quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

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O despertar de um poeta

 


O poeta sonha acordado,

Sonha com o amanhã ainda

Em gestação precoce, sonha

Com o amor latente, com

Os raios e tempestades do

Dia 4 de dezembro.

 

O poeta sonha com as proteções

De Santa Bárbara, turbilhões

De inspirações não calam, declamações,

Devoções que não o assombra e

Nem o deixa esmorecer.

 

Afinal todos nós somos poetas,

Quer pela pequenez dos pecados

Temporais, ou perdões que não chegam.

 

O poeta ouve ecos silenciosos, mergulha

Entre brumas passageiras, entra sem bater,

Ama como se fosse um deus de ébano,

Perfuma a amada, transpassa em favor

Das inspirações concebidas, dorme

nos braços estendidos da alcova,

entre fronhas,

travesseiros e lençóis, transparentes.

 

Os pesadelos são anunciados, o factual é vero,

Como disse o folclórico poeta insano:

"nem toda ausência é presença"

 

Então, o poeta regozija-se ao se despedir do sol,

beijar a lua que fecunda novas sementes

para o amanhã poetizar, com o esquecimento

dos acontecimentos, que não o impediu de sonhar.

 

Afinal, um poeta não tem honra em

Sua terra, a seara continuam, a colheita

Esta salva, os ceifeiros nem sempre

Colhe uma poesia, composta pelo

Poeta acordado.

 

 

Cláudio Luz

 

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