Conhecimentos
Queria ter te conhecido,
Ao rufar da aurora, em
Plena madrugada com
Os lábios molhados de orvalhos que
Umedecia as águas em volta dos lagos.
Queria ter te conhecido envolta nas
relvas,
Descabidas, mas vestida de cor
púrpura, no.
Primeiro raio do sol.
Queria ter te conhecido, beijando os seus.
Lábios, sussurrando nos seus ouvidos
Quanto gosto de ti.
Queria ter te conhecido, ao sol do
meio-dia,
Início da tarde em busca do anoitecer
que
Em prelúdios me faria te conhecer.
Queria não ter te conhecido, agora
que
A lua desperta para que eu espere um
Novo amanhecer.
Somos o início e o fim que nos dizia:
Deveríamos nos conhecer na escuridão
Do dia ou no clarão da noite para nos
redimir.
Meu Coração
bate por ti
Meu coração é um lugar vazio
Convivo com minhas tristezas
Esperando que alguém aperte o gatilho
Afastando de mim a solidão que ainda cisma
Em queimar no meu peito.
Se acaso você viesse e
Preenchesse minha vida com ardor
E atirasse meu coração ao fogo, fogo
Alto, bem alto dos altos céus.
Aonde a água, não derretesse em chamas.
A essência do ébano, fazendo-me forte, abrindo caminhos.
Intrínsecos dos meus sonhos, essência da ausência.
Que o teu corpo faz, aqui e agora.
Venha atire no meu coração para que o seu amor flua entre
Ondas
Eternas, nos maremotos que hão de vir, entre.
O oriente e ocidente, para que eu me sinta feliz.
Por acaso você que abrirá a porta estreita que bate
No calor da noite entre sonidos sagrados, como incenso.
Entre nuvens incandescentes, realizando o ultimo desejo.
Do fundo do meu coração que bate por ti.
Então eu queimarei na sua chama de amor, doce amor.
Quem dera...
Quem dera
Um amor assim
inocente
Chegando
docemente
Tranquilizando o
meu viver.
Quem dera
Afagar os teus
cabelos
Sentir o teu
cheiro
E naturalmente
nunca pensar em morrer
Quem dera
Ser cantado em
seus versos
Num momento
sublime de
Doce inspiração
Quem dera
Eu e Você num
momento
Murmurando no
encontro dos
Ventos
O sentido da
doce união
Quem dera.
Mulher
Em busca das cores
Fui ao encontro do arco-íris;
Em busca da imensidão
Fui ao encontro dos céus;
Em busca do calor
Fui ao encontro do sol;
Em busca do frescor
Fui ao encontro da chuva;
Em busca da serenidade
Fui ao encontro do orvalho;
Em busca do perfume
Fui ao encontro da Rosa;
Em busca da música
Fui ao encontro dos ventos;
Em busca da harmonia
Fui ao encontro dos anjos;
Em buscado afeto fui ao encontro de
Maria;
Em busca da verdade
Fui ao encontro de Jesus;
Em busca da salvação
Fui ao encontro de Deus e
Em busca do sentimento profundo
Fui ao encontro de você... Mulher!
Logo, existo
Teceste-me às margens do Almada.
Fizeste-me Ser.
Cobriste-me com o calor do meio-dia,
Amamentando-me com os seios
Da própria terra-mater. que criastes.
Já não sou Eu, somos Nós,
Alegres, como em contínuas farras de felicidade,
Embriagando-nos de alegria e bem-querer.
Logo, existo.
Uno, no sentido que o Almada escoa
Em noites de paz, não de insônias.
E, ao contemplar o dia raiando que nos atrai
Para a doce Itajuípe banhada, penso
Agora existo...
Santa
Prostituta
Venha com os astros e santos planetas o
Sol,
Lua,
Mercúrio,
Vênus,
Marte,
Júpiter
E Saturno
Venha como
No Evangelho copta dos
egipcios e nos papiros mágicos
Gregos, perante um céu
invisivel,
Que transborda dos meus
pensamentos não senis.
Venham como os 365 dias do
ano, que talvez nos modifique.
E nos transforme em meros
expectadores dos sete tronos
Que compõe os meus sonhos não
material, que
Povoam os seus sonhos que não
sãos os meus,
Traga os Santos anjos que povoa
o segundo céu,
Nas nossas ilusões
incontidas.
Venha como a Santa
prostituta, entre os céus e a terra,
Com o carinho que lhe é
peculiar.
Venha Santa Prostituta!!!
Adonias Aguiar
Centro
A homenagem ao grande acadêmico e
romancista itajuipense,
que através de sua obra literária,
Deu-nos o Corpo Vivo, para percorrermos as Léguas da promissão
observando através de Uma Nota de
cem,
O Forte, o romance brasileiro em
Noites sem
madrugada
Inspirando-nos
com o
Auto de
Ilhéus,
Sagrando-nos
com os Bonecos de Seu Pope,
Fora da
Pista,
Indicou-nos
com as Memórias de Lázaro, a
miscigenação racial ocorrida em
terras colonizadas em
Luanda Beira
Bahia ensaiando-nos através da
História da
Bahia e também com
O Romance
Brasileiro e Cornélio Pena.
“Sonhamos como conterrâneos, que estamos às margens do Rio Sena,
só em observar as águas do nosso Rio Almada, reluzindo a Serra da Temerosa, com
Cajango, a nos espreitar.”