Amor em
tempos de Apocalipse
Sinto uma vontade de dizer “Te Amo”,
Fazendo uma sagrada união, cabalística, cheia
De esoterismo, sem efeitos conspiratórios, contrito,
Emanando sentimentos incontroláveis e uníssonos,
Sem fabulas, dançando farândola, com um bando de
Desprovidos de amor próprio, talvez.
Seria fantástico o “Eu te amo”, soando ao som de Love Hurts,
Hospedando-nos no talvez Hotel Califórnia, como águias,
Percorrendo o Rio Almada, de um extremo ao outro, em
Direção ao mar.
Quem sabe se um dia colherá memórias, escritas
Em papiros, pelos padres do Deserto, solvendo meias-taças,
Envolta em meia-luz, emanadas, através da meia-noite, cor
De chumbo ardiloso, como se fosse argonauta em busca
De novos anjos, para anunciar uma nova paróquia, entre
parênteses.
Agora forjados como se fossemos novos profetas, anunciando o
apocalipse
Segundo O amor, entre os céus e a terra, que nos resgatará
após o enlace,
Prescrito no vigésimo capítulo, do livro inicial dos nossos
sonhos
Sonhados, entre uma Parole ou um dizer ou não.
Preciso te dizer que Te Amo?
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