sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Era uma vez, mais do que uma declaração

Era uma vez...

 


Numa pacata cidade próxima e além do Reino da Dinamarca, banhada pelo não menos, Rio Almada, que desagua na Capitania dos São Jorge dos Ilhéos, viviam dois adolescentes, que malmente se conheciam e que tocavam a vida cada um do seu jeito, seguindo a vontade imperiosas dos pais.

Por circunstâncias do destino nunca namoraram, apenas olhares inquietos, entre encontros e desencontros, as vezes em festas, o destino quis assim. Separação um pro Norte, o outro pro Sul.

Anos se passaram, e os jovens renderam-se as imposições, construíram vidas que se desfizeram como areias do mar, entre bonanças e tempestades que permearam a caminhada, em ter estradas opostas, sem esperanças de um dia sorrir com a tão sonhada vida feliz.

Após anos, um certo dia por dadivas de Deus, o reencontro após cinquenta anos, sem se encontrar, Se encontraram, lendo mensagens alheias, nos instrumentos que permeiam com o nome de “internet”.

- Você é a menina dos meus sonhos?

- Dos seus sonhos?

- Sim!

- Será!

- Você é Natalícia?

- Era o nome que eu deveria ter, mas esqueceram!

- Podemos nos encontrar?

- Sim!

- Você mora aonde?

- Entre o Norte e o Sul!

- Então, vamos fazer assim... Vamos a igreja e perante Cristo     conversaremos, pode ser assim?

- Devemos perante Ele, é...

E assim numa Quinta-feira, estava eu ansioso sentado no Templo, orando

E esperando o tão sonhado encontro, cinquentenário.

Orações, olhares penetrantes, buscando, aonde está ela? A tão

Sonhada, Natalícia.

Eis que surge na minha frente, entre bençãos, ofertas, comunhão

Com o Nosso Deus, presente, que nos fez reencontrar, num momento oportuno, que só Ele poderia realizar.

Conversamos, lembramos do passado, rimos por nunca ter namorado e nem tão pouco dançado nos bailes juvenis, buscando razões por tão longos anos que Ele não quis nos unir, só agora!

- Coisas de Deus, concordamos plenamente!

- Só Ele poderia que nos disséssemos sim.

E assim foi, como num rosário, debulhamos contas que registravam, alegrias, dores, decepções, mas enfim, naquele momento os nossos olhos já se encontravam, nos permitindo querer ser um só corpo, para trilharmos uma nova vida, novas esperanças, e assim combinamos que iriamos a partir daquele momento de o “Sim”, olhar na mesma direção, num só sentido de nos amarmos, nos entregarmos aos desígnios D’Ele.

E Assim foi feito. Juntamos os nossos filhos, netos, muitos sonhos de um mundo agora feliz, agora firme, forte, pois agora quem nos orienta é Ele (Trino), com as proteções dos Santos Anjos e dos nossos Irmãos de Luzes.

Enfim somos corpos e almas, almas gêmeas, nascidos para ser feliz!

E agora seremos felizes para sempre!

Para um Amor além da vida.

Te Amo muito Maria (Natalícia) Lucia do Rosário Santos. Minha Esposa e Mulher da minha vida!

 

Do seu amado, agora presente Cláudio Marcelo da Luz Souza.

terça-feira, 24 de setembro de 2024

apoesiadeclaudioluzdeclaração

Amo estar como você



Com Um Sorriso!

Agora que a primavera chegou

Eu acabei de acordar de

Um sonho, que eu nunca vou te

Dizer adeus, jamais.

Ainda sinto o calor do seu corpo,

Junto a mim, as flores de jasmins

Me faz ficar acordado, antes insone,

Beijando os seus lábios, afagando

Os seus cabelos, sentindo o seu

Cheiro, esquentando os seus calafrios

E dores percorridas, entre luzes

Que nos cobriam, num incessante frenesi.

Então eu vou te amar todas as noites,

Como se fosse a nossa primeira noite

De Cabíria, numa terra fértil

Que nunca terá fim, só redenções.

