quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Ode a Castro Alves

Ode a Castro Alves


A praça Castro Alves é do povo...

Triste Itajuípe, que antes homenageou

O poeta dos escravos em um logradouro,

Caminho dos mortos, Campo Santo, antes

Jardim das Palmeiras, amanhã talvez.

 

Oh! Mas uma homenagem jogada nas sarjetas

Da história itajuipense, antes defensora de memórias,

Agora, bofetadas, tal qual o senhorio dos engenhos

Que arrancava lágrimas dos escravos sem nenhum

Pudor.

 

Agora os versos ecoam nas ruas e vielas, em suplicas

Ao “Ó Deus, onde está você que não responde?

Em que mundo, em que'estrela tu t'escondes,

Embuçando nos céus?

Há dois mil anos te mandei

meu grito, Que embalde, desde então, corre o infinito…

Onde estás, Senhor Deus?…

Qual Prometeu tu me amarraste um dia

Do deserto na rubra penedia

Infinito: galé! ...

Por abutre me deste o sol candente,

Vozes d"África - Castro Alves”

 

Cláudio Luz (20.02.2025)

Nenhum comentário:

Postar um comentário