sexta-feira, 22 de abril de 2022

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Jesus Amado


 

Eu te suplico, Banha-me com o seu amor,

Cingi-me com tua cruz,

Apaga os meus pecados cobrindo-me

Com o vosso Santo Manto.

Envolve-me com os espinhos com que

Fostes coroados,

Prega as minhas duvidas com os santos cravos

Que te sustentaram na cruz.

Devolve-me os açoites que recebeste

Por mim.

Ah! Jesus Amado

O meu corpo vive entre os seus milagres

Diuturnos que me envolvem todos os dias,

Nessa peregrinação que são bálsamos

E tormentos, pelos fatos que se avizinham

Entre o nascer e o pôr-do-sol.

Daí nos as nuvens para ascender a ti

E encontrar refúgio, no vosso infinito amor.

Venha Senhor Jesus

Abre os nossos braços em cruz

Para que não nos omitamos negando

Amor aos nossos irmãos!

 

Prelúdio de saudades tenras

 

Disse a menina: Quando as minhas rosas vermelhas florescerem

No horto, descansarei na relva, sonhando aspirarei

O seu perfume, debruçada nas saudades, relembrando

Os bons momentos que eu vivi.

Lembrarei-me das pessoas insubstituíveis que partiram sem se

Despedir, deixando uma lacuna,

No meu coração ainda tenro de saudades, e de tudo que deixei.

De viver quando me sentia presa como um pássaro, na gaiola da vida.

Lembro-me das minhas orações serenas, elevada ao

Criador que oculto ouvia as minhas preces, que em partes me atendia,

Não valorizando a pressa que eu tinha para poder em liberdade

Voar.

Tive que aprender a ser forte, abraçar o dia a dia, induzindo

Que percebessem que o paraíso existe, pois o tempo não me curvou,

E o meu coração está inteiro para cuidar dos filhos do paraíso

Que são os meus.

Agora eu sei que pertenço em parte ao Paraíso que divido

Com Deus, adormeço sonhando com as pétalas das rosas vermelhas,

Que um dia aspirarei, embora talvez tenra como as sementes que plantei.

 

Dançando no escuro das incertezas

 

À noite lhe indigna, a música suave

 

Não toma conta da sua sensibilidade, antes

Afável e sonhadora, entre sonhos e palavras que

Agora são jogadas ao vento das incertezas que virão

Na próxima canção que talvez nos una num dois prá lá, dois

Pra cá.

O gelo já derreteu os seus lábios, agora não estão úmidos,

As luzes já não são mais de neons e os céus já não

Estampa as estrelas que cobriam os nossos sonhos.

Agora vagamos na escuridão, mesmo com os acordes que teimam em

Difundir-se, entre paredes mortas que agora nos separam

Apesar de olharmos um para o outro com os corpos desnudos e

Sem vida.

Em balbucios, manchando a maquiagem que escorre por sua face, quando você tergiversa como se estivesse em viagens passadas, tentando alcançar

O inatingível que se perdeu no horizonte que não voltará

Nem agora e nem aqui porque a nossa pertença é um privilégio

Concedido por deuses de ébano ou de incertezas depositadas

No fundo das taças de bacará, onde talvez tomaremos o ultimo drinque e

Gritaremos hasta La vista, baby!

Agora as luzes nos iluminam para dançarmos, talvez pela última

Vez o dois pra lá, dois pra cá, sentindo um frisson que percorrerá

As nossas nucas e espinhas nesta dança escura que não sei quando

Vai terminar.

Acendam-se as luzes...

 

Quando me apaixono

 

Quando me apaixono vejo luzes em seu corpo, percorro caminhos que me levam a ti, quem me guia é o meu coração que apaixonado por você está, solamente você.

Quando me apaixono procuro ser forte diante de sua beleza, estrutural que me contagia entre as quatros estações que nos envolve, entre movimentos que não vem do acaso e sim dos nossos olhos que enamorados estão.

Quando me apaixono embora o sol e a lua se encontre periodicamente nas penumbras que nos encobre quando apaixonados estamos entre sonhos.

Quando nos apaixonamos inalamos incensos indianos em pleno outono que nos veste em dias de equinócios e soltiscios, antes da aurora boreal que nos iluminará.

Apaixonados estaremos para procriar o amor que agora repousa em nós.

