sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Apoesia de cláudio luz


Amor de verão


Sabe, eu não sei se deves voltar

Como naquela manhã cinzenta apesar do verão,

Onde andávamos margeando os lagos emoldurados

Como aquarelas, refrescando os nossos anseios,

Com pensamentos uníssonos.

Era um verão como este, um verão transparente filtrando

Raios solares, que cismavam aparecer, mas

Simplesmente era o nosso verão, secular, que sugeria

Que iríamos passear ante a eternidade dos nossos

Sonhos e lembro-me, lembro-me imperfeitamente

Do que eu sussurrei no seu ouvido, naquela manhã

Afinal era verão e deveríamos molhar os nossos pés

E esperar que as estrelas viessem harmonicamente,

Ao som de uma Ave Maria, nos mostrando novos caminhos,

Para nos sentirmos a vida toda como aquela manhã,

Amando-nos outra vez, quando o amor tiver morrido

No limiar dos sonhos que teima em não vim.

Onde está você agora?






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