terça-feira, 19 de novembro de 2024

Uma mulher singular: Maria Soledade do Rosário

 Uma mulher singular: Maria Soledade do Rosário



*1929 + 2002 – Hoje 95 anos

 

Conheci uma mãe igual a minha,

Singelas nas essências, especiais, pois

Trazia uma fé inabalável, simples mulheres.

 

Na imensidão de sua alma; e pelas constâncias de

Dedicações, era um anjo, e continua anjo

na imensidão dos Céus e de Deus.

 

Mesmo na eternidade, Ela tricota orações

Por filhos, netos e descendências afins, que continuam aqui,

nos enriquecendo pelos exemplos deixados.

 

Mesmos como adultos que somos, quando deixamos

Lágrimas e lembranças fluírem dos nossos

Olhos saudosistas, e de exemplos que teimamos

As vezes em não seguir.

 

Simples mulher, guerreira, que pelas constâncias fez

Filhos e filhas, sangrando forças, desvendando

Segredos e milagres, desfiando espinhos, enxugando lágrimas

Para que o valor da vida ou da

Procriação fossem balsamos e caminhos.

 

Sempre altaneira e brava, como um leão, hoje

Os exemplos estão a nortear.

 

Não choramos, mas

Damos Graças ao Infinito Deus que nos deu por

Eternidade:

Mãe Maria Soledade do Rosário, uma

Mãe Singular!

 

Uma mulher que existiu pela imensidão de seu amor.

 

Cláudio Luz

 







domingo, 17 de novembro de 2024

Santa Prostituta


Venha com os seus santos planetas

Sol,

Lua,

Mercúrio,

Vênus,

Marte,

Júpiter

e Saturno.

Venha como

No Evangelho copta dos egípcios e nos papiros mágicos

Gregos perante um céu invisível,

Que transborda nos meus pensamentos não senis.

Venha como os 365 (6) dias do ano, que talvez nos modifique

E nos transforme em meros expectadores dos sete tronos

Que compõe os meus sonhos não materiais, que

Povoam os seus sonhos, que não sãos os meus,

Trazendo os Santos anjos que povoa o segundo céu

Das nossas ilusões incontidas.

Que venha a Santa prostituta, entre os céus e a terra

Com o carinho que lhe é peculiar.

Venha Santa Prostituta!!!

 

Cláudio Luz

 

apoesiadorioalmada

No horizonte do Rio Almada


Observando os seus

Olhos, querendo os seus lábios,

ouvindo o seu falar, quando

O tempo passava sem beijos ardentes,

Talvez.

 

As nuvens passam florindo

O seu corpo como se fosse a lua, entre

orgasmos que douram o sol com a lua.

 

Observo as estrelas cadentes, calado

Na noite, afagando

Os seus cabelos, como se fosse a

Ventania que me completava.

 

O tempo e o vento, auroras, que

Nos dispersava para um futuro, não

Único que não nos completou.

 

Agora o tempo escoa entre os nossos

Dedos, como águas do Rio Almada, que

Te banha, antes entrelaçados com o mar.

 

Adora dispersos nas felicidades que talvez

Teríamos com o passar dos anos.

 

Agora o tempo passa, quando observamos o passado,

olhando os ventos que os nossos sonhos

levaram para o além mar!

 

Cláudio Luz

 


sábado, 16 de novembro de 2024

apoesiacomfloresdepapoulas

 

Flores de Papoulas com perfumes


Voas em pétalas, como chuva tenra, que

Penetra nos meus pensamentos girando,

Em busca dos meus olhos que cativares,

Envolvendo-me em seu calor que

Agora me aquece.

Você não é apenas uma flor, és balsamo

De encantos, mistérios aprazíveis, como

Numa manhã de verão que se espalha,

Como nuvens, desenhando figuras que

Reluz sob o prateado céu azul de anil.