Como é bom estar ao seu lado, sem morrer,

Com sorrisos, nos nossos lábios flamejantes,

Sem esperar que o mundo se acabe antes

Do sol nascer, num pôr do sol perfeito,

Mergulhando entre estrelas, surfando

Entre nuvens, que não nos sufoca.

Nos faz leve como ventos uivantes e

Silêncios perenes, que só os nossos corpos

Sentem, entre explosões constantes e gemidos

Sem fim.

Agora perdidos nas palavras que gritamos,

Procurando certamente nos amarmos,

Todas as noites, jamais pensando em

Morrer, como se fosse a última noite.

Amo estar com você, sem pensar em morrer,

Como se fosse a primeira noite que começa

De novo a nos envolver.



domingo, 22 de setembro de 2024

Jesusamado

 Jesus Amado


Jesus Amado
Eu te suplico, Banha-me com o seu amor,
Cingi-me com tua cruz,
Apaga os meus pecados cobrindo-me
Com o vosso Santo Manto.
Envolve-me com os espinhos com que
Fostes coroados,
Prega as minhas duvidas com os santos cravos
Que te sustentaram na cruz.
Devolve-me os açoites que recebeste
Por mim.
Ah! Jesus Amado
O meu corpo vive entre os seus milagres
Diuturnos que me envolvem todos os dias,
Nessa peregrinação que são bálsamos
E tormentos, pelos fatos que se avizinham
Entre o nascer e o pôr-do-sol.
Daí nos as nuvens para ascender a ti
E encontrar refúgio no vosso infinito amor.
Venha Senhor Jesus
Abre os nossos braços em cruz
Para que não nos omitamos negando
Amor aos nossos irmãos.

