sábado, 27 de abril de 2019

porquehojésabadoapoesiadeclaudioluz

Vau que não naufraga

Se não houvesse você, não sei se acordaria amanhã,
Entre lençóis, perfumados pela sua ausência
E incensos não acendidos.
O que seria do meu acordar, igual a todas as manhãs,
Sem ti, sem a hortelã ou o suco dos teus lábios
Que antes me energizava como orações matinais.
És Vau, envolta em ondas, praias que ia e vinha,
Quando sonhávamos entre tempestades noturnas,
Entre fronhas e lençóis, afagando os nossos ventres,
Trôpego de sonhos que exalava suores latentes,
Que banhavam os nossos corações latentes,
Entre o primeiro sono e o despertar que não quer chegar.
Por que demoras?
 

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