Não é apenas uma flor, és amorosas quando

Flutua nos meus braços, desenhando os

Pensamentos, sendo luz que reflete as

Cremosidades que emanam, cor purpura,

Não como a do Cairo, mas branca como as areias

Que te sustentam, entre o ir e vir das ondas

Que regam os seus pensamentos pueris.

Somos lendas fascinantes, que gira o

moto-perpetuo, movimentando-nos

indefinidamente, extraindo os nossos perfumes,

incendiando o ar que nos envolve, antes

de percorrermos os jardins das papoulas, que

tem a forma de uma rosa, não como as do

 Afeganistão, que são áridas e sem calor!

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Minha República Itajuipense

Minha República Itajuipense

Minha República Itajuipense, nasceu

No Sequeiro de Espinho,

Depois Pirangi, desde ontem Itajuipe.

Entrecortada por serras,

Com nomes de madeiras fortes,

Tipos Vinháticos, Massarandubas,

banhadas pelo Rio Almada,

Lagos, das antigas lavadeiras,

Que singraram para

As terras do São Jorge dos Ilhéos.

Olhos nus, artérias sensíveis,

Amores indesejados,

Vindos dos que somente pensam em suga-la.

Vestindo-a de remendos,

Quando terias que estar

Vestida de sedas e cetim.

Triste republica,

Bailes da Ilha Fiscal, ilusões latentes,

Vazias, que me inspiram elegias

Em vez de Poesias.

                


terça-feira, 12 de novembro de 2024

apoesiadeclaudioluz - o amor é maravilhoso

O amor é maravilhoso

 


O amor é maravilhoso quando

Criamos correntes eternas, como o verão

Que se aproxima para nos bronzear.

 

O amor é uma coisa esplêndida, são como as fagulhas

Que só crescem no primeiro olhar, como forma

Que o coração nos dá, quando, incendeia o corpo

E a alma, quando se olha juntos numa mesma

Direção.

 

O amor, é quando vislumbramos a forma que a

Natureza nos dá, nos ensinando a dizer

Coisas que só corpo e o coração podem sentir.

 

O amor as vezes é uma fria manhã, que nos ensopa,

Fazendo com que haja reflexões, como deixar

O Amor Eterno que nos aprisiona, em tempos

Que criamos as nossas revoluções individuais,

Quando suplicamos uma anistia ampla

E irrestrita para que o amor viva livre em nós.

 

O amor é o começo

Do Outono;

Do Inverno;

Da Primavera e

Findando com o Verão!

 

O amor, é quando dois amantes se beijam,

Parando o firmamento, ouvindo Cânticos

Celestiais, vindo do infinito dos Céus.


É quando, o amor se torna esplêndido e

Os nossos corações em silêncio trocam beijos

E juras de Amor Eterno!

 

Sim, o amor é verdadeiro é isso aí!

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

apoesiadeclaudioluz-Tanto quanto eu puder te amarei Amorzinha

 

Tanto quanto eu puder te amarei

 

Amorzinha!

 


Que venha o sol que bronzeará

Os nossos corpos, já morenos, com gosto de

Mar azul, que se perde no horizonte

Infinito, entre os ilhéos cheios de ilhotas

E enseadas, que nos encontram em pleno

Pontal de Ilhéus.

 

Sei que amarei tanto quando eu

Puder te amar, em noites que nos permeará

De luzes e sonhos, entre verbos conjugais,

 Que não fará diferença de conjunções, dos nossos

Corpos celestes, com forma de luzes cor

Neon.

 

Tanto quanto eu puder te amarei,

Oh! Darling! As ondas nos encobrem,

Entre espumas flutuantes quando me afogo

Em teus braços, entre abraços apertados,

Juras secretas, entreouvidas pelo

Barulho das chuvas, que agora lavam os

Nossos corpos salitrosos, pelos dourados

Que reluzem, sobrepondo o prateado da

Lua que agora se despe, dançando boleros

Divinos, quizás, um belo tango, com juras de

Amores perpétuos.

