Chuvas que lançam
Destemida entre correntes, elos que nos une,
Luz cadente que não nos separam entre ventos e uivos,
Entre areias e pedras vulcânicas que transbordam
No Rio Almada.
Tristes almas que vagueiam entre ruas de buracos,
Que guardam solidões, por onde circulo com meu coração
Disforme pelas últimas chuvas primaveril.
Embora as ações dos decaídos, sem asas, sem sensibilidades,
Que não enxergam que o rei está nu, na procissão o acompanham
Como trovões, gritam aquilo que passou em suas vidas,
Com os corações gemendo aquilo que não deixaram passar.
Entrecortando a cidade desnuda, expira rumo ao campo santo
Que está prestes a sumir, entre o que de pior porventura vier.
Sombras, nada mais
Engraçadas são as nuvens que me observa e se esconde multiforme,
Entre o calor do sol e ameças de chuvas que talvez amaine
O fogo que vem de dentro de ti.
Chuvas de verão virão, entre tempestades beijarei o seu corpo,
o seu ventre, entre violinos talvez.
Talvez balbuciarei, cantando acalantos, vem mininar com
Um jeito bom de menina.
Sombras que me envolverá, nada mais a mininar, menina!
Feira de Natal da Breitscheidplatz
Tomara que o verão que se inicia, impreterivelmente amanhã,
Não tenha as marcas da Feira de Natal da Breitscheidplatz,
Que mais uma vez nos traz lágrimas, após a primavera
Da Chapecoense, ou da Boate Kiss, de triste memória,
Tragédias nossas.
Como vou saber?
Qual Natal vai nascer em nossos corações,
Combalidos pelas privações do dia-a-dia,
Que nos leva de volta a idade das trevas,
Enunciados pelos falsos profetas do cãozinho
Do sétimo livro, escrito por sucinto ser.
Estamos em dores de parto, igual ao mundo
Que aqui e acolá nãos nos das tréguas desde
O nascer do dia a escuridão da noite, que não nos dá
Tempo de vida para procriarmos enxaquecas, que nos
Leva a refletir Santo Agostinho: “Ó torpe minha alma,
Que saltando para fora do santo apoio, te lançavas na morte,
não buscando na ignomínia senão a própria ignomínia?”, em
Momentos solitários, que nos atormenta nas
Noites traiçoeiras que
Serão encobertas pela próxima aurora,
Que não nos mudará por sermos um ser social, frágil demais
Para viver sozinho, mas quando nos aglutinamos para
Fazer o mal,
Somos feras despertas, distribuindo o mal incomum
Que nos é peculiar.
Afinal!! "Ser ou não ser, eis a questão", num mundo filosófico
Que almeja a paz, mas faz guerra por falta do que fazer.
Cortaram a luz do final do túnel, da pouca racionalidade que ainda existiam
Em nós... “Nós quem cara pálida”
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