Preces
Somente agora, eu te vejo,
No teu silêncio eu me perco,
E nada sou perto de ti.
Sou como um amor que tece sonhos,
Já acabados, que seguem suavemente
Em pétalas, levadas pelos ventos
hostis
Que avassaladoramente invadem os
Espaços antes habitados por sonhos,
Que voava serenamente em busca do
Cristo crucificado, na serra do
Periperi.
Por acaso em dias idos, dobrei os
joelhos
Em preces, correspondido fui, tendo
você
Em meus braços, entrelaçando-se,
perdendo-se, entre
Beijos e juras, elementares,
propícios para o momento.
Com olhares vigilantes de anjos e
santos, que se revezavam
Entre oblações, não esta noite amor.
Os amores como recém nascidos,
Envoltos pelos espaços cósmicos,
Submergindo-se entre brumas, sem
ócio,
Distribuindo ósculos, reparando-se
para um novo Armageddon
Ou talvez uma nova Parúsia, que nos
unirá
Depois de um longo Exodus, para
realizar um novo
Genesis, sem fim!
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