quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

A poesia de Claudio Luz


Como um samurai


Após o desterro anunciado, não aglutinarei saudades,

Ou vontade de voltar, destoando como os outrora párias

Não levarei um pouco da terra nativa para colocar

Dentro do meu travesseiro, onde repousará diuturnamente

Minha cabeça quando na madrugada Exalará poesias para ti.

Fruto das minhas inspirações boemias, às vezes senil,

Afinadas, ou refletidas pelo limiar prateado da lua e das

Estrelas, que me envolve, utopicamente te beijarei

De forma caudalosa sempre nas noites que se alongará como agora.

Derramarás lágrimas por não poder me acompanhar,

E nem acenar o lenço da despedida quando eu embarcar

Rumo ao porto da solidão anunciada.

Não dissimularei afeto, nem beberei disprósio, não tomarei

Mais o remédio que uso para amainar disritmias sonoras dos

Antigos poetas Venezianos, que declamavam poemas em

Praças publicas, talvez ensaie com uma Gueixa a moda moderna,

Tomando sakê, assistindo Akira Kurosawa, acenando, sayonara,

Sayonara, sayonara, aspirando a ultima Flor do Lácio.

Onde repousarão as Minhas saudades?




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