Ode a Castro Alves
A praça Castro Alves é do povo...
Triste Itajuípe, que antes homenageou
O poeta dos escravos em um logradouro,
Caminho dos mortos, Campo Santo, antes
Jardim das Palmeiras, amanhã talvez.
Oh! Mas uma homenagem jogada nas sarjetas
Da história itajuipense, antes defensora de memórias,
Agora, bofetadas, tal qual o senhorio dos engenhos
Que arrancava lágrimas dos escravos sem nenhum
Pudor.
Agora os versos ecoam nas ruas e vielas, em suplicas
Ao “Ó Deus,
onde está você que não responde?
Em
que mundo, em que'estrela tu t'escondes,
Embuçando
nos céus?
Há
dois mil anos te mandei
meu
grito, Que embalde, desde então, corre o infinito…
Onde estás, Senhor Deus?…
Qual Prometeu tu me amarraste um dia
Do deserto na rubra penedia
Infinito: galé! ...
Por abutre me deste o sol candente, “
“Vozes d"África - Castro Alves”
Cláudio
Luz (20.02.2025)
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