domingo, 28 de maio de 2017

PORQUE HOJE É DOMINGO - A POESIA DE CLÁUDIO LUZ


Preces


Somente agora, eu te vejo,

No teu silêncio eu me perco,

E nada sou perto de ti.

Sou como um amor que tece sonhos,

Já acabados, que seguem suavemente

Em pétalas, levadas pelos ventos hostis

Que avassaladoramente invadem os

Espaços antes habitados por sonhos,

Que voava serenamente em busca do

Cristo crucificado, na serra do Periperi.

Por acaso em dias idos, dobrei os joelhos

Em preces, correspondido fui, tendo você

Em meus braços, entrelaçando-se, perdendo-se, entre

Beijos e juras, elementares, propícios para o momento.

Com olhares vigilantes de anjos e santos, que se revezavam

Entre oblações, não esta noite amor.

Os amores como recém nascidos,

Envoltos pelos espaços cósmicos,

Submergindo-se entre brumas, sem ócio,

Distribuindo ósculos, reparando-se para um novo Armageddon

Ou talvez uma nova Parúsia, que nos unirá

Depois de um longo Exodus, para realizar um novo

Genesis, sem fim!


sexta-feira, 26 de maio de 2017

A POESIA DE CLÁUDIO DA LUZ - HARAKIRI NAS ESTRELAS


Harakiri das estrelas

Você não conseguirá apagar minha luz,
Continuo voando pelos desertos,
Esquecendo mágoas, esperando parte do espólio
Que me caberá, como anjo ou artífice,
Dos desejos que hoje não repousam em seu coração.
Sou do céu, não tão branco como as nuvens,
Nem tão escuro como as tempestades que você previa
Nas suas insônias, ou noites mal dormidas,
Buscando nas fronhas cor de anil, o cheiro que exalava do
Meu corpo quando sonhava por ti.
Que nesta noite venham os raios inconstantes, frutos
Da imaginação, e que em um deles, venha uma fagulha,
Infalível, onde esquecerei as magoas passadas,
O brilho branco das estrelas, os megatons que nos esperam
No holocausto final, matando memórias que as estrelas que decairão
Não representará em nenhum momento o que há de vir,
Que revelará o infinito do corpo que é teu,
Onde as memórias transformadas em gotas de vinho
Seco, quem sabe suave ou frisante ou um daiquiri,
Que não provocará um harakiri, perpetrado por
Yukio Mishima, no último haicai, sem métrica e acentuação adaptada a partir de um punhal.
Assim voarei, para onde o vento sopra,
Tentando te encontrar algum dia,
Nas sombras, sobre minha estrela
Que estará carregando sua luz.


segunda-feira, 22 de maio de 2017


Somos amantes


Somos amantes, marcados

Em ferro do amor, Não inertes

Como aquela flor rudimentar que já

Não alimenta os nossos olhares obscuros,

Que inebria a doce chuva que nos lava

Como d’antes, acalentando sonhos longevos,

E esperanças estampadas nos afetos que se encerra,

Antes do inicio da madrugada sombria que nos

Envolve como gelos opacos, causando nos frisson.

Assim eu acho que eu posso levá-la

Para o infinito, que receita uma nova forma,

De nos amarmos como espumas, numa nova onda

Que invade calmamente as arvores que se

Derretem no escuro, que demorou tanto tempo para passar,

Como aquela canção que insiste em não nos deixar

Na calada da noite.

Haverá outra canção para nós?

Alguém vai compor?

Eu vou cantar!

Depois de todos os amores da minha vida,

Você vai ser a única

E não vou perdê-la
Eu me pergunto porquê!!

Afinal somos amantes, marcados

Em ferro do amor que nos abrasa e queima

Mais em tempos sombrios deixam marcas

Que os nossos sentimentos não conseguem

Aplacar.






sábado, 20 de maio de 2017

PORQUE HOJE É SABDO A POESIA DE CLÁUDIO LUZ


Ultimo sabato de april in Pirangi City.

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Os meus versos sofridos clamam por ti

Acalmando min’alma, me enche de dor,

Causando-me fissuras, entre calma e rancores,

Que me aconselha a viver.

Revejo-me a noite, busco entre as estrelas

Os meus sonhos que por ocaso se refletem na lua prateada,

Ou se esconde dentro do meu eu que escreve ao léu,

Sonho retidamente ou transpiro entre

Insolúveis momentos, do sim ou do não.

Embriago-me entre goles suaves,salutares talvez, pensativo opino,

Se o momento é favorável ou salutar.

Observo os seus lábios que em murmúrios

Não diz sim ou não, que não me aconselha

A escrever mais e mais, dissertando sonhos

E o desejo profundo de não mais te amar.

O meu amor é frugal entre pensamentos insanos

Que traz o tudo execrando o que faz mal

A min’alma, a tua alma que no momento é incapaz

De discernir entre o Le Rouge et le Noir, de Stenhdal ou

Os versos balzaquianos recitados por você, no último sabato april in Pirangi

City.




terça-feira, 16 de maio de 2017


Enquanto o sol da meia noite não vem


Enquanto o sol não matar as estrelas dos sonhos,

Os meus sentimentos fluirão, em busca

De sua compreensão, que serão para mim, orvalhos

Que brotam nos campos, sem paranóias opacas.

Quando a lua não mais ofuscar as saudades que guardo em meu peito,

Farei aumentar o afeto que se encerra na calada no peito,

Eterna cúmplice das insônias, que invadem a minha mente,

Fluindo a falta que o seu corpo faz.

Então mergulharei nas águas que flui do Rio Amada, abastecido pelos lagos,

“it’s a long no way”, que permeiam os batimentos arrítmicos do

Meu já combalido coração que ainda sonha por você, entre orquídeas

Longínquas, como cumolonimbus, que entre raios e tempestades

Anunciam chuvas que banhará o seu corpo nu, na madrugada eterna,

Prenúncio de uma nova aurora, que irrigará mais uma vez

Os nossos tenros corações, que se perdoam,

Pelos momentos perdidos, enquanto o sol da meia noite,

Ilumina incessantemente as serras que circundam o nosso

Paraíso que nunca acabará.




segunda-feira, 1 de maio de 2017

A POESIA DE CLÁUDIO LUZ - Vamos sonhar


Vamos sonhar
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Você não pode dizer que nunca tentamos

E nem esquecer que o céu é azul entre nuvens que povoam

Os nossos pensamentos, que nos eleva para as lembranças

Que cismamos em não esquecer.

As nossas almas estão cálidas

As rosas já não abrasam os nossos corações, antes

Fértil em sonhos, que seguramos tão firmemente,

Observando as areias prateadas que nos vai

Levar a partir daqui para além do horizonte

Pleno.

Você é linda, mas não é a hora de dizermos adeus?

Eu quero continuar te amando, sentindo os seus lábios doces,

Observando o seu olhar de tigresa,

Deixando-me sussurrar em seu ouvido aquela poesia

Que lhe causa êxtase esporadicamente.

Vamos nos amar baby, apenas de passagem,

Sem nenhum sacrifício, apenas com palavras

Que dois corações eternizados em sonhos

Possam sobreviver,
Sem nenhum sacrifício...