 

O amor nos escolheu nascida da lua

 

O amor nos escolheu nascida da lua, para nos amarmos entre distâncias

Românticas, por jornadas e estradas sem fim, por fim.

Sonho contigo aqui, agora por você, romântico que sou,

Entre jornadas que haverá de vim, entre nuvens brancas e

Cinzentas, numa manhã que te tomarei em meus braços

Na primeira estação após essa que estamos passando.

Entre delicias sentirei a sua risada soando como canção,

Única, que me completará entre saudades longínquas, como se estivéssemos

Em San Francisco, Palestina ou em Guarapari, que te guarda

Transitoriamente por uns dias, inacabados talvez.

Satisfações procrastinadas nos esperam na ultima

Estação, entre risos, talvez esperanças renovadas, do dia

Que nunca te encontrei, agora latente, após

Um exílio, talvez entre danças, beijos, bombons e chocolates

Nas terras do cacau.

Venha Senhora da Lua.

 

Juro

 

Juro que não despertarei amanhã como

Nos outros dias,

Juro, que despertarei, sendo como sou, escravo do seu coração.

Entregar-me-ei sem remorsos, ficando

Atado em seus abraços, sem despedidas,

Pra não ficar distante dos seus olhos,

Esquecendo para sempre

Do seu corpo, da tua voz sussurrando,

Meu amor.

Jurarei que gostarei apenas de você,

Enxugarei suas lágrimas quando eu te ferir, sem um grito,

Rasgado a minha pele, entre os céus e a terra

Enterrando-me no seio do seu coração pra ti fazer feliz,

Juro que beijarei os seus olhos,

Cheios de amor entre o poente e o nascer do sol.

Do meu coração,

Jurarei que gostarei apenas de você.

Capitulando da vida que deixei nas mãos de outros amores, já distantes.

Juro que as minhas alegrias serão testemunhas

Do amor que te entreg prometendo nunca te deixar...

Esse é o futuro, que como flor te oferece, pétalas do meu coração.

Tornar-te-ás para mim... Juro amar tão somente a ti...

Esperando a primavera que não tardará a florir...

Esse será o nosso eterno amar.

 

Mudar-se

 

Nós dois enamorados como

Uma fotografia, preto e branco, azul da cor do mar,

Vermelho em seus lábios, entre esperanças que fluem, entre versos escritos numa folha de papel tosco,

Mas, inspirados no teu olhar molhado por espirais de águas, não

Incontida nos meus olhos marcados de luzes que vem de ti.

Somos, talvez ultimos românticos, concebendo palavras, expressões, sensibilidades que chegam no calor

Das noites, enquanto você não acena em voltar, o âmago,

Traga o meu peito que suspira em sonhos enquanto não ouço os seus passos.

Muda, vem deitar-se em meus braços, soluçar com os meus abraços,

Que faz você de novo em mim.

Muda.

 

Digressão

 

Estou indo para longe das divagações, estou indo a passeio, afastamento que me devo, sem me desinstalar dos meus versos, do meu coração que pulsa normal nesses momentos de pânicos coletivos.

Lembro-me das melhores recordações, de todas as digressão que tive que fazer, por causas de ausências sentidas, que faz-me prisoneiro dos meus próprios versos, que me iludem, talvez iluda você, com o que falo ou escrevo.

Encontro-me singular diante das suas algruras que não me deixa dormir, sentindo a minha alma não ser beijada.

A minha digressão rouba a minha liberdade, mesmo eu saindo de máscaras, em derredor, um jeito manso seu, que não vem a mim.

Dispo-me da digressão, agora regresso.

 

Somos três

 

De novo na estrada, eu sigo buscando os seus sonhos,

E o fruto de outro amor que hoje concebo como minha que é .

Beijo o seu ventre, sinto a seiva dos seus lábios, e o peito

Que arfa por um novo momento que estava perdido no tempo.

Devoto-me, diuturnamente ofereço-me como porto seguro que as suas

Ausências fazem, por enquanto.

Sinto a sua vinda, preparo a alcova que acalentara os nossos sonhos

Nas noites febris que virão, busco o futuro que virá acompanhando de afetos que

Descansará no meu peito nu.

Venha depressa, desnuda-me para que eu sinta as caricias das mãos que afagará

Todos os encantos que vem de mim.