apoesiadeclaudioluzeprimavera

Quando o equinócio chegar


Quando o equinócio de outono se aproxima
É a afloração da Primavera tal como solstícios
Que banham o seu corpo, os seus cabelos
Repletos de flores primaveris, que não
Ofusca a sua beleza natural.
Os astros circulam em cirandas.
Vejo-te no caleidoscópio quando você me decifra,
Manuseando cartas de Tarô, reencontrados.
Os nossos sonhos e destinos, encontrando-se agora,
Embriagando-nos, decifrando com esoterismos os
Próximos passos que iremos nos iniciar.
Somos enamorados como almas gêmeas, somos o ar
Que respiramos, sou justo, eu libriano você capricorniana.
Ascendentes em noites de poeiras boreais.
Somos cumplices, leais e amantes excelentes, quando
A primavera está para florescer.
Somos amantes da liberdade, presos numa única
Corrente que agora não nos aprisiona.
Somos livres para aguardar os próximos solstícios e
Equinócios que nos mostrará o caminho que
Não nos separará.
Seremos sempre uno, iluminados
Pelo trino e pelas constelações que povoam
O infinito que um dia nos vestirá.
É primavera!!!
Plantei otimismo, esperanças e utopias
No último verão, a colheita está próxima,
As flores começaram a brotar espalhando doces perfumes.
Nos meus sonhos primaveris
O Rio Almada, em seu bailado se esvai para o mar,
E do horizonte já aponta o despertar solene do meu coração
Trazendo o afeto que não se encerra.
As serras dos Vinháticos, da Massaranduba e demais descortinam-se
Rumo ao firmamento luzidio e imponente no longo período que nos abrasará,
O lagos com seus espelhos d’águas refletem os sonhos dos amantes
Pelas madrugadas calientes em busca de paz.
O sol escancarado suplica a lua encantada que adie por alguns momentos
O final da tarde para que as estrelas sejam refletidas nos seus
Raios com pouca luz.
É a primavera que chega!
Caminharei a passos largos para colher
A rosa antes cálida e agora crescente que roubará o meu
Coração.
É a primavera.
É o tempo e o vento em cumplicidade,
Transportando-nos para a alcova, onde acontecerá
A nossa talvez eterna, doce união...
Bebo-te
Como vinho te fez vinho, noites, distâncias, desencontros
E nuvens que nos ofuscava em noites e dias.
Deus te deixou livre, te amamentou quando você precisava viver,
Verbo sol nascer e a esperança vida brotar.
Não fiz orações, mas no fundo da alma Deus me ouviu,
Preces que não fiz, orações que não elevei.
Pela vontade de Deus estamos aqui como ósculos,
Não com opróbrio, somos vidas plenas como se fôssemos
Procriados agora, brindo com vinho agora o nosso reviver.
Bebo-te numa final de semana no Bataclã, ouvindo Bee Gees,
Nos embalos de sábado a noite na eterna de São Jorge
Dos Ilhéos.
Amar-te é ilusão, mas estou próximo.
Enfim o equinócio
Enfim o equinócio primaveril,
Banharei-te entre órbitas aparentes,
Eclíptica talvez.
Consulto o Zodíaco, vejo-a no
Caleidoscópio por não saber jogar runas no inverno
que se foi.
Quem para mim sem nada pedir, que se entregou,
Como um passarinho, que almeja.
Liberdade pra sentir saudades do
Meu peito que arfante está.
Que venha o dezembro com o Solstício pra
Amarmos-nos, livre que seremos.
Deixe-me estar
É Primavera,
As páginas estão separadas para serem prensadas
Na fornalha quente e febril,
Como um real desejo, que se expande entre o vazio
Do ontem e o preenchido hoje, banhado
Pelos raios do sol que ilumina os nossos rostos e
Almas sedentas pelo amanhã que advir.
O nosso lagos ainda está derretido,
Embora no escuro, toda a água verde que ainda estar
Por vir, eu não acho que possa levá-la.
Lembro-me do vestido vermelho e negro,
Enfeitado como ondas, indo e vindo entre
O devanear da luz e os sonhos pueris da lua que inundavam
A minha mente, que exorbitava entre o vadiar
E o ressumar, quando havia uma nova canção no ar
Dedicada a você.
Hoje esperando você olho para o sol
Meditando, sobre os amores que tive e
Depois de todos os amores da minha vida
Que tive de deixar, concluo que você ainda vai ser a única que adorarei,
Vendo em seus olhos as coisas que eu desejo, transmutando
O fluxo da paixão, como as artérias dos rios universais, que singra
Através dos céus, brilhando no escuro, observando
Calmamente as águas passar, libertando esse amor encravado
No meu coração que exclama...
Novamente:
“Deixe-me estar”
Realmente, ainda há uma luz que brilha em mim!!!
Não apagará
Em algum lugar meu amor, quando chegar às esperanças da Primavera,
Colocarei uma tiara de flores sobre a sua cabeça, e
Cobrirei com as minhas fantasias, colhidas em algum lugar cósmico,
Nas colinas, talvez, aonde há sonhos e tudo o que seu coração pode
Suportar,
Onde a noite e o dia tenham a mesma duração eterna,
Como o nosso predisposto sentimento, que o tempo
Não apagará.
Espero que Você venha para mim como um vento suave, como um
Lugar ao sol, que de intenso, acalma a queda de um anjo ascendente.
Então, minha alma gêmea, você mergulhará em mim, num dia em que a
Primavera romperá o sol da meia noite, quando
Não mais existir ilusões perdidas e nem perdidos ecos,
