terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Flor da Pele


Flor da Pele


Dispa-se da Flor da Pele que encanta

O seu corpo entrelace os nossos dedos,

Venha cometer loucuras, rompendo

A virgindade da noite, quebrando

As estrelas em volúpias e soluços

Que te seduzirá antes que o sol nascente

Apareça.

Dispa-se da distância que nos separa,

Encante-se com promessas não

Prometidas e sonhos que talvez não se realize

Nas próximas noites que virão, após

Diásporas proclamadas nos santos livros

Que nos batiza com o livre arbítrio, que cobre

Ou defende os nossos corpos como uma cortina.

Vista-se de sonhos, que venha o Juízo Final

Para debelar o fogo eterno que queima

Dentre em nós, que nos fará sempre uno desde o nascer

Ao pôr-do-sol, que aquecerá os nossos corações,

Entre corpos e almas, com momentos súbitos

Com direito a mea culpa, por erros talvez

Não cometidos, na noite eterna que não

Deixou-nos dormir.



Cláudio Luz

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