Jesus Amado
Eu te suplico, Banha-me com o seu
amor,
Cingi-me com tua cruz,
Apaga os meus pecados cobrindo-me
Com o vosso Santo Manto.
Envolve-me com os espinhos com que
Fostes coroados,
Prega as minhas duvidas com os santos
cravos
Que te sustentaram na cruz.
Devolve-me os açoites que recebeste
Por mim.
Ah! Jesus Amado
O meu corpo vive entre os seus
milagres
Diuturnos que me envolvem todos os
dias,
Nessa peregrinação que são bálsamos
E tormentos, pelos fatos que se
avizinham
Entre o nascer e o pôr-do-sol.
Daí nos as nuvens para ascender a ti
E encontrar refúgio, no vosso
infinito amor.
Venha Senhor Jesus
Abre os nossos braços em cruz
Para que não nos omitamos negando
Amor aos nossos irmãos!
Prelúdio de saudades tenras
Disse a menina: Quando as minhas rosas
vermelhas florescerem
No horto, descansarei na relva,
sonhando aspirarei
O seu perfume, debruçada nas
saudades, relembrando
Os bons momentos que eu vivi.
Lembrarei-me das pessoas
insubstituíveis que partiram sem se
Despedir, deixando uma lacuna,
No meu coração ainda tenro de
saudades, e de tudo que deixei.
De viver quando me sentia presa como
um pássaro, na gaiola da vida.
Lembro-me das minhas orações serenas,
elevada ao
Criador que oculto ouvia as minhas
preces, que em partes me atendia,
Não valorizando a pressa que eu tinha
para poder em liberdade
Voar.
Tive que aprender a ser forte,
abraçar o dia a dia, induzindo
Que percebessem que o paraíso existe,
pois o tempo não me curvou,
E o meu coração está inteiro para
cuidar dos filhos do paraíso
Que são os meus.
Agora eu sei que pertenço em parte ao
Paraíso que divido
Com Deus, adormeço sonhando com as
pétalas das rosas vermelhas,
Que um dia aspirarei, embora talvez
tenra como as sementes que plantei.
Dançando no escuro das incertezas
À noite lhe indigna, a música suave já
Não toma conta da sua sensibilidade,
antes
Afável e sonhadora, entre sonhos e
palavras que
Agora são jogadas ao vento das
incertezas que virão
Na próxima canção que talvez nos una
num dois prá lá, dois
Pra cá.
O gelo já derreteu os seus lábios,
agora não estão úmidos,
As luzes já não são mais de neons e
os céus já não
Estampa as estrelas que cobriam os
nossos sonhos.
Agora vagamos na escuridão, mesmo com
os acordes que teimam em
Difundir-se, entre paredes mortas que
agora nos separam
Apesar de olharmos um para o outro
com os corpos desnudos e
Sem vida.
Em balbucios, manchando a maquiagem
que escorre por sua face, quando você tergiversa como se estivesse em viagens
passadas, tentando alcançar
O inatingível que se perdeu no
horizonte que não voltará
Nem agora e nem aqui porque a nossa
pertença é um privilégio
Concedido por deuses de ébano ou de
incertezas depositadas
No fundo das taças de bacará, onde
talvez tomaremos o ultimo drinque e
Gritaremos hasta La vista, baby!
Agora as luzes nos iluminam para
dançarmos, talvez pela última
Vez o dois pra lá, dois pra cá,
sentindo um frisson que percorrerá
As nossas nucas e espinhas nesta
dança escura que não sei quando
Vai terminar.
Acendam-se as luzes...
Quando me apaixono
Quando me apaixono vejo luzes em seu
corpo, percorro caminhos que me levam a ti, quem me guia é o meu coração que
apaixonado por você está, solamente você.
Quando me apaixono procuro ser forte
diante de sua beleza, estrutural que me contagia entre as quatros estações que
nos envolve, entre movimentos que não vem do acaso e sim dos nossos olhos que
enamorados estão.
Quando me apaixono embora o sol e a
lua se encontre periodicamente nas penumbras que nos encobre quando apaixonados
estamos entre sonhos.
Quando nos apaixonamos inalamos
incensos indianos em pleno outono que nos veste em dias de equinócios e
soltiscios, antes da aurora boreal que nos iluminará.
Apaixonados estaremos para procriar o
amor que agora repousa em nós.
