sexta-feira, 31 de março de 2023

apoesiasextal

Desalento

Entre sonhos nem penso em mim, sim.

Diz assim que eu não te beijei entre becos

Que não existe aqui.

Roubas-me, entre arroubos, prantos quando molho

Os lençóis, talvez mentiras que me contas agora

Quando não invoco os meus guias que não me traz a mim.

Dou risadas, te chamo pra dançar sem compromissos.

Já te dei espaços e fiquei com as mágoas da gota

Da água que escorre do meu corpo entre um dançar

Sem compromisso, quando te vejo você sumir,

Entre coloridos entre nuvens carregadas e um dia que

Plantei um jardim de poesias para ti.

Vejo-te você querendo ser orquídeas, entre calores exposições,

Entre Poesias que me arrebatam pro chão desalentado agora estou.

Saciar eis a questão

Estou entre salivas, com vírus

Talvez, entre ofertas de vacinas e

Esperanças às vezes em vão.

Sinto o pico da agulha quando penetro

Em seu corpo ávido de deixar contaminar-se

Com um fruto de vida que

Apesar da pandemia frutificará.

Colheitas de vida que o Universo nos

Dará.

Estou de mal

Pensei que você acompanharia os meus versos,

Mas você foi mal, agora entre reversos o seu corpo

Está bonito, entre cabides e juras,

Quando você sente  que a casa e o seu coração

Que não me cabe.

Amor bairrista, corações que dessuma pensando

Que eu não vou voltar entre escadas que não tem,

O de vou partir senão fui te abraçar entre o outono

Que se aproxima e o seu amor não virá, preciso

Não dormir para ter um tempo pra te amar

E te descobrir, recolhendo sentimentos outra vez.

Boa viagem, quando você vier.

quinta-feira, 30 de março de 2023

Beija-me como se fosse à última vez

O amanhã nunca se sabe, ou temos em nós bússolas do tempo para nos transportar, pra fugirmos entre estrelas infinitas, nestes dias de sangue, que explodem em nossas coronárias, quando não é em tempo de paz que dilatam apenas amor.

O amanhã nunca se sabe entreportas e vielas, quando pensamos em fugir de um mal maior.

O amanhã nunca se sabe, se de joelhos iremos para os templos que em tempo de paz nos negamos a nos ajoelhar, em agradecimentos talvez.

O amanhã quem sabe voltarei ao hospital onde nasci como fruto de Deus e morrer sem me redimir.

Suplico-te, agora me beija mais uma vez, antes que eu morra como se fosse o amanhã que ninguém sabe!

Cuida bem de mim e eu de você.

Enfim atendemos

Quem quiser seguir-me pegue a sua dor e medite.

Eis a máxima do

Cálice que bebemos a cada dia e da carne

Que não podemos sepultar.

Sepultamos párias, são imensuráveis os

Corpos envoltos em sacos como heróis

Sem medalhas que morreram numa guerra

Não declarada.

Somos sangue do nosso próprio sangue,

Vizinhos talvez, somos artífices das vacinas,

Antes éramos fruto da luz, agora somos frutos das vacinas,

Antes vagina, que nos fazia viver com

Doses de leite materno que nos imunizavam

Para vivermos.

Como beber desse vírus amargo que nos

Faz morrer.

Agora simplesmente somos

Vítimas das estatísticas, sem o toque do

Silêncio...

Te Deum... Amém!

Como continuar bebendo essa bebida amarga.

O tempo passa

O tempo passa, passamos tantos, encontros,

Reencontros entre despedidas risos, dores

E vontade de voltarmos.

O tempo passa como ad ondas dos mares que

Banhavam os nossos corpos sedentos de amor intrínsecos,

Beijos entre os nossos corpos nus.

Sou você em vida, você é em mim vida plena,

Ficamos éter, pinças, algodões, seringas e

Não sei mais o que.

Chorei o seu semblante, afaguei os seus cabelos

E sentir de novo quando fizemos uma vida.

Bênção de Deus que hoje me faz te querer.

 

quarta-feira, 29 de março de 2023

apoesiaememoria

Lá vem o sol

 

"Em memória de minha irmã Neiva"


Lá vem o sol, imensurável, como sempre

Brilhando para justos e injustos que povoam

O eterno firmamento até o Juízo final.

