quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Ode a Castro Alves

Ode a Castro Alves


A praça Castro Alves é do povo...

Triste Itajuípe, que antes homenageou

O poeta dos escravos em um logradouro,

Caminho dos mortos, Campo Santo, antes

Jardim das Palmeiras, amanhã talvez.

 

Oh! Mas uma homenagem jogada nas sarjetas

Da história itajuipense, antes defensora de memórias,

Agora, bofetadas, tal qual o senhorio dos engenhos

Que arrancava lágrimas dos escravos sem nenhum

Pudor.

 

Agora os versos ecoam nas ruas e vielas, em suplicas

Ao “Ó Deus, onde está você que não responde?

Em que mundo, em que'estrela tu t'escondes,

Embuçando nos céus?

Há dois mil anos te mandei

meu grito, Que embalde, desde então, corre o infinito…

Onde estás, Senhor Deus?…

Qual Prometeu tu me amarraste um dia

Do deserto na rubra penedia

Infinito: galé! ...

Por abutre me deste o sol candente,

Vozes d"África - Castro Alves”

 

Cláudio Luz (20.02.2025)

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

apoesiadelaudioluzemcinstancias

 Constâncias amorosas

Para Amorzinha


 

O sol por constâncias eclipsa todas

As luzes, menos das iluminuras que orna

os meus olhos por você, imagéticos, não

capitulares diante da imensidão do

cosmo que nos contemplam.

 

Sinto o meu amor constante em ti,

Que floresce diuturnamente, avançando

Sinais avassaladores de tanto

Querer-te.

 

Representadas em grandes

Dimensões espirituais, nos envolvem,

Trazendo sempre luzes cristalinas, que

Não embaçam os nossos olhares de

Cores difusas, embora nunca em separações.

Unindo-nos, como os brancos dos nossos

Glóbulos, em forma de planetas.

 

Esferas que brilham no anoitecer e que se escondem

Para não ver a aurora, prenuncio

De um novo viver.

 

Como vivemos constantes amorosos,

Entrelaçados, do nascer ao pôr do sol

Início da aurora austral, vindo da

Patagônia, constantes ao observamos o sol da

Meia noite, que nos aquece intensamente

Nas noites eternas e que eternas

Sempre será.

 

Cláudio Luz (18/02/2025)

(Lei de Direitos Autorais |

LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998)

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

apoesiadeclaudioluz

Confesso que morri


 

Às vezes eu me pergunto?

Se vivo de amor ou morro pelo

Mesmo sentido, não trivial, concreto,

Como os beijos ardentes que te atribuo

No calor da noite.

 

Entre penumbras sinto o seu pensamento

Que me consome em raios estrelados,

Entre lençóis que traspassa o meu morrer

De amor ou viver com sentidos um amor

Intenso entre volúpias, eterno como

Minha alma que se esvai em espirais, que

Alcança os altos céus, agora escuro e perdidos

Entre as fases da lua, agora crescente.

 

Sou passageiro, prisioneiro do seu amor,

Quando ferve a minha têmpora, entre

Temporais que não nos molham, mas que

Ferve os nossos sangues, trazendo rubores

Pudicos e sensatos, para não pensarmos na

Morte, e sim viver eternamente e perenes,

Como deve ser o nosso amor, que nos faz viver.

sábado, 8 de fevereiro de 2025

Somos tenros pirangienses

Somos tenros pirangienses


Dois anos nos separam, quando te emancipavam,

eu sonhado ainda não tinha sido gerado no ventre

de minha mãe, que nos tempos idos fazia

os próprios enxovais.

Emanciparam-te com fogos de artifícios e de papo amarelo,

Discursos, hinos de liberdade, que parou de ecoar

nos tempos, antes idos.

Sou filho nato do Hospital Pirangi, a termo de

Dona Waldelice Affonso, Decana da serventualide

judiciária itajuipense, antes de comarca, abençoai as almas

de João e Rosalvo Guimarães, conhecidos como os Deway.

