnas,
Entre fronhas e lençóis, afagando os nossos ventres,
Trôpego de sonhos que exalava suores latentes,
Que banhavam os nossos corações latentes,
Entre o primeiro sono e o despertar que não quer chegar.
Por que demoras?
 

sexta-feira, 19 de abril de 2019

apoesiadeclaudioluz


Eu vou dizer



Sou pródigo em versos e ilusões, entre

Estradas que eu ainda tento percorrer, preciso é, precioso

Talvez no momento, uníssono nos teus olhos que fitam

O horizonte, onde não estou.

Sou letras, inspirações entre o alfa e o Omega, não consigo

Encontrar-te entre as Cordilheiras dos Andes e as poeiras

Do Atacama admirando o La Moneda e a Casa Rosada, entre

Caminhos bailam sonhando um dia te encontrar, entre acordes

Não incisivos, mas, com um sorriso, ouvindo Carlos Gardel,

Quem sabe Mercedes Sosa, declamando versos de Pablo Neruda,

Gabriela Mistral ou de Claudio Luz e Leda Seara, sob o sol da

Meia noite que nos beijará entre a Patagônia e o Rio Almada.

Somos sementes tenras que um dia brotará mergulhadas no

Balanço das espumas flutuantes que nos banhará.

Sou apenas palavras!







terça-feira, 16 de abril de 2019

apoesiadeclaudioluz


Quando você quiser voltar



Quando você em um encontro de paixão e

Pressa me chamou a te conhecer, apenas como

Um amigo para vivenciar a sua essência de flor e espinhos:

A de que seriamos uma festa eterna.

Percorremos dores de partos, vivenciamos o

Mais puro  que o mês de abril poderia fazer, usamos o melhor

Verbo do amor infinito possível.

Quando você espremia os seus lábios nos meus, sem rumo,

Entre o Rio Cachoeira e o Rio Almada, entre nascedouro que

Fluía do teu ventre, com rumos ou sem rumos, indefinidos,

Revivendo o passado em cada esquina, tendo como companhia

Uma bebida chamada esperança, de como iríamos viver os nossos dias

Mais felizes, contudo os mais indecisos, embebidos pelos incensos

Perfumados apenas coragem, que para nós eram bálsamos que

Liberavam os brilhos dos nossos olhos que ainda aguarda intacto as

Nossas recordações desses anos passados em nossas vidas que

Ainda pode renascer, agora que enxugo os meus versos até as

Próximas noites febris de outono,

De certo, atraído pelo seu brilho, para defendê-la como alguém

Que apesar de ausente sempre esteve presente

Em ti, apaixonado, para você entender mais dos que porquês

Que levam a dizer... Quando você...quiser voltar.



Cláudio Luz