sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

Redescobrindo Itajuípe após 73 anos

Redescobrindo Itajuípe após 73 anos

 


Antes matas densas, chão calejado

Pelos pés dos jagunços, nome indígena

Antes: Pirangi "peixe-dourado de rabo vermelho"

ou "rio dos peixes"


Hoje: Itajuípe

Ita: "pedra" 

Ju: "espinho" 

Y: "água" 

Pè:  "caminho”,

Frutos dourados, adubos

Feitos de sangues, terra prometida

Para alguns.

 

O Almada, clama, os paralelepípedos agora

Coberto pelo ouro negro não respiram,

As águas de dezembro avizinham-se, Deus

Queira que não.

 

Muitas memórias perdidas, o

Progresso não contemplam a todos,

As feridas ainda não cicatrizadas

Latejam, o sol também se levanta,

Protestando, não sei, a lua é uma

Boa mediadora, as estrelas antes

Encantadas, estão em silêncio.

 

O progresso está lento, não vejo

Cansaços na minha septuagenária

Itajuípe, antes Pirangi, a vejo com

Aquele vigor juvenil, jogando na

Antiga desportiva entre bolas de

Panos, hoje sintéticas.

 

Parabéns Itajuípe, hoje o seu nato

Filho te saúda e te presenteia com

Uma bola de cristal, afinal: o futuro

A Deus pertence.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

apoesiadeclaudioluzsingrando

A primavera singra


A primavera singra,

Somos origens, amantes,

O amor é real, somos universais,

Passeamos nas beiradas do mundo,

Tentamos não errar, mesmo

Repetindo que errar é humano,

Somos perdões.

 

Em consonâncias, plantamos

Sementes do tempo eterno,

Tropeçamos em dissonâncias,

Tentamos ser música suave,

Ouvimos os pássaros diurnal,

Somos sentimentos latentes,

Fascinamo-nos com a noite,

A lua é bela.

 

Estrelas sobrevoam, somos sonhos

Acordados, a escuridão não ofusca,

Somos o real, somos veros, somos

Do nascer ao pôr-do-sol um

Milagre, uno, perfeito.

 

A primavera singra em pleno

Verão.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

apoesiadeclaudioluzamorosa

Sinopse do meu amor por ti

Para Maria Lúcia


No princípio o universo conspirava

Contra nós, não sabendo ele

Que os nossos destinos um dia

Nos encontraríamos, anos a fio,

Passamos incólumes,

Teias se formavam, o tempo há

O tempo, um dia se fizeram

Aliados, como se fossem de

Primeira hora.

 

Não nos diminuímos, enfrentamentos

Constantes, não burlaram o que

Tinha que ser, e foi.

 

Acaso do acaso, encontramo-nos

Na multidão, aproveitamos o balanço

Das horas, intermitentemente

Sonhamos, a praça por testemunha

Nos cedeu um banco, confabulações,

Os sinos da catedral em silêncio

Nos abençoavam, éramos anjos, antes

Errantes.

 

Imprevistos não interromperam,

Unimos palavras, sonhos que

serão consecutivos.

 

Certezas nos amamentaram,

Somos sentimentos profundos,

Amores que latejam, dois corações,

Duas vidas em sinopses, dois

Amontes eternos que nunca

Irá naufragar.

 

Claudio Luz

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

apoesiadeclaudioluzcomhoras

Havíamos marcado hora?

 


Não marcamos horas com o amor,

Reflexões Sacras, frases mágicas,

Espontaneidade no tempo e lugar não

Combinados, o encontro

Foi mágico, apenas aconteceu,

Caso do acaso.

 

Parece que foi ontem, o escrito

Nas estrelas não sofreu mutações,

O princípio do primeiro momento

Continua combinado, somos risos,

Beijos e abraços sem cerimonias.

 

Brindamos o encontro, o nosso

Lugar está preenchido, os lagos

São profundos, água viva que

Não nos consomem.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

apoesiadeclaudioluzpoetaadormecido

O despertar de um poeta

 


O poeta sonha acordado,

Sonha com o amanhã ainda

Em gestação precoce, sonha

Com o amor latente, com

Os raios e tempestades do

Dia 4 de dezembro.

 

O poeta sonha com as proteções

De Santa Bárbara, turbilhões

De inspirações não calam, declamações,

Devoções que não o assombra e

Nem o deixa esmorecer.

 

Afinal todos nós somos poetas,

Quer pela pequenez dos pecados

Temporais, ou perdões que não chegam.

