Pra que?
Pra que, se te vejo se não posso tocá-la,
Se eu quiser te beijar não toco os seus lábios.
Penso nos seus abraços, mas, não te alcanço.
Penso na tua ausência, te beijo em sonhos,
Não sou eu envolto em ti.
Dispo-me da sua cor, afago a fronte inspirado nos teus olhos,
Beijo o teu ventre,
Bebo a tua saliva que agora entranha o muito dos meus
sentimentos,
Que agora descansa no meu leito, sozinho logo sentindo
A falta que o seu corpo faz.
Não sei
Estou perdido, sinto a tua presença ausente,
Não sou o mestre dos disfarces,
Sou você entrecortado pelos seus lábios,
Sugo os seus lábios, abraços na claridade, na noite
Quê se perde no afeto que se encerra,
Entre os nossos dedos separados que diz:
Aonde está você agora.
Olhos e
travesseiros
Não vejo o teu piscar, ausculto os batimentos do seu coração,
Poesias são versos declamados, que me absorve
Como água, piscina com
ondas, ruídos que sibila nos meus lábios.
Sou você agora, inerte, cama vazia,
Noites evasivos travesseiros soltos, entre perfumes e sonhos
que não posso
Envolver-te.
São combinações, sou desnudo entre lençóis cheio de solidões
Que cobre o seu corpo que não está em mim.
Loucas
estações
Louco me aproximo, sou chuva no eterno,
Outono que nos corrói.
Sou sândalo, sânscrito, incensos de patchuli,
Essência do seu cheiro que impregna o meu corpo insenil.
Beijo as tuas pálpebras, afago os teus dedos
Que me sufoca com as imensidões furtivas,
Das madrugadas que permeiam os sons dos violinos,
Que agora em orgasmos preenchem as madrugadas,
Ao som das Quatros estações, de Vivaldi
E a Quinta Sinfonia de Beethoven, na voz de Andréa Boccelli e
Você.
Estou na
esquina
Estou na esquina, vejo os teus
Passos busca a sua silhueta,
Não sinto medo, aspiro ao teu cheiro, perfume de Leda, vestida
está
Bailando ao vento, são sonhos, cabelos ao vento,
determinações.
Inclino os meus olhos, sou sombras perda mentais,
sou você agora em
Sentimentos não profanos almejam agora em pensamentos,
Luzes, coberto de razões de um dia te reencontrar.
Sou a cor
Sou a cor que cobre o seu corpo,
Não importa o tecido, rústico talvez.
Sou você em mim, sou o ocaso que brilha em teus olhos,
Imploro na escuridão na sua ausência,
Mesmo sentindo o seu calor.
Você se divide, sou play, entre músicas espaçosas,
Eterno, inteiro quer ser lado a lado.
Se você pedir, sou o que te quero em todos os momentos,
Entrecortando choros e risos, tentando afagar a
Cor do meu bem.
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