sexta-feira, 16 de novembro de 2018

ODE AR




Ode ar


Quando você menos esperar eu vou chegar

Em seu coração, se isso não for por amor

Não saberei o porque é, pontos no horizonte talvez.

Depositarei orquídeas novembrianas

Em suas mãos para que eu não possa

Esquecer uma parte de mim que ficou na estrada, entre

Distâncias não concebidas por ti.

Abandonarei o âmago que sufoca as dores do mundo,

Recônditos na rebeldia que teima como figura ibidem,

Iconoclasta em ação, destruindo sonhos que ainda

Habitam em mim.

Vou abrandar os seus cabelos, como salmistas escreverão

Ode ao ar, ao seu se coração, agora em compasso

Crepuscular, que emitirá sonhos intermitentes, antes

De eu te abraçar.




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