Entre actos, simplesmente personagens
1º Acto
Éramos como atores, entre actos,
diálogos facetados, ilusões que nos
levavam a êxtase e agonias extemporâneas,
que nos transformavam em ilusões e delírios
das plateias, delírios apenas nosso.
2ºActo
Andávamos pela coxia, entre móveis estilosos
e luzes que agora se transformaram em uma
ribalta morta, diálogos e dúvidas que assolam
qualquer personagem, que sonha como qualquer expectador
que silencioso, espera um desfecho, talvez feliz.
Desfilamos os actos de números um e dois
entre flores que agora murcharam,
deixando o palco frio, sem frisson aparentes.
3º Acto
Hoje encenamos o último ato, nos despedindo
Sem réquiem, sem adeus, para delírio
de uma plateia, com prós e contras,
que só pode ser selado com a morte do amor.
Fecharam as cortinas de boca...
Agora os aplausos antes calorosos são raros.
Acto final
Tênue é a luz, recito agradecido ao tempo que
Agora dobrou a esquina: Combati o bom combate,
completei
a carreira, guardei a fé. (Timóteo, 4)
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