terça-feira, 9 de julho de 2019

apoesiadeclaudioluz


Solidões


Em cada esquina, mesas de bares vislumbram

A natureza que invade a minha alma entre versos e juras de

Amores de perdições, todo poeta é triste quando

Escreve versos, observando folhas secas que caem representando

Um amor que se foi.

Incomensuráveis são os meus sentimentos, latentes que buscam

O inadiável que nos ofusca agora mesmo perto de ti entre

Fotografias registrando um passado não distante das escuridões,

Que nos envolviam entre olhares, gestos, de um correr para o outro,

Entre juras secretas, extinguindo o passado, em busca de um presente

Que queremos que não se cale por inanição de declarações e juras,

Inapeláveis são, mas entre o mediterrâneo, tridimensional

Vislumbro o seu corpo entre lençóis banhados no Rio Almada,

Entre o Rio Cachoeira, sangue que brota do meu coração buscando

Mais uma vez a ti

Sou peralta agora perambulo numa estrada

Infindável, perceptível, percorrendo de novo imagens adormecidas

De esperanças, relembrando prefixos e sortilégios, sem artifícios,

Beijando em sonhos o seu olhar que diz sim, finalizo

As nossas solidões.



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