Agora sou poeta do Rio do Almada e dos lagos, entre serras   

entrecortada de Vinháticos, Jequitibás, Massaranduba

e Jacarandás, que sangram ainda ao fio dos machados, fluindo perfume de sândalos.

Admiro as suas belezas naturais, paisagens e um patrimônio

artísticos físico e concreto, abandonados.

Procuro as Estações Férreas do Sequeiro do Espinho

e de Pirangi, vejo ruínas.

Deito-me na praça Humberto de Oliveira Badaró,

nas Pitangueiras, ignorada desde outros governos,

o atual não é a exceção, qualquer, fruto da inconstância

de ser profeta uma nova era.


Tergiverso em noites boêmias, as memórias do

Esporte Clube Bahia, Sobrado de Junot, Escolas das Professoras

Julieta Fonseca e Lucia Oliveira, durmo sob o que restou

da Escola de Comércio e a iconoclastia da Biblioteca do Convento Franciscano, do sobrado da Família Pedro Hagge e dos acordes

dá Primeiro de Janeiro, na rua Ruy Barbosa.

Saudades das harmonias de origem árabe/judaica, entre nós,

hoje extinta em discussões domésticas, por políticos que não valem um vintém, ou uma arroba dos manjares dos deuses Azteca,

que nunca colheram ou reviraram com os pés as amêndoas do cacau.

Como já dizia o Síndico Tim Maia, eu quero chocolate, ou de Chocolate da Bahia, Não deixo não, vou me acabar mas, o fruto da cana eu não deixo de tomar, disso não deixo não.


Agora as minhas memórias óticas estão assistindo a última sessão de Sodoma e Gomorra e da destruição da Atlântida, onde outrora era o Cine Teatro Hage.

Não tem jeito, retorno a Rua João "do Cacau" Evangelista,

procuro a roupa velha, de Manhoso e Baixota, não os encontrei,

dirijo-me em busca de uma boa cachaça Índia, no bar de Tilú,


procuro o sarapatel de Vitória, na feira Velha, que também não existem mais, o alambique de Ermiro, dono da serra da Água Sumida,

onde não bebemos no cálice de chifre, antes de alguém.

Bebo as memórias remotas, em doses homéricas, aos pés do Sagrado Coração de Jesus, que nos tempos áureos davam-nos santificação, que após o ofício, singrávamos nos meios das ruas desertas, entre bairros, hoje iluminadas de Led, observando os corpos marginais no chão.


Perambulo entre os trinta e três degraus da idade do Cristo, e depois os doze degraus dos apóstolos, pra voltar a Matriz.

Acredito que antes de ir por vontade própria, 

o Altíssimo virá nos buscar.


Afinal Bahia, Clodalmiro Amambay, em versos e prosas proclamou:

Bahia, Itajuipe é fruto do seu esplendor, viva Cloil Amambay de Oliveira,

o Doutorzinho.

 

Cláudio Luz (08/02/2020)


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

apoesiadeclaudioluzentreregressos

Sempre recomeços


Amargos regressos, estradas que eu

Pensei que estivessem cobertas de

Tijolos amarelos, que me faziam voar

Como Pegasus, criando asas imaginárias,

Letras sob espelhos, afinal amar é

Mais confusão!

Os sonhos sempre passageiros, nos

Tornando realidades ou não, lugares

Incertos, vidas passadas, luzes

Presentes, no recôndito, talvez

Premidos de ilusões, acaso sorte,

Afinal amar sempre será confusão.

It's a long Way; esse é o caminho

"onde a confusão é tão grande que a alma não se acha

capaz de reencontrar o caminho certo".

Afinal amar é almejar o regresso, tendo

Como recompensa encontros de braços, entre

Abraços, pulsar de corações, colecionar

Lembranças, entre o nascer e o pôr-do-sol,

Que nos fará perfeito apesar de que amar

Sempre será confusão.

 

Cláudio Luz (05/02/2025)