O amor nos escolheu nascida da lua
O amor nos escolheu nascida da lua,
para nos amarmos entre distâncias
Românticas, por jornadas e estradas
sem fim, por fim.
Sonho contigo aqui, agora por você,
romântico que sou,
Entre jornadas que haverá de vim,
entre nuvens brancas e
Cinzentas, numa manhã que te tomarei
em meus braços
Na primeira estação após essa que
estamos passando.
Entre delicias sentirei a sua risada
soando como canção,
Única, que me completará entre
saudades longínquas, como se estivéssemos
Em San Francisco, Palestina ou em
Guarapari, que te guarda
Transitoriamente por uns dias,
inacabados talvez.
Satisfações procrastinadas nos
esperam na ultima
Estação, entre risos, talvez
esperanças renovadas, do dia
Que nunca te encontrei, agora
latente, após
Um exílio, talvez entre danças,
beijos, bombons e chocolates
Nas terras do cacau.
Venha Senhora da Lua.
Juro
Juro que não despertarei amanhã como
Nos outros dias,
Juro, que despertarei, sendo como
sou, escravo do seu coração.
Entregar-me-ei sem remorsos, ficando
Atado em seus abraços, sem
despedidas,
Pra não ficar distante dos seus
olhos,
Esquecendo para sempre
Do seu corpo, da tua voz sussurrando,
Meu amor.
Jurarei que gostarei apenas de você,
Enxugarei suas lágrimas quando eu te
ferir, sem um grito,
Rasgado a minha pele, entre os céus e
a terra
Enterrando-me no seio do seu coração
pra ti fazer feliz,
Juro que beijarei os seus olhos,
Cheios de amor entre o poente e o
nascer do sol.
Do meu coração,
Jurarei que gostarei apenas de você.
Capitulando da vida que deixei nas
mãos de outros amores, já distantes.
Juro que as minhas alegrias serão
testemunhas
Do amor que te entreg prometendo
nunca te deixar...
Esse é o futuro, que como flor te
oferece, pétalas do meu coração.
Tornar-te-ás para mim... Juro amar
tão somente a ti...
Esperando a primavera que não tardará
a florir...
Esse será o nosso eterno amar.
Mudar-se
Nós dois enamorados como
Uma fotografia, preto e branco, azul
da cor do mar,
Vermelho em seus lábios, entre
esperanças que fluem, entre versos escritos numa folha de papel tosco,
Mas, inspirados no teu olhar molhado
por espirais de águas, não
Incontida nos meus olhos marcados de
luzes que vem de ti.
Somos, talvez ultimos românticos,
concebendo palavras, expressões, sensibilidades que chegam no calor
Das noites, enquanto você não acena
em voltar, o âmago,
Traga o meu peito que suspira em
sonhos enquanto não ouço os seus passos.
Muda, vem deitar-se em meus braços,
soluçar com os meus abraços,
Que faz você de novo em mim.
Muda.
Digressão
Estou indo para longe das divagações,
estou indo a passeio, afastamento que me devo, sem me desinstalar dos meus
versos, do meu coração que pulsa normal nesses momentos de pânicos coletivos.
Lembro-me das melhores recordações,
de todas as digressão que tive que fazer, por causas de ausências sentidas, que
faz-me prisoneiro dos meus próprios versos, que me iludem, talvez iluda você,
com o que falo ou escrevo.
Encontro-me singular diante das suas
algruras que não me deixa dormir, sentindo a minha alma não ser beijada.
A minha digressão rouba a minha
liberdade, mesmo eu saindo de máscaras, em derredor, um jeito manso seu, que
não vem a mim.
Dispo-me da digressão, agora
regresso.
Somos três
De novo na estrada, eu sigo buscando
os seus sonhos,
E o fruto de outro amor que hoje concebo
como minha que é .
Beijo o seu ventre, sinto a seiva dos
seus lábios, e o peito
Que arfa por um novo momento que
estava perdido no tempo.
Devoto-me, diuturnamente ofereço-me
como porto seguro que as suas
Ausências fazem, por enquanto.
Sinto a sua vinda, preparo a alcova
que acalentara os nossos sonhos
Nas noites febris que virão, busco o
futuro que virá acompanhando de afetos que
Descansará no meu peito nu.
Venha depressa, desnuda-me para que
eu sinta as caricias das mãos que afagará
Todos os encantos que vem de mim.
Beija-me, aceita esse clamor que
emana do corpo meu.
