quinta-feira, 3 de março de 2022

apoesiadeclaudioluz

 

Conhecimentos



Queria ter te conhecido,

Ao rufar da aurora, em

Plena madrugada com

Os lábios molhados de orvalhos que

Umedecia as águas em volta dos lagos.

Queria ter te conhecido envolta nas relvas,

Descabidas, mas vestida de cor púrpura, no.

Primeiro raio do sol.

Queria ter te conhecido, beijando os seus.

Lábios, sussurrando nos seus ouvidos

Quanto gosto de ti.

Queria ter te conhecido, ao sol do meio-dia,

Início da tarde em busca do anoitecer que

Em prelúdios me faria te conhecer.

Queria não ter te conhecido, agora que

A lua desperta para que eu espere um

Novo amanhecer.

Somos o início e o fim que nos dizia: Deveríamos nos conhecer na escuridão

Do dia ou no clarão da noite para nos redimir.

 

Meu Coração bate por ti


 

Meu coração é um lugar vazio

Convivo com minhas tristezas

Esperando que alguém aperte o gatilho

Afastando de mim a solidão que ainda cisma

Em queimar no meu peito.

Se acaso você viesse e

Preenchesse minha vida com ardor

E atirasse meu coração ao fogo, fogo

Alto, bem alto dos altos céus.

Aonde a água, não derretesse em chamas.

A essência do ébano, fazendo-me forte, abrindo caminhos.

Intrínsecos dos meus sonhos, essência da ausência.

Que o teu corpo faz, aqui e agora.

Venha atire no meu coração para que o seu amor flua entre

Ondas

Eternas, nos maremotos que hão de vir, entre.

O oriente e ocidente, para que eu me sinta feliz.

Por acaso você que abrirá a porta estreita que bate

No calor da noite entre sonidos sagrados, como incenso.

Entre nuvens incandescentes, realizando o ultimo desejo.

Do fundo do meu coração que bate por ti.

Então eu queimarei na sua chama de amor, doce amor.

Quem dera...




Quem dera

Um amor assim inocente

Chegando docemente

Tranquilizando o meu viver.

Quem dera

Afagar os teus cabelos

Sentir o teu cheiro

E naturalmente nunca pensar em morrer

Quem dera

Ser cantado em seus versos

Num momento sublime de

Doce inspiração

Quem dera

Eu e Você num momento

Murmurando no encontro dos

Ventos

O sentido da doce união

Quem dera. 

Mulher



Em busca das cores

Fui ao encontro do arco-íris;

Em busca da imensidão

Fui ao encontro dos céus;

Em busca do calor

Fui ao encontro do sol;

Em busca do frescor

Fui ao encontro da chuva;

Em busca da serenidade

Fui ao encontro do orvalho;

Em busca do perfume

Fui ao encontro da Rosa;

Em busca da música

Fui ao encontro dos ventos;

Em busca da harmonia

Fui ao encontro dos anjos;

Em buscado afeto fui ao encontro de Maria;

Em busca da verdade

Fui ao encontro de Jesus;

Em busca da salvação

Fui ao encontro de Deus e

Em busca do sentimento profundo

Fui ao encontro de você... Mulher!

Logo, existo





Teceste-me às margens do Almada.

Fizeste-me Ser.

Cobriste-me com o calor do meio-dia,

Amamentando-me com os seios

Da própria terra-mater. que criastes.

Já não sou Eu, somos Nós,

Alegres, como em contínuas farras de felicidade,

Embriagando-nos de alegria e bem-querer.

Logo, existo.

Uno, no sentido que o Almada escoa

Em noites de paz, não de insônias.

E, ao contemplar o dia raiando que nos atrai

Para a doce Itajuípe banhada, penso

Agora existo...

Santa Prostituta



Venha com os astros e santos planetas o

Sol,

Lua,

Mercúrio,

Vênus,

Marte,

Júpiter

E Saturno

Venha como

No Evangelho copta dos egipcios e nos papiros mágicos

Gregos, perante um céu invisivel,

Que transborda dos meus pensamentos não senis.

Venham como os 365 dias do ano, que talvez nos modifique.

E nos transforme em meros expectadores dos sete tronos

Que compõe os meus sonhos não material, que

Povoam os seus sonhos que não sãos os meus,

Traga os Santos anjos que povoa o segundo céu,

Nas nossas ilusões incontidas.

Venha como a Santa prostituta, entre os céus e a terra,

Com o carinho que lhe é peculiar.

Venha Santa Prostituta!!! 

Adonias Aguiar

  Centro


 A homenagem ao grande acadêmico e romancista itajuipense,

   que através de sua obra literária,
Deu-nos o Corpo Vivo, para percorrermos as Léguas da promissão
  observando através de Uma Nota de cem,
O Forte, o romance brasileiro em
Noites sem madrugada
Inspirando-nos com o
Auto de Ilhéus,
S
agrando-nos com os Bonecos de Seu Pope,
Fora da Pista,
I
ndicou-nos com as Memórias de Lázaro, a miscigenação racial ocorrida em       terras colonizadas em
Luanda Beira Bahia ensaiando-nos através da
História da Bahia e também com
O Romance Brasileiro e Cornélio Pena.

“Sonhamos como conterrâneos, que estamos às margens do Rio Sena, só em observar as águas do nosso Rio Almada, reluzindo a Serra da Temerosa, com Cajango, a nos espreitar.”

 

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