Amor de
morte
Chorei sobre o seu esquife, beijei
Os seus lábios e a fronte, sentindo o calor
Do amor que deixaste como semente no meu arfante
Peito, repleto de saudades já sentidas
No final da primavera que se esvaia, junto
Com a jornada que te levava para a última morada.
A memória viajava repleta do avesso e o direito que
Compunha aquela madrugada e a tarde onde descerraste
Na terra nua fria que abrigaria o seu corpo inerte enquanto
A sua alma e o espírito
galgava para o oriente eterno,
Insondável, para a nossa vã filosofia, entrelaçada entre
Flores com cores de carmim.
Engraçados não viram os sinos dobrarem enquanto os passos,
seguidos
Na procissão, sufragava a sua partida, nos levando ao
Antes Palmeiras das Saudades, que tombaram em tempos idos,
agora
Campo Santo, que abriga todos os credos e utopias que
Julgariam-nos lá.
Agora penitente, de joelhos, clamo para saber: em que
Estrela ascendente você repousa nas Graças do Pai, Eterno, que
Ilumina-nos perenemente até o nosso momento chegar.
Morte ou Vida! Afinal ande você estás?
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