Quando o equinócio chegar
Quando o equinócio de outono se aproxima É a afloração da Primavera tal como solstícios
Que banham o seu corpo, os seus cabelos
Repletos de flores primaveris, que não
Ofusca a sua beleza natural.
Os astros circulam em cirandas.
Vejo-te no caleidoscópio quando você me decifra,
Manuseando cartas de Tarô, reencontrados.
Os nossos sonhos e destinos, encontrando-se agora,
Embriagando-nos, decifrando com esoterismos os
Próximos passos que iremos nos iniciar.
Somos enamorados como almas gêmeas, somos o ar
Que respiramos, sou justo, eu libriano você capricorniana.
Ascendentes em noites de poeiras boreais.
Somos cumplices, leais e amantes excelentes, quando
A primavera está para florescer.
Somos amantes da liberdade, presos numa única
Corrente que agora não nos aprisiona.
Somos livres para aguardar os próximos solstícios e
Equinócios que nos mostrará o caminho que
Não nos separará.
Seremos sempre uno, iluminados
Pelo trino e pelas constelações que povoam
O infinito que um dia nos vestirá.
Plantei otimismo, esperanças e utopias
No último verão, a colheita está próxima,
As flores começaram a brotar espalhando doces perfumes.
Nos meus sonhos primaveris
O Rio Almada, em seu bailado se esvai para o mar,
E do horizonte já aponta o despertar solene do meu coração
Trazendo o afeto que não se encerra.
As serras dos Vinháticos, da Massaranduba e demais descortinam-se
Rumo ao firmamento luzidio e imponente no longo período que nos abrasará,
O lagos com seus espelhos d’águas refletem os sonhos dos amantes
Pelas madrugadas calientes em busca de paz.
O sol escancarado suplica a lua encantada que adie por alguns momentos
O final da tarde para que as estrelas sejam refletidas nos seus
Raios com pouca luz.
É a primavera que chega!
Caminharei a passos largos para colher
A rosa antes cálida e agora crescente que roubará o meu
Coração.
É a primavera.
É o tempo e o vento em cumplicidade,
Transportando-nos para a alcova, onde acontecerá
A nossa talvez eterna, doce união...
Como vinho te fez vinho, noites, distâncias, desencontros
E nuvens que nos ofuscava em noites e dias.
Deus te deixou livre, te amamentou quando você precisava viver,
Verbo sol nascer e a esperança vida brotar.
Não fiz orações, mas no fundo da alma Deus me ouviu,
Preces que não fiz, orações que não elevei.
Pela vontade de Deus estamos aqui como ósculos,
Não com opróbrio, somos vidas plenas como se fôssemos
Procriados agora, brindo com vinho agora o nosso reviver.
Bebo-te numa final de semana no Bataclã, ouvindo Bee Gees,
Nos embalos de sábado a noite na eterna de São Jorge
Dos Ilhéos.
Amar-te é ilusão, mas estou próximo.
Enfim o equinócio primaveril,
Banharei-te entre órbitas aparentes,
Eclíptica talvez.
Consulto o Zodíaco, vejo-a no
Caleidoscópio por não saber jogar runas no inverno
que se foi.
Quem para mim sem nada pedir, que se entregou,
Como um passarinho, que almeja.
Liberdade pra sentir saudades do
Meu peito que arfante está.
Que venha o dezembro com o Solstício pra
Amarmos-nos, livre que seremos.
É Primavera,
As páginas estão separadas para serem prensadas
Na fornalha quente e febril,
Como um real desejo, que se expande entre o vazio
Do ontem e o preenchido hoje, banhado
Pelos raios do sol que ilumina os nossos rostos e
Almas sedentas pelo amanhã que advir.
O nosso lagos ainda está derretido,
Embora no escuro, toda a água verde que ainda estar
Por vir, eu não acho que possa levá-la.
Lembro-me do vestido vermelho e negro,
Enfeitado como ondas, indo e vindo entre
O devanear da luz e os sonhos pueris da lua que inundavam
A minha mente, que exorbitava entre o vadiar
E o ressumar, quando havia uma nova canção no ar
Dedicada a você.
Hoje esperando você olho para o sol
Meditando, sobre os amores que tive e
Depois de todos os amores da minha vida
Que tive de deixar, concluo que você ainda vai ser a única que adorarei,
Vendo em seus olhos as coisas que eu desejo, transmutando
O fluxo da paixão, como as artérias dos rios universais, que singra
Através dos céus, brilhando no escuro, observando
Calmamente as águas passar, libertando esse amor encravado
No meu coração que exclama...
Novamente:
“Deixe-me estar”
Realmente, ainda há uma luz que brilha em mim!!!
Em algum lugar meu amor, quando chegar às esperanças da Primavera,
Colocarei uma tiara de flores sobre a sua cabeça, e
Cobrirei com as minhas fantasias, colhidas em algum lugar cósmico,
Nas colinas, talvez, aonde há sonhos e tudo o que seu coração pode
Suportar,
Onde a noite e o dia tenham a mesma duração eterna,
Como o nosso predisposto sentimento, que o tempo
Não apagará.
Espero que Você venha para mim como um vento suave, como um
Lugar ao sol, que de intenso, acalma a queda de um anjo ascendente.
Então, minha alma gêmea, você mergulhará em mim, num dia em que a
Primavera romperá o sol da meia noite, quando
Não mais existir ilusões perdidas e nem perdidos ecos,
Nas asas dos escaravelhos do Nilo, que empurra O deus Rá,
Por toda sua trajetória durante o dia, até o entardecer...
