terça-feira, 19 de novembro de 2019

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Rayos Gama
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Rayos Gama que os seus olhos emitem,

Entre o nascer e o pôr do sol, que aquece-me antes do verão

E das orações matinais que elevo aos anjos por ti.
Os lagos refletem sua silhueta em noites de luas,

Estrela guia que me beija entre véus, que cobre o seu rosto

Cor púrpura, alma que sem querer encanta-me quando

A vejo passar, como desfilando entre passarelas,

Como uma menina, gata faceira, de olhares que não traduz

Os enigmas que tento decifrar, em vão.
Entre fantasias te saúdo com olhares, alma e sorriso que você

Só entenderá no verão que está por vim entre Rayos Gama

Que renascerá você como Águia e eu como poeta te adorando

No imaginário altar, entre luzes e o seu doce sorrir.



Entre os acordes

Sou sempre o que você pensa, entre acordes e juras de amor,

Onde estás que não respondes asas de águias ou de tigresa,

Talvez pantera insone.
Entre shows relembro-me do beijo roubado entre luzes negras

E ares de neons que destacava o seu nome,

Entre acordes e sustenidos e beijos roubados,

Músicas utópicas de quem não sei.
Dançávamos entre nigth and day, Cuba libres, moijitos,

Degustamos com prazer,
Whisky On the rocks, três pedras de gelos e um beijo,

Que nos levavam entre estrelas, Versuvio, talvez Bataclan,

Entre idas e vindas de espumas flutuantes,

Embalos de Sábados a Noite que nunca nos separará.
Agora ouço Charles de Aznavour cantando: She.

Kiss me kiss em outras palavras.


Entre nuvens

Entre nuvens,
Que engole sonhos que ainda não vamos ter,

Num dia comum, sem eventos ou o melhor que está na taça

Que eu agora solvo, sentindo os seus lábios no meu,

Que me Amordaça sem estar dentro de ti.
Queria estar, entre os momentos que você me preencheria

Com a sua ausência, entre músicas e sussurros,

Sem gritos, rompendo o sétimo selo, que nos aguarda em vida,

Talvez ainda teremos, antes longe, mas perto do seu coração,

Que apela, antes do verão que está pra chegar,

antes do relâmpago, enquanto o seu coração não começa

a pulsar por mim.
Ah, nuvens, entre nuvens afins.



Um beijo, caro que fosse

Um beijo, caro que fosse eu tornaria o teu corpo pra mim e você,

Não como um insensato, voltaria.
Como raios e beijos, entre o cair da tarde que se anuncia,

Entre as suas pálpebras, Iris que me compõe, entre séculos,

Amém, quando a tornarei a tê-la em meus braços,

Por querer te amar.
Sei que não voltarás, quem sabe?
Entre plágios do amor que disputamos entre mim e você

Que não sabemos por quer não foi um Skyline Pidgeon,

Ou um Philadelphia Freedom.
Mas, Amém, assim o sol nascerá sem te ferir,

Sem derrotas ou glórias, não sei!
Existirei, entre o existirei, que me une a você.
Eu não existo sem a sua Paz.



Minha República Itajuipense

Minha República nasceu no Sequeiro de Espinho,

Depois Pirangi, desde ontem Itajuipe.
Entrecortada por serras com nomes de madeiras fortes,

Tipos Vinhaticos, Massarandubas, banhadas pelo Rio Almada,

Lagos, das antigas lavadeiras, que singra para as terras do

São Jorge dos Ilheos.
Olhos nus, artérias sensíveis, amores indesejados

Vindo dos que somente pensam em sugá-la,

Vestindo-a de remendos quando terias que estar vestida de sedas

E cetim.
Triste republica, bailes da Ilha Fiscal, ilusões latentes,

Vazias, que me inspira Elegias, em vez de Poesias.


No dia em que não me encontrei

No dia em que não me encontrei, entre os espocar dos fogos,

Centelhas de vida que se esvaindo foi numa noite de verão.

Quando eu pensava que ia viver pra me tratar das dores

Que trago até hoje no coração que agora só angustia-me.
Os pensamentos me subtrai, na velocidade dos raios

Que já não me faz vida entre neblinas e luzes que me chamam

A vida.
Observo os orgasmos do tempo, vida que talvez se

Entregue entre a vontade de ficar, talvez que eu queira ir.
Na penumbra escuto sussurros que impede-me de ir,

Para onde não quero ir.
Vejo luzes que me arrebata, entre ondas que ainda ama

O meu corpo que já não irá a ti.
Ouço músicas que me revive entre ondas e luzes,

Plena vida que não está pronta prá ir.
Agora sou versos, ante-salas, e espumas flutuantes que ainda

Deixa-me viver sem querer partir.

 

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