 

Eu tenho que sempre estar te amando,

Tanto quanto eu puder, te amarei, entre

A madrugada boreal, que se estende desde

As terras nórdicas, banhando a deusa do amanhecer,

Aurora e sua cria Bóreas.

 

Tanto quando eu puder te amarei...

Amorzinha.

 

Cláudio Luz

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Entre actos, simplesmente personagens


1º Acto

Éramos como atores, entre actos,

diálogos facetados, ilusões que nos

levavam a êxtase e agonias extemporâneas,

que nos transformavam em ilusões e delírios

das plateias, delírios apenas nosso.

2ºActo

Andávamos pela coxia, entre móveis estilosos

e luzes que agora se transformaram em uma

ribalta morta, diálogos e dúvidas que assolam

qualquer personagem, que sonha como qualquer expectador

que silencioso, espera um desfecho, talvez feliz.

Desfilamos os actos de números um e dois

entre flores que agora murcharam,

deixando o palco frio, sem frisson aparentes.

3º Acto

Hoje encenamos o último ato, nos despedindo

Sem réquiem, sem adeus, para delírio

de uma plateia, com prós e contras,

que só pode ser selado com a morte do amor.

Fecharam as cortinas de boca...

Agora os aplausos antes calorosos são raros.

Acto final

Tênue é a luz, recito agradecido ao tempo que

Agora dobrou a esquina: Combati o bom combate,

completei a carreira, guardei a fé. (Timóteo, 4)

 


quinta-feira, 31 de outubro de 2024

apoesiadeclaudioluz

 

Não foi assim



Quando os sinos dobravam, dobravam,

sim na igreja matriz.

Maternidade precoce, parto,

não sei se normal, nasci.

Numa quinta-feira, 11:30 horas,

segundo a escriba que me registrou,

pai sorridente, um varão,

para as luzes dos olhos dele.

Discípulo da Luz, talvez Gomes,

mas Da Luz Souza.

Da Luz Souza, terceiro, cortado pelo

primeiro rebento que se foi depois de mim

para o Augusto, celeste.

Sonhos de vida que me abrange no infinito,

dos partos que dão vidas e depois nos fazem

chorar a morte.

Apenas sonhos de vida eterna, entre encontros

e despedidas, quem sabe o reencontro no juízo

prometido, final.

 

Fui

 

Sou fruto de uma poesia pura,

Com erotismo sim, procriado de

Palavras hoje lidas.

Gestação de palavras de pai e mãe, ao

Escolher o meu nome, quando libriano

Ainda sou, entre o antes e o depois, um futuro

Incerto talvez.

Sou poeta como azeite virgem, parco de ideias

E de versos, que muitos recebem do além, em

Forma de orações, estéreis ou incompreensíveis, no ocaso de procriar por

Falta do que não ter o que fazer.

Fiz-me poeta, sem rimas e métricas que

Nunca me entenderá.

Criaste-me poeta as margens do Almada, que sempre mergulho

Em águas escuras que se esvai para

As inspirações dos que sonharam para o nosso Itajuipe, ser o ser que nos envolve nas

Madrugadas boêmias.

Não vou antes de ver os sonhos, antes de

Pedir perdão pelos versos que não, ainda não

Escrevi.

Escreverei, sempre, pra não ser o poeta da servidão, do

Seu coração, sim, mesmo não me entendendo, você me entenderá.

Olhe agora o que te dedico nas luzes dos

Olhos seus, preciso te encontrar.

 

 

O seu amor interestelar

 

Situo-me entre as suas estrelas,

Que brilham no firmamento,

Quando simulo entre movimentos radicais,

Invadindo os seus espaços que quero

Possuir em velocidades luz.

As nuvens cósmicas dos seus olhos

Devora-me, sem cautelas aparentes.

Sinto a aurora boreal que vem do seu

Respirar, que atinge o meu coração que

Bate compassadamente em busca da

Íris dos seus olhos, ligando-me com outros

Planetas que permeiam o universo celestes,

Criado por Deus, durante sete dias.

