Acácias Adeus
Esta tarde o vento vem dos
lagos,
É o outubro se esvaindo entre
os nossos dedos
Pérfidos, que d’antes nos
confortavam com meias verdades
E felicidades passageiras,
como sonhos e flores
Que já não morriam no
entardecer figurativos dos nossos
Ufanismos veranista.
Acácias, adeus amor
de Shangri-lah, onde nos
amamos, pensando
Na eternidade perene que o
Onipotente nos legou
Por alguns dias. Esta tarde
talvez seja nossa última tarde,
Quando talvez partiremos deixando
nos ficar só, nas nossas memórias,
como uma saudade inerentes de
todas as partidas,
sem despedidas ou olhares que
só nos comove após
o parto do amor que não
deixamos nascer.
Quando as acácias brancas murcharam,
após nos amarmos alguns dias
Deixando você transforma-se em
“Una femme amoureuse”
ardendo de desejos, não unilateral,
com o seu direito de amar,
sempre amar, sem nada
determinar nas escuridões dos meus dias,
a não ser de me querer, ou
guarda-me para o repatriamento dos lagos,
Que me afogam na solidão dos
meus dias que já não são os de Shangri-lah.
Flores das Acácias adeus, só
você pode me conter.
Cláudio Luz
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