Minha poesia agora é triste, pois mais uma

Vez bebi do vinho do desenlace, que agora

Tinge o meu coração.

Pensamos que somos fortes, mas a morte nos

Embriaga, quando ficamos a cambalear como se

Estivéssemos ébrios, agora de saudades que nos corroerá.

E no final só o Altíssimo, definirá, cessando as nossas

Lágrimas quando em gritos alegres exclamaremos:

Lá vem o sol.


apoesiaemtemposderaio-x

Tempos de raio-x

Beijo a sua foto em preto e branco,

Agora colorida pelo passar do ontem em que vivemos

Sem razões aparentes, entre guerra e paz.

Cortamos os nossos olhos, os beijos antes ávidos

Murmuram nos breus das tocas que brilhava com as nossas luzes,

Antes chamas, hoje de LED ou neon.

Lembranças, dançávamos a luz Negra que mostrava

Os nossos corpos como num raio-x, hoje 4D,

Que volta a nós colorir, querendo unir ao passado,

Antes preto e branco no hoje colorido, invadindo

Os nossos corpos em orações.

Não tenha medo amada de voltar a eu amar, pois antes disso

Eu voltei antes de ti.

Leve e suaves são os seus lábios

Leve e suave, é o gosto que eu sinto ao te beijar,

Conscientemente, entre engrenagens que impulsionam

Os ritmos cardíacos que não me faz morrer,

Num último derredor.

Leve e suaves, quando fazes cenas a cores e ao vivo,

Aspirando uma Flor de Lis, não como uma gueixa,

Entre sedas e cetins.

Leve e suave, é o que carregas no peito, que arde sem chamas,

Explosões do nosso amor completo, entre guerras,

Tomara que não!

Leve e suaves, sou quando me perco entre

Labirintos uniformes de palavras que não diz:

Leve e suave, somos entre cordilheiras que ufanavam

Emanadas dos nossos corações labiais, leves e suaves.

 

 

terça-feira, 28 de março de 2023

apoesiadehoje

Universo entre os nossos olhos


Desenho o universo entre os seus olhos,

Sou alma, amante, espaço no seu corpo, entre

O real e o irreal emanado do amor que

Transpira entre nossas têmporas, temporal

Que condensa a Via Láctea, que povoa os nossos

Sonhos.

Ensaio pensamentos, é mente que sucumbe

Entre túneis do tempo, que nos consome,

Entre momentos de lucidez

E loucuras lúcidas, lúdicas talvez.

Descobrimos caminhos afinal, navegar no universo é preciso,

Precioso brilhante que toca a menina dos seus olhos que

Refletem o nosso universo de luz, que iluminam os meus.

Não te esqueci, esquecer por que?

Dentro de mim és pétalas, você fez talvez te esquecer,

Assim, quando novamente te quis

Ouvia aquela canção, cantarolavas: "Ainda Bem"

Entre desencontros, paixões perdidas,

Entradas do amanhecerem, últimos acordes da canção

Que dizia: ainda lembro-me do ontem, do agora

E do depois, sonhos que

Permeava a noite, boemia entre chuvas

De março.

Fiz mal em mim, mesmo, não pude evitar o último beijo de

Despedida, coração te amando, talvez não mas,

O portão entre aberto sim.

Tento esquecer, como não sei, ouço sussurros,

Você diz entre utopias que te consomem até hoje

Entre o passado e o presente, desilusões que não nos deixa dizer:

Ainda bem que você voltou, eu direi: “Ainda bem”!

De noite na cama eu fico pensando?

Penso se você me ama, por que dançamos na chuva,

Desilusões?

O que me importa, talvez, importe o seu carinho agora.

A leveza do ar que aspiramos

Aspiro a sua respiração, o meu

Coração dilata, sinto o seu abraçar,

Comporto-me como resignado, sou seu refém,

Entre prazeres prazerosos, bebo o vinho,

Sua taça transborda... Sonhos passam em velocidades mil,

Revejo pensamentos passados.

