Como um
samurai
Após o desterro anunciado, não aglutinarei saudades,
Ou vontade de voltar, destoando como os outrora párias
Não levarei um pouco da terra nativa para colocar
Dentro do meu travesseiro, onde repousará diuturnamente
Minha cabeça quando na madrugada Exalará poesias para ti.
Fruto das minhas inspirações boemias, às vezes senil,
Afinadas, ou refletidas pelo limiar prateado da lua e das
Estrelas, que me envolve, utopicamente te beijarei
De forma caudalosa sempre nas noites que se alongará como
agora.
Derramarás lágrimas por não poder me acompanhar,
E nem acenar o lenço da despedida quando eu embarcar
Rumo ao porto da solidão anunciada.
Não dissimularei afeto, nem
beberei disprósio, não tomarei
Mais o remédio que uso para
amainar disritmias sonoras dos
Antigos poetas Venezianos, que
declamavam poemas em
Praças publicas, talvez ensaie com
uma Gueixa a moda moderna,
Tomando sakê, assistindo Akira
Kurosawa, acenando, sayonara,
Sayonara, sayonara, aspirando a ultima
Flor do Lácio.
Onde repousarão as Minhas
saudades?
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