Nas asas dos escaravelhos do Nilo, que empurra O deus Rá,
Por toda sua trajetória durante o dia, até o entardecer...
Na Alexanderplatz
Sonho por você,
Como se estivesse deitado num banco
Perdido na Alexanderplatz, observando as cidades
Do mundo, com as suas respectivas horas, amores
E desamores, tempo marcado, talvez, observando
As nuvens descompassadas pelo tempo ágil
Que já não reflete as mesmas imagens antes desenhadas,
Nas portas do Céu.
Medito já inerte, sob o cais, debruçando-me sobre o Rio Almada,
Que agora impávido, rompe o tudo que o impedia de
Singrar pelos os mares agora navegável com a relva
Que distribui radiante, o verde que nos inspira a amar.
Percorro a cidade nua, observo os transeuntes que vagueiam,
Entre achados e perdidos, flutuando entre as artérias que
Sangram, anunciando uma nova história que está por vir.
Acordo sobre os jardins suspensos da Praça Adonias Filho,
Porventura, nos bancos da Régis Pacheco, ouvindo os burburinhos
Que vem da Praça Manoel Agostinho de Santana e das Pitangueiras.
Ponho-me em oração no Templo Sagrado da Colina, ouvindo preces
Não repetidas como o sol que emerge no horizonte, anunciando
Um novo dia de Paz.
Deixo a Alexanderplatz, sem beber da água da Fonte da Amizade
Internacional, para banhar-me nas águas escuras dos lagos
Itajuipenses.
Amando Lara
Quem dera que eu fosse Dr. Zhivago,
Amando Lara, não nos Montes Urais e sim as margens do Rio Almada,
Sob a direção de Bernard Attal.
Encantar-me-ia o anarquista Klaus Kinski, limpando os sangues
derramados no
Outubro Vermelho de 1917,
Levando-os para redimir a Primavera de Praga,
Ouvindo Dubcek ecoando a nova revolução do Solidarność,
de Lech Walesa, que no combalido Brasil, não demora aflorar.
Que venha os “Magníficos”, armados com “A Coleção Invisível”
que temos que enxergar.
Liberté, Égalité, Fraternité.
Que viva a Pátria, que chova arroz!!!
Invocando a frase “Não Passarão”
de Isidora Dolores Ibárruri Gómez “La Passionara.”
Chega de banquetes na Ilha Fiscal.
Rosa Luxemburgo rogue por nós,
Giordano Bruno Rogai por nós,
Danton rogue por nós.
Que os frutos do cacau digam amém.
La dolce Rosé ou Campari...
Não contarei mais hi(e)stórias, não farei
Mais versos do que eu sinto pelas utopias,
Emoldurada nas ondas, onde me afogo, entre o clarão
Da noite e a escuridão do dia.
Quero mais sentir o seu peito, arfante
Na madrugada, que antes nos identificava,
Pelos espirais que soturnamente se esvaiam nas
Madrugadas não senis,
Nos momentos em que o seu corpo desfalecia no meu.
Não quero mais alcançar o papel almaço que
Perdeu-se no tempo desde os últimos
Versos de Romeu para Julieta, by William Shekspeare,
Que nunca serão autentico se partir do meu coração,
Que por ti não bate! Apanha!
Melhor seria um Rosé ou um la dolce Campari,
Que completaria o infinito das minhas
hi(e)stórias, refletidas nas meninas dos seus
Olhos que contemplam o ir e vim da
Chuva, que caudalosamente enxuga
Os meus doces sonhos, que ainda sonham por ti!
Todas as formas de amor...
O meu amor é esotérico,
Firme como os raios solares que te sombreiam,
Nas últimas noites de verão.
O meu amor é cósmico quando tergiverso,
Em busca da última estrela que iluminará o seu santo ser,
Da minha alma sedenta, de prantos utópicos,
Que nos rondam incessantemente ao raiar do dia.
O meu amor é teosófico, avesso ao abstrato, não
Impossível de ser descrito, entre o céu e a terra.
O meu amor é conectivo quando une as nossas distâncias não
Paradoxais, presente em todos os momentos sem fim.
O meu amor é poético, na medida em que os meus
Sonhos se reencontram, no doce espaço do meu
Coração que clama por ti.
O meu amor é seu...
Feira de Natal da Breitscheidplatz
Tomara que o verão que se inicia, impreterivelmente amanhã,
Não tenha as marcas da Feira de Natal da Breitscheidplatz,
Que mais uma vez nos traz lágrimas, após a primavera
Da Chapecoense, ou da Boate Kiss, de triste memória,
Tragédias nossas.
Como vou saber?
Que Natal vai nascer em nossos corações,
Combalidos pelas privações do dia-a-dia,
Que nos leva de volta a idade das trevas,
Enunciados pelos falsos profetas do cãozinho
Do sétimo livro, escrito por sucinto ser.
Estamos em dores de parto, igual ao mundo
Que aqui e acolá nãos nos dá tréguas desde
O nascer do dia a escuridão da noite, que não nos dá
Tempo de vida para procriarmos enxaquecas, que nos
Leva a refletir Santo Agostinho: “Ó torpe minha alma,
Que saltando para fora do santo apoio, te lançavas na morte,
Não buscando na ignomínia senão a própria ignomínia?”.
Momentos solitários, que nos atormenta nas
Noites traiçoeiras que
Serão encobertas pela próxima aurora,
Que não nos mudará por sermos um ser social, frágil
Demais para viver sozinho, mas quando nos aglutinamos
Para fazer o mal,
Somos feras despertas, distribuindo o mal incomum
Que nos é peculiar.
Afinal!! "Ser ou não ser, eis a questão", num mundo filosófico
Que almeja a paz, mas faz guerra por falta do que fazer.
Cortaram a luz do final do túnel, da pouca racionalidade que
Ainda existiam...
Em nós... “Nós quem cara pálida”