Voarei como Ícaro, até te encontrar entre

estrelas ascendentes, que não decaem,

Ante o sol da meia-noite que não se põem, antes, que talvez nós.

As estrelas queimarão antes das chuvas de verão.

Aonde você está agora para que eu te abrace,

Entre movimentos da terra que me levará

para de novo entre estrelas te beijar.

 

Amor de Alma Infantil

 

Sinto que estou amando em minha alma infantil,

Tento escapar ou cantar “My Sweet Lord”,

Acompanhado por Ravi Shankar e sua Cítara Indiana, entre

As nuvens não doloridas de o meu sonhar,

Entre possíveis caminhos do prazer, senão a caminho da dor.

Quando não encontro nem um nem outro e respiro os

Dias chamados bons, sinto-me tão amado e miserável ao mesmo

Tempo, que ensejo agradecimentos para o difuso que clama pelas

Esquinas que a imprevisível deusa Parvati, aspira incensos

E distribui flores para me felicitar.

Sinto a brisa das almas, a chuva começa e o respingar na minha

Fronte não me faz te esquecer, sob as ondas busca o

Enigmático sorriso que contrai os seus lábios vindos de

Encontro ao meu que avidamente te suga o amar, através

Do firmamento querendo sempre mais, entrelaçado nos

Teus afagos e sussurros agora eternos que estava há

Muito esquecidos no meu coração.

Não precisa se preocupe com mina alma infantil

Agora, não aprenda a fingir, todos

Envelhecem, os amantes, também as estações que

Estão descontroladas no tempo agora arredio, que não

Acalma nem a luz que se propaga sobre os nossos corpos

Para que sejamos pueris no nosso eterno amar

Infantil. E tudo ficará bem.

 

Amor teórico conspiratório

 

Quando iniciamos o nosso amor,

Tramamos com fundamentos, deliberadamente,

Que seriamos cúmplices predominantes,

Dos nossos sonhos, não teóricos conspiratórios, como uma

Questão de afetos e sonhos que não teriam fim.

Uma questão de amor, talvez, sem nos rejeitarmos,

Opressivos jamais, atrativamente simples utópicos,

Como elos que nos unirá intempestivamente, entre

As forças do bem e do mal que andam entrelaçados,

Desde o último inverno que acabou de se despedir,

Acenando do horizonte que em breve voltará.

Ah! Palpites negativos que escuto, nos burburinhos,

Que ecoa nas esquinas madrigais, que conspiram teoricamente,

Dia e noite, quando nós amamos, fazendo hi(e)stórias,

Entre o nascer e o pôr do sol, sacrificando apenas

Os que nos impedem de chegar à verdade, enquanto os nossos

Corações pulsam insistentemente, fazendo-os voltar

Para o último refúgio dos fracos, que conspiram por viés,

Por não ter... Quem amar.

 

Devotos somos

 

Nós somos devoção, ficamos sozinhos

Naquele ponto, onde todos se reencontram com

Uma dor no coração, onde ausências deveriam

Ser punidas.

Temos um motivo pra viver????

Eu te pertenço, você me pertence, somos um que lutamos

Por um amor, para viver nos derredores

Que nos leva para um labirinto, que não nos deixa

Chorar, para não ofuscar o brilho das estrelas

Notívagas que caem sobre nós.

Então percorreremos as estradas, restritos as Acácias que

Enfeitam as utopias que carregamos no coração, que luta

E distribui batimentos, que inflamam as nossas têmporas,

Até os nossos lábios que balbuciam que não somos culpados

Quando o sol se põe.

O amor que vivemos é luta, mas, é o nosso amor

Que escalará as montanhas, perto ou longe, onde

Estaremos sempre juntos e jamais deixaremos

Isto terminar, apenas uma questão de tempo,

Nós somos oração, somos vida e morte, não expressas, nos

Altos céus, não haverá adeus.

Existirão apenas noites e dias, apenas uma questão de tempo,

Somos devoção!