Quando a conheci em pleno mês de um abril febril,

Que morena!... Bronzeada ao sol dourado, morena de lá,

Ondas onde navegam os amantes seguindo o que os corações

Faz-nos sentir, entre o nascer e o pôr-do-sol,

Entre luares prateados que nos faz orgasmos,

Um novo porvir, uma nova aurora, momento que habita em ti,

Amazona, Valquíria que luta por um amor recôndito que vem de

Você pra mim.

segunda-feira, 27 de março de 2023

apoesiaemcores

Cor de rosa choque é o que cobre o seu corpo


Não percebi a cor dos seus olhos, azuis,

Talvez cor dos céus que nos aquece, entre o sol,

Luas e estrelas rodeando como se estivesse vestindo o seu corpo que me faz Sina, quando não me fazcina.

Vejo você passar, entre passos, perpassa o meu coração,

Pra te ver passar, como se estivesse prestes a mergulhar

No oriente do meu coração que quer te amar.

Mentalidades que sonho, infinitamente quando você

Apenas me deixa ver você passar de rosa choque,

Em frente ao mar que existe em mim pra você mergulhar.

Refaço-me agora destes sonhos, não impossíveis,

Que como ondas que vem pra areia, só não deixarei você voltar.

É cor de rosa choque é o que cobre o seu corpo.

Menos figurinhas não me abandonem

Mas, é fácil ver o seu comentário de figurinha,

Compartilhar, curtir ou comentar.

Percebo-te meu amor, quando você não percebe,

Quando você não entende nada entre o amor entrevisto,

Quando me declaro entre poesias, versos mal feitos,

Talvez quando pensamos num amor que não acontecerá,

Entre memórias presentes ou no passado que

Nos deixa no vácuo das notícias,

Que nos faz ficar indiferentes, quando diríamos

o que seria de nós.

Vejo imagens e pornografias, ofertas de corpos no Facebook.

Que outros publicam.

Bloqueiam-me das poesias de letras que publico,

Encanto-me pra te encantar num amor que em letras,

Aceita fotos que me faz serem volúpias, num jardim secreto

Que o face jamais imaginaria um dia me bloquear.

Se o face aceita algo impublicável de fotos, porque não se

Coloca em meu amante lugar, amo só amo e o Facebook

Quiseras por essa poesia me bloquear.

domingo, 26 de março de 2023

apoesiadeamanheceres

Amanheceres

Às vezes eu sonho

Que não há nada lá, afinal.

Você está mais bela do que ontem,

Esperando-me para o desjejum,

Sob os raios prateados que iluminam

Um novo amanhecer sem interrogações

Não peculiares.

Você aguarda o amanhã te chamar

Envolta em sonhos que sempre é uma coisa certa

Nas nossas diapasão insonoras que

Não invade os nossos íntimos dons.

Vamos cavalgar esta noite, quando retorna

Aos nossos braços e abraços, que não alcançam

O buraco da luz no fim do túnel,

Que nos liga e separa da escuridão impar,

Sobre o tapete vermelho que jaz entre granitos e

Mármores seculares trazidos de Carrara, na Toscana.

Vejo-a confortável,

Eu viveria nesse ritmo se pudesse,

Mas, queixas não resultam em nada de bom.

Recosto-me sobre os seus ombros, fecho os olhos e penso claramente,

Quando consigo ouvir batidas do seu coração,

Que acaba de atingir mansamente, depois impetuosamente,

Os meus pensamentos, sombrios, onde não bate o sol.

Se quiseres

Se quiseres ir até o fim do caminho, passe pela

Cordilheira dos Andes embriague-se, com pisco sour,

Se encante com o sol que no verão desaparece à meia-noite.

Sinta os seus sonhos nascerem no estreito de Magalhães,

Que une o Atlântico ao Pacifico, deguste “Centolla”,

Servidos por pequenos pinguins, trajados pela

Natureza, a rigor.

Sinta-se aos pés do continente azul, se possível traga-me

Um pedaço das geleiras impenetráveis, sob o céu azul, com

Raios de um sol tímido, com chuvas imperiosas que sempre

Libertará sonhos adormecidos, entre versos de Gabriela

Mistral e

A voz maviosa de Mercedes Sosa, cantando “Volver a los 17,

Deixando-me

“Volver a sentir profundo como un niño frente a Dios.