domingo, 24 de dezembro de 2017

A POESIA DE CLÁUDIO LUZ


Posso Fitar os seus Olhos Abstratos


Nada que vem do meu coração é negação,

Às vezes ele é cego, naturalmente, enxerga

Mais do que eu, incendiando expectativas

Quando escrevo para ti.

Às vezes me pergunto: Como consigo extrair

Essências em versos e otimismos em gotas, antes leite

Em pedra sem saber se vou te agradar.

Capitulo, tergiverso , digo que não tenho respostas

Plausíveis para me atormentar, e sim para entrar

Nos seus olhos, que sempre fitam os horizontes preenchidos,

Em busca de respostas que teimam em não vir.

Quando seus olhos me perguntam: o amor que vem de mim é verdadeiro?

E se é verdadeiro, já que não podemos possuir concretamente,

Por ser abstrato, que incendeia a alma e aquece o coração, que se rende

Diante beijos, abraços e caricias carnais, que gera frutos e às vezes

Sem pensar se esvai, sem deixar vestígios aparentes.

 Tampouco outro dia, como fumaça, sem adeus, talvez com lágrimas que

Procriam expectativas de armistícios incondicionais, quando

Os corações estiverem sem fogo, rindo alegremente, sem dúvidas

De que estamos zombando do amor, que juramos, jamais

Separar-nos, sem esconder lágrimas ou risos latentes

Que sempre cismamos dividir.

Vem, vamos beijar as meninas dos nossos olhos, vem

Incendiar concretamente o abstrato que não

Deixou-nos amar.

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