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

apoesideclaudioluz27deoutubrode1992

Elegia para Minha Mãe Maria da Glória da Luz Souza (Glorinha)*


A madrugada calou-se, transformando-se numa

Manhã cinzenta, talvez bela.

O dia em lágrimas se desmancha!

A chuva agora é um Tributo de Deus por

Ter lhe chamado para não viver, mais entre nós.

Já não está mais aqui, agora é a sua aura espiritual

Que nos fortalece.

Choro como filho, como poeta, agora são

Pensamentos em adágio.

Relembro as lições de vida que me propôs, como se

Em viagens estivéssemos.

Agora as palavras são sufocadas pelo esquife que

Adorna o seu corpo, agora inerte.

És rosas perfumadas, deixando para nós

Um rastro de lembranças, és agora a

Esperança de Deus a nos consolar.

Deus é bom!

Deus é Pai

Deus agora é o amor

Que nos consolará.

Agora divago procurando entender o “Vigiai e Orai”,

pois não sabia que seria nesta madrugada e creio que

Ele te buscou, por que estava pronta para esta

Viagem infinita, que nos consola de um dia estarmos

Juntos!

Mãe, agora renascentes para Honra e Glória do

Nosso Senhor Jesus Cristo, que agora nos consola.

Em nome do Pai e do Espirito Santo. Amém!  

 

Cláudio Luz – *Em 27 de outubro de 1992

terça-feira, 17 de setembro de 2024

apoesiadeclaudioluzparaamorzinha

 Tanto mar para te amar


Para Amorzinha

A primavera está próxima e por isso

Estou abrindo de mansinho minhas pálpebras,

Sentido o cheirinho de gosto de amar no mar.

Ouvindo o compasso das ondas, que nos encharcará

de sonhos e de bem querer.

O equinócio estará chegando

Em breve, trazendo raios colores, que incidirá

Diretamente sobre as linhas que unem

Os nossos corações que batem incessantemente,

Em compasso com as sonoridades do vento,

Que sibila em nossos ouvidos, anunciando

O também tão longínquo equinócio de outono.

Bailaremos sobre as Quatro estações, de Vivaldi,

Viveremos como o dia e noite que são quase iguais.

Enfim aguardaremos o limite máximo do sol, que beijará

As estrelas cadentes, nos fazendo pedintes de desejos,

Inconfessáveis ou pueris de querer tanto mar,

Para nos amar.

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

apoesiasetembraldeclaudioluz

per saecula saeculorum ('pelo século dos séculos')


'pelo século dos séculos'

Chuva e lágrimas era a mesma coisa,

Mas no seu rosto que o infinito prometia, que

Um dia você viria entre ondas e areias para habitar

No meu rio.

Agora que eu te encontrei, tenho respostas para as minhas esperas,

Quando observava estrelas cadentes, fazendo pedidos

Que de alguma forma você viesse.•.

No inverno você poderia não ter vindo, enfim a primavera

Aproximava-se, quando te encontrei num dia denominado

Vinte e um de um mês Juliano, entre o Concílio de Niceia, quando o Equinócio

Da Primavera ocorria por volta do dia 21 de Março,

Que não é nada além da chuva.

