Sinto
Desejo, sinto
Desejo beijar os seus lábios vermelhos, afagar os seus
Pretos cabelos, em plena Palestina, tirar as suas roupas na madrugada,
Sentir os seus olhos entre fagulhas, como diamantes negros,
Ofuscando o pratear do brilho da lua em derredor
Dos raios solares que me encantam.
Desejo te afogar em caricias multicor, desejando sentir a
minha
Pele morena que é a tua, no resplendor dos meus sonhos, que
Sonham por ti desde quando não a conheci em outras
Vidas, utópicas, sonhos meus, devaneios talvez
Nossos entre nuvens encorpadas, douradas entre
As suas sobrancelhas calientes, virtudes das distâncias
Que nos separam em plena primavera que não prevaricará
Em nosso desfavor, adormecidos que está nos breus do final
Do túnel, ofuscando a luz do fim, aonde talvez habitem as
Nossas solidões
incontidas no claro da noite sem fim.
Sim, Desejo sim que antes, menos antes dos nossos desejos
Incontidos encontrem-se, sim entre corpos, entre beijos e
caricias
E sussurros que nunca nos esquecerá.
Desejamos sim.
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