Beija-me, aceita esse clamor que emana do corpo meu.

Devora-me, esquece essa distância que hoje nos separa,

E nos unam em um só coração.

Para que sejamos, não como no compasso da espera. Mas, três a viver em um só coração.

Vem... Já se aproxima à hora.

Há! Em tempo: Feliz aniversário FILHA.

Como uma deusa

 

Como uma deusa, no topo de um cometa

Você queima o meu coração, beijando-me com o ápice

De sua ternura, cravando o seu nome

Na minha pele com um raio prateado

Murmurando: “eu sou o seu fogo, quando desejar

Ver os meus olhos de cristais olhe no seu intimo e sinta o

Gosto do meu “beijo, eternizado na sua pele que agora é minha.”

Ouço a profecia, observo a minha pele entre luzes, refletindo:

”Eu sou o seu fogo, quando desejar”,

Sigo na noite, noites negras como as noites escuras, procurando

Um sinal, afinal eu sou um menino mal que te quer tanto e

Pensava que você não me queria para me marcar assim,

Com esta promessa que me traz medo

Que você vá embora sempre, deixando-me alerta

Em suplicas perenes todas as noites, afinal

Eu sou um menino rebelde e talvez não mereça

Alguém como você, uma deusa como você.

Alguém como você,

Ah, mas eu te quero, eu te quero tanto

Mesmo em sonhos quero matiná-la para sempre.

Então o que quer que você faça deusa, deixe-me um caminho

Para que eu fique ao seu lado sem precisar te chamar

Sempre.

Afinal, você é o meu fogo, tatuado na minha pele

Junto do meu coração ardente que é teu eternamente

esperando você

Chegar cheia de desejos de deusa para eu amar.

 

Eu vou dizer

 

Sou pródigo em versos e ilusões, entre

Estradas que eu ainda tento percorrer, preciso é, precioso

Talvez no momento, uníssono nos teus olhos que fitam

O horizonte, onde não estou.

Sou letras, inspirações entre o alfa e o Omega, não consigo

Encontrar-te entre as Cordilheiras dos Andes e as poeiras

Do Atacama admirando o La Moneda e a Casa Rosada, entre

Caminhos bailam sonhando um dia te encontrar, entre acordes

Não incisivos, mas, com um sorriso, ouvindo Carlos Gardel,

Quem sabe Mercedes Sosa, declamando versos de Pablo Neruda,

Gabriela Mistral ou de Claudio Luz e Leda Seara, sob o sol da

Meia noite que nos beijará entre a Patagônia e o Rio Almada.

Somos sementes tenras que um dia brotará mergulhadas no

Balanço das espumas flutuantes que nos banhará.

Sou apenas palavras!

 

Estrela solitária

 

Você deve lembrar-se que o seu coração não é solitário,

Nem abandonado ou sequer triste, apesar do tempo

Nublado, a chuva que se aproxima prever que você estará

Apenas sonhando que esteja sozinha.

Palavras, palavras, embora por alguns momentos você

Se sinta solitária, abandonada ou triste um beijo ainda é um beijo, uma voz é

Apenas uma voz, fazendo o tempo passar, como estrelas

Cadentes, quando você fechar os olhos e fizer aquele pedido

Que talvez seja realizado pelos menos pelas palavras

Ou atos que você deseja que assim seja.

Como o tempo passa quando nos sentimos sozinhos,

Luar e canções de amor nunca desaparecerão,

Isso ninguém pode negar de ouvir os seus apelos, afinal

O viver não é só caramelo, bombons ou chocolates que

Em todas as formas são doces ou amargos.

Solitária, abandonada ou triste, isto não é um caso de viver ou morrer,

Apenas de escolher com o Passar do Tempo que lhe dirá se és

Realmente solitária abandonada ou triste... Fala

Que eu te escuto!

 

Deito-me

 

Deito-me no seu corpo,

Inegável, oceano que

Quero navegar, entre

Ondas e o sal que dá gosto

Em minha língua, pressão

Alta talvez.

Vejo as erupções dos seus pelos,

Pubios talvez, manjar dos deuses,

Fruto do cacau.

Beijo os seus lábios, sinto o seu

Olhar de Santa, a me olhar entre

Orgasmos e estrelas a brilhar.

Bebo as suas salivas brindando

Os novos versos que farei por

Ti.

 

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