 

O poeta ouve ecos silenciosos, mergulha

Entre brumas passageiras, entra sem bater,

Ama como se fosse um deus de ébano,

Perfuma a amada, transpassa em favor

Das inspirações concebidas, dorme

nos braços estendidos da alcova,

entre fronhas,

travesseiros e lençóis, transparentes.

 

Os pesadelos são anunciados, o factual é vero,

Como disse o folclórico poeta insano:

"nem toda ausência é presença"

 

Então, o poeta regozija-se ao se despedir do sol,

beijar a lua que fecunda novas sementes

para o amanhã poetizar, com o esquecimento

dos acontecimentos, que não o impediu de sonhar.

 

Afinal, um poeta não tem honra em

Sua terra, a seara continuam, a colheita

Esta salva, os ceifeiros nem sempre

Colhe uma poesia, composta pelo

Poeta acordado.

 

 

Cláudio Luz

 

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

apoesiadeclaudioluzluscofusco

Lusco fusco


Viajo entre o transitório e o velejar

das tardes, nunca é absoluto,

o sol se põe, a lua sobe ao palco, somos

autores, nem sempre aplausos ecoam

ao fechar das cortinas, somos

atos, isso é fato.

 

O amor é cego, alma não se altera,

Somos escravos das palavras, criamos

Provas a nosso favor, nem tanto,

O remoto nos guia, dedos trêmulos

Vadiam, somos notívagos.

Bebemos do cálice, enquanto não

Calamos, somos produtos do meio-dia,

Termo que sim.

 

As orquídeas negras nos aspiram,

Pólens tergiversam como num baile

Matinal, vereditos nos absorvem,

Estamos livres, os sonhos flertam,

Somos melodias que harmonizam o

Amanha, não mais lusco fusco.

 

 

APOESIADECLAUDIOLUZPERFIL

Retrato em preto & branco


Sou Cláudio Marcelo da Luz Souza, filho de Itajuípe, nascido em outubro de 1956, assino Cláudio Luz como poeta e historiador por opção.

Publico diariamente no meu blog:

apoesiadeclaudioluz.blogspot.com, que conta até presente data de hoje com 51.228 acessos.

Ainda público notícias gerais nos blogs de minha responsabilidade

correioitajuipense.blogspot.com, 636.684 acessos

Academiaalcooldeitajuipe.blogspot.com, com 136.479 acessos

correioitajuipensedenoticias.blogspot.com, com 63.972 acessos

Obras literárias:


Nostalgia do que se foi - (Poesias), Lançado em 2025)

Futuros lançamentos no prelo:

Poesias do Almada - (Poesias),

Deixa que eu conto - (Casos e causos Pirangiense e Itajuipense),

Logos Existo (Poesias)

Sinopse do meu amor por ti (Poesias).

apoesiadeclaudiolu\preto&branco

Retrato em preto & branco

 


Verdades, a vida me fascina,

Deleito-me, La dolce vita me

Completa, aproveito os bons

Momentos, deleito-me com os

Meus escritos, sou sonhador.

 

Não pergunto a inevitável morte,

A vida agora é necessária, Beleza

Pura, a água está doce, molho-me,

Afogo-me nas inconstâncias do

Meu eu, abraço o concreto,

O luxo ainda não me pertence.

 

Choro as mortes, lamentos faz

Parte da vida apressada, monotonias

São escorregadias, não me curvo.

 

Colho caminhos, estradas nunca

Percorridas me acendem, fixo

O infinito, ali está, os meus olhos

Marejam, sinto os açoites do vento,

Fagulhas perfuram-me, sou fogo que

Não se apaga, sou destrinchador

De palavras passageiras.

 

Nada é eterno, só os papéis amarelam

Com as toscas letras tortas que clamam

No deserto dos corpos, pueris

Sonhos, retratos em preto & branco

Fazem parte das paisagens, que faz

Os meus olhos brilhar.

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

apoesiadeclaudiosemasas

És mais do que amor, capitulo


Esqueço de mim, entro em

Redemoinhos, sou espumas,

Aniquilo-me, rendições

Incondicionais, não protesto,

Resigno-me, sou amor, o

Seu amor.

 

Não protesto, declamo na

Praça vazia a última poesia que

Fiz para você, a minha voz invade

Os espaços, o eco me entendem.

 

Não esmoreço perante o sol

Escaldante, a brisa me afaga,

Em voleios me alcanço, sou leve,

Sou plumas, sou o fogo que arde,

Dentro do meu peito clama...

 

Te perdoo na distância, sou

O grito alucinante que não explode,

Sou anjo, capitulo, explode coração,

Exclamo.

 

Ergo-me, procuro a tua imagem

Nas nuvens, as previsões vaticinam:

És mais do que o amor que devoto a

Ti.