Entre escolhas
Escolhemos sonhar com todas as coisas necessárias,
Imobilizando reminiscências que
conservamos na memória,
Entre erupções que afloravam como
elos, dando sentido
Ao que passou.
Dançávamos pensando que o mundo não
desabaria,
Éramos otimistas, certos de que seria
Da maneira que escolhemos,
ocupando-nos, as vezes
Com o trivial, que não merecia lutas,
e sim danças.
E como dançávamos, sonhando que nunca
perderíamos a
Noção entre drinques, esperando os
próximos acordes
Que norteariam o novo dia que estava
por vir, cheio de estrelas
Continuas, sorrindo em duetos,
pensando
Que as nossas escolhas nunca
acabaria.
Ocupados continuávamos deslizando
entre estrelas,
Desviando-nos do ocaso,
entregando-nos, vagando incompletos,
Escolhendo que viveríamos a vida que
escolhemos, onde
O amor seria amoral, nunca insano,
dando continuidade a ilusões,
Sonhando como eram aquelas
madrugadas, que não morríamos, e se
Morríamos, uma nova luta aflorava no
espelho d’agua,
Entre gotículas que teimavam entre as
bifurcações,
Que nos levou a outros caminhos, A
outras escolhas,
Entre dias e noites insones, que não
nos deixou perpetuar,
Deixando simplesmente escolhas
Inacabadas no ar.
Love, amor
Love, amor que me fere,
Na calada da noite, que me desperta
fazendo-a
Renascer da escuridão onde sua luz
não está.
Sou amor vagabundo, triste entre
estradas e percussão,
Acordes de violões e vozes
Empostadas que falam de amores que se
foram
Suplico ao garçom, mais uma que trago
de uma só vez.
Observo o seu vestido que
Não é vermelho, mas cor de luto
quando você não mais me quer.
Percorro ruas, vestido do roto amor
que você não
Quer mais me ofertar.
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