Agora que o sol brilha em nossos olhos, véspera de primavera

Chuva e lágrimas é a mesma coisa?

Mas em nossos corações o sibilar dos raios

Aquecerá as nossas almas plenas de felicidades

Por termos nos encontrado, quando viveremos

per saecula saeculorum ('pelo século dos séculos')

Enfim, somos anjos de uma asa só, nos encontramos no amor que o tempo

Não consumiu.

Amém!

Amarei-te sempre mesmo após as estações

 Eu te amarei na primavera,

Encanto da natureza concreta.

Cheio de sonhos e ardor

Eu te amarei no outono, entre folhas vivas e

Ascendentes de sonhos e te querer.

Eu te amarei no verão, com intenso calor, em banhos com

Água de cheiro, patchouli indiano, ouvindo os seus

Gritos e sussurros no calor da noite, entre doses

Homéricas de sentimentos, arfantes e incessantes,

Que brota em nossos seres de luz.

Eu te amarei no inverno, colhendo pingos da chuva que despe

O seu corpo angelical, entre estrelas cadentes,

Desejando amor eterno e uma grande paixão.

Eu te amarei em todos os momentos, a cada milésimo de segundos que

Sombreiam as nossas vidas agora unidas na mesma música

Que nos faz dançar.

Eu te amarei a cada momento do dia, do mês e do ano

Estelar, por quê? Eu amo você, porque você é o meu amor

E está aqui.

Em te amarei em todos os momentos, a cada batimento cardíaco infinito.

Eu te amarei, por quê? Oh! por que eu amo você?

Porque meu amor você está aqui.

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

apoesiadeclaudioluzsetembral

Questão de querer

 


Imaginei!

Como na canção, andei percorri estradas,

Tentei, pensando que seria por toda vida e,

além da vida, unindo a minha própria alma,

e sem alma o amor não tem sentido

algum, a não ser se perder em labirintos,

que só o coração sabe entender.

Aprendi nesta caminhada com Richard Mattheson,

“Que o amor além da vida” é uma reflexão de

Sentimentos, envoltos entre a união e a separação

De corpos, não de almas, em busca de um ciclo

Que não tivesse fim.

Acreditei sim em amar para toda a vida, além da vida.

Simplesmente foi uma Questão de Querer

 

Cláudio Luz

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

apoesiametafóricadeclaudioluz (Setembral)

Metáforas amorosas

Não sei se te amo mais do que o ontem!

Não tenho aquela força infantil,

Como na adolescência,

Talvez agora com um grande coração,

Agora metafórico, corroído pelo tempo, sem amarguras.

Por isso ainda posso amar como nos velhos

Tenros tempos, agora muito mais relativo

Do que outrora épicas, épocas quando o

Pulsar era mais forte ao te fitar.

Somos agora o tempo e o vento, ondas que

Vem e que voltam, riscando as areias, mareando os

Olhos, cabelos brancos despenteados, pétalas

Pratas, olhares a serem preenchidos,

redimidos em orações não renovadas.

Somos caminhos da mesma estrada, como metáforas,

Antes amorosas, agora entre olhares, ainda podemos

Sonhar em um novo porvir.

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

apoesiasetembraldeclaudioluz

 Navegaremos


Navegar é preciso; viver não é preciso”.

Remo a passos largos, o horizonte é logo ali.

Antevejo o seu corpo, sentindo a aragem que vem de ti.

Decifro os seus pensamentos agora incólumes,

Cheios de bem querer, buscando um novo caminho

Que voltaremos a caminhar, mesmo na água, que

Agora se torna clara, firme e fértil.

Rebuscamos a bandeira que ontem teimamos

Em rasgar, agora somos linha e agulha, transformando

Retalhos em um novo pendão de esperanças, a tremular

Nos céus dos nossos sonhos impares.

Surge uma nova aurora...

Amar é preciso, nos amarmos mais é preciso ainda,

Mesmo que o sol se ponha e a lua rasgue os céus estrelados.

 

Cláudio Luz