Somos amantes
Somos amantes, marcados
Em ferro do amor, Não inertes
Como aquela flor rudimentar que já
Não alimenta os nossos olhares obscuros,
Que inebria a doce chuva que nos lava
Como d’antes, acalentando sonhos longevos,
E esperanças estampadas nos afetos que se encerra,
Antes do inicio da madrugada sombria que nos
Envolve como gelos opacos, causando nos frisson.
Assim eu acho que eu posso levá-la
Para o infinito, que receita uma nova forma,
De nos amarmos como espumas, numa nova onda
Que invade calmamente as arvores que se
Derretem no escuro, que demorou tanto tempo para passar,
Como aquela canção que insiste em não nos deixar
Na calada da noite.
Haverá outra canção para nós?
Alguém vai compor?
Eu vou cantar!
Depois de todos os amores da minha vida,
Você vai ser a única
E não vou perdê-la
Eu me pergunto porquê!!
Afinal somos amantes, marcados
Em ferro do amor que nos abrasa e queima
Mais em tempos sombrios deixam marcas
Que os nossos sentimentos não conseguem
Aplacar.
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