sábado, 2 de dezembro de 2023

APOESIACOSMICA

Infinitamente Cósmico


A poeira cósmica invade os meus pensamentos,

Como podes, dizer que me escondo de ti,

Que não me deixo ver?

Na verdade, eu brilho nas poeiras infinitas, mas

Tu não olhas para mim que não sou nem tanto cósmico

Assim.

Incompreensível, a minha poeira é mais mistérios,

Opacos não.

Além do mais mistério sempre há de existir, no infinito

Que agora chora copiosamente, aquietando

A Min ‘alma ensopada em pleno inverno primaveril.

Não me pergunte o que faço da vida, a razão porque vivo,

Pois eu também não sei

Porque não sei.

Não me pergunte se chove lá fora

Porque também não sei.

Não me pergunte por que existem guerras

Abaixo dos céus cósmicos, te direi que também não sei.

Mergulho agora o “nirvana”, para encontrar tantas emoções que

Desperte sensações siderais de grande paz, para

Bailar contigo, entre poeiras cósmicas e néons.

Não precisa nem me abandonar, acaso sim, irei

Como argonauta num barco de papel crepons

Em ékstasis siderais.

O teu olhar

O teu olhar que me levava ao paraíso central,

Entre promessas, acenos não imorais que me desnudava.

O teu olhar, cor de ébano, quando me incensava,

Chamas de ébano, entre o teu olhar e o meu.

O teu olhar me faz(s)cinava quando te encontrava nas esquinas,

Entre idas e vindas, eterno sonhar.

O teu olhar que me beijava entre aquarelas,

Caleidoscópio

E mandalas e amuletos que fazia ser de ti.

O teu olhar que me amava, entre momentâneos desejos,

Lampejos, brilhos e arroubos que me fazia olhar o teu olhar.

Entre luz tênue e lençóis

Reviro-me entre lençóis olhando as estrelas espelhadas no teto

Dos seus olhos, que caem molhando o meu corpo, envolvendo

As recordações febris,

Relembro as coisas certas que fiz erradas e erradas que eu fiz certo

Para não você não me deixar partir.

Não estou aqui pedindo uma segunda chance

Que me dê razão, mas não me dê escolha

Pra cometer o mesmo erro outra vez.

Reflexões ah, reflexões tardias que se esvai entre os nossos

Corações perdidos não sabem onde, entre as estrelas que caem,

Quando saio porta fora e subo a rua cantarolando aquela musica

Profana que não sai dos seus ouvidos sempre atento para

Escutar uma nova canção, inusitada, colhendo um novo sentido,

Entre almas furtivas que percorre labirintos, como errantes

Que somos percorrendo estradas cujo destino nos

Levará a nos reencontrar quem sabe, entre luz

Tênue e lençóis.

Amor em tempos de Apocalipse

Sinto uma vontade de dizer sempre “Te Amo”,

Fazendo uma sagrada união, cabalística, cheia

De esoterismo, sem efeitos conspiratórios, contrito,

Emanando sentimentos incontroláveis e uníssonos,

Sem fabulas, dançando farândola, com um bando de

Desprovidos de amor próprio, talvez.

É fantástico dizer “Eu te amo”, soando ao som de Love Hurts,

Hospedando-nos no talvez Hotel Califórnia, como águias,

Percorrendo o Rio Almada, de um extremo ao outro, em

Direção ao mar.

Quem sabe se um dia colherás memórias, escritas

Em papiros, pelos padres do Deserto, solvendo meias-taças,

Envolta em meia-luz, emanadas, através da meia-noite, cor

De chumbo, ardiloso, como se fosse uma argonauta, em busca

De novos anjos, para anunciar uma nova paróquia, entre parênteses.

Agora forjados como se fossemos novos profetas, anunciando o apocalipse

Segundo O amor, entre os céus e a terra, que nos resgatará após o enlace,

Prescrito no vigésimo capítulo, do livro inicial dos nossos sonhos,

Sonhados, entre uma Parole, ou um dizer ou não.

Preciso te dizer sempre que Te Amo!

Águia Dourada

Ela era uma águia, alçava voos no meu coração

Que queimava como as cinzas da Fênix

Brotando beleza e amor.

E “Dourada” era o seu nome

Os seus olhos eram de cristal

Fazendo-me um louco homem

Adormecendo na noite escura que era sua

Brotando o que jamais se consumou

Ela tinha isso

Quando eu era o porto seguro

Ela era o fogo, em seu desejo

De querer ficar livre para sempre e voar entre sonhos,

Entre a terra e a lua, eternos sonhar

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