Vinde
Senhor Jesus.
Por quem os sinos
dobram?
Então é Natal!
O vento murmura
como um acalanto que
Abrasa os nossos
corações sedentos
De um novo dia onde
recomeríamos
Uma nova Estrela
Dalva.
Onde recomeçaríamos
um novo
Instante, uma nova
Odisseia
Homérica, em busca
de salvação,
Onipotente,
plenipotenciário talvez.
Sinto o seu chegar,
abraço a mim mesmo
Cheio de certezas
que a Salvação está próxima.
Não como um sonho
de presentes, mas
Com as ferramentas
do Arquiteto Pleno
Do Universo, que
vislumbro na madrugada
Que me enseja, sem
oportunismo.
Que fala ao meu
coração,
E me faz dormir na
certeza
Que Você virá, não
como um ladrão
Que ninguém sabe a
hora.
Mas entre nuvens
calientes,
Que envolverá o meu
corpo, que tomará a minha mente,
Sem frisson ou
frenesi que consomem a alma.
Você virá como alto
escarlate,
Entre nuvens de
neon, entre anjos e santos...
Vem Senhor Jesus.
Então é verão!
Busco os espíritos essênios
Que habitará em cada um de nós no próximo éssudeste,
Virão entre ondas, que nos purificará até
O próximo inverno ou até a próxima crucificação
Do Salvador, que está prestes a nascer.
Penso e medito, diante da imunodeficiência
Coletiva que não nos deixa ir ao encontro do próximo.
Afinal! Quem é o próximo?
É aquele que se angústia, que está em estado de depressão,
Nas grades das prisões, nos leitos dos hospitais,
Nas sarjetas, onde cuspimos diariamente, ou nos oprimidos
Que são cerceados do direito de ter fome de justiça, pois fome de fome
Estão a olhos nus.
Continuarei andando pelas periferias aonde as Bem aventuranças do novo
Nunca chegará, percorrerei ruas e caminhos esburacados,
Singrarei esgotos a céus abertos, ouvirei o murmurar das
Panelas cozinhando pedras, com caldo Knorr, Maggi ou ar(r)isco,
Ou quem sabe, um de nome japonês “Sazon”.
Triste realidade, defesas, positivismos nas redes sociais e foguetes
Quando se cumpre obrigações latentes.
Que venham os anjos, subindo e descendo, que soem as trombetas, que
Anunciem sem subterfúgios ou apupos, pelos dias
Melhores que virão!
Então será pleno Verão.