segunda-feira, 27 de novembro de 2023

apoesiainiciantedasemana

Devemos Amar


Mesmo com o langor que nos consome,

Devemos amar, incondicionalmente,

Tendo a solidão que nos desperta,

Entre as hecatombes diárias que sangra o mundo em soluços.

Devemos amar, quando não há mais tempo

Para a pausa da tarde, que nos contempla em silencio

Como na Idade das Trevas, entre lamentos, presos

Nas escuridões dos breus, sem tocas,

Deveríamos ter nos amado quando o ultimo

Acorde foi solado pelos violinos ensombros,

Após um dia imediato ao ontem.

Teremos chances de nos deixarmos amar,

Após a dança traçada entre passos perdidos

Na ultima noite de verão.

Devemos amar, devemos amar

Entre o diapasão que envolve os nossos sonhos

Sem calafrios, ou frisson, mas com a sensação de prazer intenso, de ferir

A alma, repleta de razões impedidas, que a nossa pálida razão esconde o

Infinito, uma felicidade em demasia.

Onde não mais procrastinará “O Devemos nos amar”

Flutuando entre as razões que nos leva ao amar abundante

Imersos na ventania incessantes.

Que venha o dia que consigamos a chance

De ficarmos como Nossas almas,

Minha alma, sua alma

Nossas vidas unam sacrossantas, cheias de

Amor intempestivo na nova noite que

Avizinha-se iluminado pelo Solstício de verão,

Vamos nos Amar!!!

Amor entre o céu e o inferno

Encanto-me com a luz dos relatos do meu

Coração, às vezes traiçoeiro, sob luzes cândidas e

Otimistas, que coleciono de certas épocas em que te amei.

Não me surpreendo dos momentos espetaculares, que se

Históricos fossem abalariam o mundo, que ainda é

A nossa razão de viver, entre gangorras, oscilando

Entre as cordilheiras dos Andes e o rio que banha o

Madagascar, em tempos de guerras ostrascisticas,

Pelas quais nos exilamos em dois mundos opacos, sem

Prisões aparentes, sem humilhações ou quedas, que é

Trivial nos corpos que se separam entre o céu e o inferno,

Que não é a Divina Comedia, de Dantes, enquanto navegantes

d’agora em diante, compondo poesias em linhas oblíquas,

Dissimuladas, congelando o tempo que um dia responderá pelas grandes

Vitórias, pequenas derrotas, sem quedas ou cicatrizes,

Que mesmo tentando não incendiaram os nossos corações,

Menores, reflexivos, entre o nascer das nossas luzes,

Não mórbidas, que nos impressionavam

Nos momentos, nas sombras que emanava do crepúsculo, enquanto

Fazíamos caras e bocas, figurando o amor que

Já pode retornar para os nossos braços e abraços,

Envolto em luzes, presentes no lado oculto da lua

Aonde os astronautas não poderão impressionar-se, com

O prateado do sol, refletindo entre ondas que

Emanam do mar da tranqüilidade, no lado crescente,

Das estrelas cadentes, quando decidiríamos o nosso

Amor, talvez renascendo da luz ou das trevas que procura nos ocultar

De um novo Armageddon que um dia virá como um Te Deum ou

Quem sabe com o Pas de Deux.

Cajango

Deito-me junto ao teu corpo na serra da

Temerosa, Serra adoniana, filha de suas ficções

Que até hoje nos transporta para aventuras nunca

Por mim, ou por nós ditos defensores da cultura

Local, caminhadas.

105 anos nos separam, visito a praça denominada,

Não vejo um bouquet de flores depositadas entre o seu

Busto e o Almada, no Sena talvez.

Sinto o pulsar daquele papo amarelo que

Repousava no antigo memorial, surrupiada por alguns jagunços

itajuipense, talvez.

Adonias Filho, onde estás, porque os conterrâneos

itajuipenses  hoje não lhe fez um repousa de Paz.

Saudades da Rua do Cacau

Noites de sonhos, noites na Rua do Cacau

Oficialmente Rua João Evangelista, que não era o santo,

Madrugadas adentram pedaço de mau caminho dos jovens, para os velhos Antros de perdição.

