sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Feira de Natal da Breitscheidplatz - apoesianatalinadeclaudioluz

 

Feira de Natal da Breitscheidplatz

Tomara que o verão que se inicia, impreterivelmente amanhã

Não tenha as marcas da Feira de Natal da Breitscheidplatz,

Que mais uma vez nos traz lágrimas, após a primavera

Da Chapecoense, de Mariana, Brumadinho ou da Boate Kiss,

de triste memória, tragédias nossas?

Como vou saber!

 

Qual o Natal vai nascer em nossos corações

Combalidos, pelas privações do dia-a-dia,

Que nos leva de volta a idade das trevas.

Enunciados pelos falsos profetas, do cãozinho

Do sétimo livro, escrito por sucinto ser.

 

Estamos em dores de parto, igual ao mundo

Que aqui e acolá nãos nos dá tréguas desde

O nascer do dia, escuridão da noite, que não nos dá

Tempo de vida, para procriarmos enxaquecas, que nos

Leva a refletir Santo Agostinho: “Ó torpe minha alma,

Que saltando para fora do santo apoio, te lançavas na morte,

não buscando na ignomínia senão a própria ignomínia?”.

 

Momentos solitários, que nos atormenta nas

Noites traiçoeiras que

Serão encobertas pela próxima aurora,

Que não nos mudará por sermos um ser social, frágil demais

Para vivermos sozinhos, mas quando nos aglutinamos para

Fazer o mal.

 

Somos feras despertas, distribuindo o mal incomum

Que nos é peculiar.

Afinal!! "Ser ou não ser, eis a questão", num mundo filosófico

Que almeja a paz, mas fazem guerras por falta do que fazer.

 

Cortaram a luz do Natal, da pouca racionalidade que ainda existiam

Em nós... “Nós quem cara pálida”

 

Cláudio Luz

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