Sonho por você,
Como se estivesse deitado num banco
Perdido na Alexanderplatz, observando as cidades
Do mundo, com as suas respectivas horas, amores
E desamores, tempo marcado, talvez, observando
As nuvens descompassadas pelo tempo ágil
Que já não reflete as mesmas imagens antes desenhadas,
Nas portas do Céu.
Medito já inerte, sob o cais, debruçando-me sobre o Rio Almada,
Que agora impávido, rompe o tudo que o impedia de
Singrar pelos os mares agora navegável com a relva
Que distribui radiante, o verde que nos inspira a amar.
Percorro a cidade nua, observo os transeuntes que vagueiam,
Entre achados e perdidos, flutuando entre as artérias que
Sangram, anunciando uma nova história que está por vir.
Acordo sobre os jardins suspensos da Praça Adonias Filho,
Porventura, nos bancos da Régis Pacheco, ouvindo os burburinhos
Que vem da Praça Manoel Agostinho de Santana e das Pitangueiras.
Ponho-me em oração no Templo Sagrado da Colina, ouvindo preces
Não repetidas como o sol que emerge no horizonte, anunciando
Um novo dia de Paz.
Deixo a Alexanderplatz, sem beber da água da Fonte da Amizade
Internacional, para banhar-me nas águas escuras dos lagos
Itajuipenses.
Quem dera que eu fosse Dr. Zhivago,
Amando Lara, não nos Montes Urais e sim as margens do Rio Almada,
Sob a direção de Bernard Attal.
Encantar-me-ia o anarquista Klaus Kinski, limpando os sangues
derramados no
Outubro Vermelho de 1917,
Levando-os para redimir a Primavera de Praga,
Ouvindo Dubcek ecoando a nova revolução do Solidarność,
de Lech Walesa, que no combalido Brasil, não demora aflorar.
Que venha os “Magníficos”, armados com “A Coleção Invisível”
que temos que enxergar.
Liberté, Égalité, Fraternité.
Que viva a Pátria, que chova arroz!!!
Invocando a frase “Não Passarão”
de Isidora Dolores Ibárruri Gómez “La Passionara.”
Chega de banquetes na Ilha Fiscal.
Rosa Luxemburgo rogue por nós,
Giordano Bruno Rogai por nós,
Danton rogue por nós.
Que os frutos do cacau digam amém.
La dolce Rosé ou Campari...
Não contarei mais hi(e)stórias, não farei
Mais versos do que eu sinto pelas utopias,
Emoldurada nas ondas, onde me afogo, entre o clarão
Da noite e a escuridão do dia.
Quero mais sentir o seu peito, arfante
Na madrugada, que antes nos identificava,
Pelos espirais que soturnamente se esvaiam nas
Madrugadas não senis,
Nos momentos em que o seu corpo desfalecia no meu.
Não quero mais alcançar o papel almaço que
Perdeu-se no tempo desde os últimos
Versos de Romeu para Julieta, by William Shekspeare,
Que nunca serão autentico se partir do meu coração,
Que por ti não bate! Apanha!
Melhor seria um Rosé ou um la dolce Campari,
Que completaria o infinito das minhas
hi(e)stórias, refletidas nas meninas dos seus
Olhos que contemplam o ir e vim da
Chuva, que caudalosamente enxuga
Os meus doces sonhos, que ainda sonham por ti!
Todas as formas de amor...
O meu amor é esotérico,
Firme como os raios solares que te sombreiam,
Nas últimas noites de verão.
O meu amor é cósmico quando tergiverso,
Em busca da última estrela que iluminará o seu santo ser,
Da minha alma sedenta, de prantos utópicos,
Que nos rondam incessantemente ao raiar do dia.
O meu amor é teosófico, avesso ao abstrato, não
Impossível de ser descrito, entre o céu e a terra.
O meu amor é conectivo quando une as nossas distâncias não
Paradoxais, presente em todos os momentos sem fim.
O meu amor é poético, na medida em que os meus
Sonhos se reencontram, no doce espaço do meu
Coração que clama por ti.
O meu amor é seu...
Feira de Natal da Breitscheidplatz
Tomara que o verão que se inicia, impreterivelmente amanhã,
Não tenha as marcas da Feira de Natal da Breitscheidplatz,
Que mais uma vez nos traz lágrimas, após a primavera
Da Chapecoense, ou da Boate Kiss, de triste memória,
Tragédias nossas.
Como vou saber?
Que Natal vai nascer em nossos corações,
Combalidos pelas privações do dia-a-dia,
Que nos leva de volta a idade das trevas,
Enunciados pelos falsos profetas do cãozinho
Do sétimo livro, escrito por sucinto ser.
Estamos em dores de parto, igual ao mundo
Que aqui e acolá nãos nos dá tréguas desde
O nascer do dia a escuridão da noite, que não nos dá
Tempo de vida para procriarmos enxaquecas, que nos
Leva a refletir Santo Agostinho: “Ó torpe minha alma,
Que saltando para fora do santo apoio, te lançavas na morte,
Não buscando na ignomínia senão a própria ignomínia?”.
Momentos solitários, que nos atormenta nas
Noites traiçoeiras que
Serão encobertas pela próxima aurora,
Que não nos mudará por sermos um ser social, frágil
Demais para viver sozinho, mas quando nos aglutinamos
Para fazer o mal,
Somos feras despertas, distribuindo o mal incomum
Que nos é peculiar.
Afinal!! "Ser ou não ser, eis a questão", num mundo filosófico
Que almeja a paz, mas faz guerra por falta do que fazer.
Cortaram a luz do final do túnel, da pouca racionalidade que
Ainda existiam...
Em nós... “Nós quem cara pálida”