Cheias de Graças doces meninas, ventre ilusionistas, decotes generosos Para o momento final.

Inicio de noite, músicas duvidosas e gostosas soavam como orações,

Danças coladas, fungadas no Pé do cangote, confissões entreouvidas no Salão cheio de penumbras entre idas e vindas de mulheres ao luar em busca De um par.

Mesas fartas e repletas, quartos furtivos transformados em alcovas de Juras e perdões.

Entre paredes se ouvia!

- Você volta amanhã?

-Volto!

- Estou te esperando, você sabe que é o único homem da minha vida,

Pura ilusão.

Bar do Chico, Barraca de zinco do Dedê, Cabaret de Flávio, Roupa Velha de Manhoso e Baixota, Quiosque da Tilú, tínhamos a Brasília Velha e a Nova, a Boate Cinderela.

Luz Negra refletiam a meia luz no meio do salão como céus de estrelas.

Cachaça da boa, cervejas geladas, bebidas quentes, uísque com guaraná, Falsos cuba-libre, pois a noite era longa para as meninas acasalar mais e Mais.

Mulheres tinham nomes Madalena, Biô, Escurinha, e até nomes exóticos Borboleta, Maria Pitú, Boca de Cabelo e Carrola, que na Pia Batismal

Recebeu o nome de Crispina.

Tinha até o Diploma, que vagou pelas ruas até o último acorde do Cisne Negro.

Tinham visitas corriqueiras as Farmácias de João Adry, Antonio Mansur, Tonho Buguelo, para curar as sequelas deixadas de uma noite de falso amor.

Tinham joias falsas, cortes de tecidos, perfumes, pó de arroz e Rouge para

Embelezar e perfumar as noites de falso amor.

Tinha também autoridades, Delegados, Policiais e Comissários de Menores Eram as Forças armadas pra botar ordem no lugar,

Tinha corpos estirados, faca, facão, tiros e até gilete navalhas asfiadas.

Quem não se respeitasse era brindado com algumas horas no Abaixadinho Da Chefatura local e quicas descanso eterno nas Palmeiras da Saudade.

De lá saíram professores, contadores, advogados e quicás médicos

Nem todos foram produtos do meio, mas, viveram no meio da eterna Rua do Cacau.

Casca de poesias

Sou a casca que exala

Poesias sobre o seu corpo, no sul da Bahia, ao lado das incidentes poeiras do

Plano Eterno, dos seus sonhos que naufraga

Agora no Templo do Almada, que copiosa me inspira nesta manhã.

Não sei a estação que

Rege-nos no leito ornamentado nas águas

Escuras dos lagos que agora nos lavam, em

Busca de claridades, oportunas talvez, ao te

Despir, para te cobrir com as minhas

Cascas poéticas que agora te despe para

Se tornar musa.

Talvez um sonho pra ter você

Tempo de tempestade que molha o resto do meu sorriso depois

Que você se foi ou deixou-me ir,

Desde que não estamos mais juntos tudo que eu faço é rezar,

Pois amar é inversamente desproporcional quando você não está

Mais junto a mim.

Recolho-me a solidão distante, somente uma palavra, não

Uma frase que completaria o sentido do quanto ainda te amo

Enquanto espero passar a tempestade, a tempestade e ter você

Em meus braços sussurrando eis me aqui.

Ah, o nosso amor que demora de se recompor, apesar de latente,

Apesar da distância não andamos no sol como antes, nem nos

Banhamos no porvir das estrelas que enfeitavam os seus cabelos

Em noites de festas, quando ouvíamos que tristezas não nos

Pegaria nas madrugadas lúdicas, esperando o sol nascer.

Tudo que eu tinha dentro de mim ficou contigo,

Eu sei exatamente o que eu digo,

Hoje não é ontem

E todas as coisas têm um recomeço,

Ou isso é uma visão em minha mente?

Palavras, somente palavras, mas também uma frase para dar sentido:

Eu te amo, ou isso é um sonho em minha vida?

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