sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

APOESIADOSEXTOUUUUUU

Entre escolhas

Escolhemos sonhar com todas as coisas necessárias,

Imobilizando reminiscências que conservamos na memória,

Entre erupções que afloravam como elos, dando sentido

Ao que passou.

Dançávamos pensando que o mundo não desabaria,

Éramos otimistas, certos de que seria

Da maneira que escolhemos, ocupando-nos, as vezes

Com o trivial, que não merecia lutas, e sim danças.

E como dançávamos, sonhando que nunca perderíamos a

Noção entre drinques, esperando os próximos acordes

Que norteariam o novo dia que estava por vir, cheio de estrelas

Continuas, sorrindo em duetos, pensando

Que as nossas escolhas nunca acabaria.

Ocupados continuávamos deslizando entre estrelas,

Desviando-nos do ocaso, entregando-nos, vagando incompletos,

Escolhendo que viveríamos a vida que escolhemos, onde

O amor seria amoral, nunca insano, dando continuidade a ilusões,

Sonhando como eram aquelas madrugadas, que não morríamos, e se

Morríamos, uma nova luta aflorava no espelho d’agua,

Entre gotículas que teimavam entre as bifurcações,

Que nos levou a outros caminhos, A outras escolhas,

Entre dias e noites insones, que não nos deixou perpetuar,

Deixando simplesmente escolhas Inacabadas no ar.

 

Love, amor

 

Love, amor que me fere,

Na calada da noite, que me desperta fazendo-a

Renascer da escuridão onde sua luz não está.

Sou amor vagabundo, triste entre estradas e percussão,

Acordes de violões e vozes

Empostadas que falam de amores que se foram

Suplico ao garçom, mais uma que trago de uma só vez.

Observo o seu vestido que

Não é vermelho, mas cor de luto quando você não mais me quer.

Percorro ruas, vestido do roto amor que você não

Quer mais me ofertar.

 

 

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