Devora-me, esquece essa distância que
hoje nos separa,
E nos unam em um só coração.
Para que sejamos, não como no
compasso da espera. Mas, três a viver em um só coração.
Vem... Já se aproxima à hora.
Há! Em tempo: Feliz aniversário
FILHA.
Como uma deusa
Como uma deusa, no topo de um cometa
Você queima o meu coração,
beijando-me com o ápice
De sua ternura, cravando o seu nome
Na minha pele com um raio prateado
Murmurando: “eu sou o seu fogo,
quando desejar
Ver os meus olhos de cristais olhe no
seu intimo e sinta o
Gosto do meu “beijo, eternizado na
sua pele que agora é minha.”
Ouço a profecia, observo a minha pele
entre luzes, refletindo:
”Eu sou o seu fogo, quando desejar”,
Sigo na noite, noites negras como as
noites escuras, procurando
Um sinal, afinal eu sou um menino mal
que te quer tanto e
Pensava que você não me queria para
me marcar assim,
Com esta promessa que me traz medo
Que você vá embora sempre, deixando-me
alerta
Em suplicas perenes todas as noites,
afinal
Eu sou um menino rebelde e talvez não
mereça
Alguém como você, uma deusa como
você.
Alguém como você,
Ah, mas eu te quero, eu te quero
tanto
Mesmo em sonhos quero matiná-la para
sempre.
Então o que quer que você faça deusa,
deixe-me um caminho
Para que eu fique ao seu lado sem
precisar te chamar
Sempre.
Afinal, você é o meu fogo, tatuado na
minha pele
Junto do meu coração ardente que é
teu eternamente
esperando você
Chegar cheia de desejos de deusa para
eu amar.
Eu vou dizer
Sou pródigo em versos e ilusões,
entre
Estradas que eu ainda tento
percorrer, preciso é, precioso
Talvez no momento, uníssono nos teus
olhos que fitam
O horizonte, onde não estou.
Sou letras, inspirações entre o alfa
e o Omega, não consigo
Encontrar-te entre as Cordilheiras
dos Andes e as poeiras
Do Atacama admirando o La Moneda e a
Casa Rosada, entre
Caminhos bailam sonhando um dia te
encontrar, entre acordes
Não incisivos, mas, com um sorriso,
ouvindo Carlos Gardel,
Quem sabe Mercedes Sosa, declamando
versos de Pablo Neruda,
Gabriela Mistral ou de Claudio Luz e Leda Seara, sob o sol da
Meia noite que nos beijará entre a
Patagônia e o Rio Almada.
Somos sementes tenras que um dia
brotará mergulhadas no
Balanço das espumas flutuantes que
nos banhará.
Sou apenas palavras!
Estrela solitária
Você deve lembrar-se que o seu
coração não é solitário,
Nem abandonado ou sequer triste,
apesar do tempo
Nublado, a chuva que se aproxima
prever que você estará
Apenas sonhando que esteja sozinha.
Palavras, palavras, embora por alguns
momentos você
Se sinta solitária, abandonada ou
triste um beijo ainda é um beijo, uma voz é
Apenas uma voz, fazendo o tempo
passar, como estrelas
Cadentes, quando você fechar os olhos
e fizer aquele pedido
Que talvez seja realizado pelos menos
pelas palavras
Ou atos que você deseja que assim
seja.
Como o tempo passa quando nos
sentimos sozinhos,
Luar e canções de amor nunca
desaparecerão,
Isso ninguém pode negar de ouvir os
seus apelos, afinal
O viver não é só caramelo, bombons ou
chocolates que
Em todas as formas são doces ou
amargos.
Solitária, abandonada ou triste, isto
não é um caso de viver ou morrer,
Apenas de escolher com o Passar do
Tempo que lhe dirá se és
Realmente solitária abandonada ou
triste... Fala
Que eu te escuto!
Deito-me
Deito-me no seu corpo,
Inegável, oceano que
Quero navegar, entre
Ondas e o sal que dá gosto
Em minha língua, pressão
Alta talvez.
Vejo as erupções dos seus pelos,
Pubios talvez, manjar dos deuses,
Fruto do cacau.
Beijo os seus lábios, sinto o seu
Olhar de Santa, a me olhar entre
Orgasmos e estrelas a brilhar.
Bebo as suas salivas brindando
Os novos versos que farei por
Ti.
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