Amanheceres
Às vezes eu sonho
Que não há nada lá, afinal.
Você está mais bela do que ontem,
Esperando-me para o desjejum,
Sob os raios prateados que iluminam
Um novo amanhecer sem interrogações
Não peculiares.
Você aguarda o amanhã te chamar
Envolta em sonhos que sempre é uma
coisa certa
Nas nossas diapasão insonoras que
Não invade os nossos íntimos dons.
Vamos cavalgar esta noite, quando
retorna
Aos nossos braços e abraços, que não
alcançam
O buraco da luz no fim do túnel,
Que nos liga e separa da escuridão
impar,
Sobre o tapete vermelho que jaz entre
granitos e
Mármores seculares trazidos de
Carrara, na Toscana.
Vejo-a confortável,
Eu viveria nesse ritmo se pudesse,
Mas, queixas não resultam em nada de
bom.
Recosto-me sobre os seus ombros,
fecho os olhos e penso claramente,
Quando consigo ouvir batidas do seu
coração,
Que acaba de atingir mansamente,
depois impetuosamente,
Os meus pensamentos, sombrios, onde
não bate o sol.
Se quiseres
Se quiseres ir até o fim do caminho, passe pela
Cordilheira dos Andes embriague-se,
com pisco sour,
Se encante com o sol que no verão
desaparece à meia-noite.
Sinta os seus sonhos nascerem no
estreito de Magalhães,
Que une o Atlântico ao Pacifico,
deguste “Centolla”,
Servidos por pequenos pinguins,
trajados pela
Natureza, a rigor.
Sinta-se aos pés do continente azul,
se possível traga-me
Um pedaço das geleiras impenetráveis,
sob o céu azul, com
Raios de um sol tímido, com chuvas
imperiosas que sempre
Libertará sonhos adormecidos, entre
versos de Gabriela
Mistral e
A voz maviosa de Mercedes Sosa,
cantando “Volver a los 17,
Deixando-me
“Volver a sentir profundo como un
niño frente a Dios.
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